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domingo, 13 de março de 2011

Novo aumento de energia elétrica para paraibanos

O reajuste da tarifa elétrica para os consumidores de 216 municípios paraibanos ficará entre 6,5% a 7%, segundo projeção da Energisa Paraíba. A tarifa, que somente faz aniversário no final de agosto, conta com a desaceleração do IGP-M (Índice Geral de Preço do Mercado) até julho, um dos indicadores mercadológicos que serve como fator de correção. Até a primeira prévia de março, o índice perdeu força e acumula aumentos de 2,29% no ano, e de 10,79% em 12 meses. Em fevereiro, o IGP-M acumulava alta de 11,3% em fevereiro.

O gerente de arrecadação e faturamento da Energisa Paraíba, Cleyson Jacomini, diz que o cenário, por enquanto, é de apenas projeção, principalmente com as medidas tomadas recentemente pelo Banco Central de reduzir a inflação. “Toda vez que sobe os juros da Selic, o IGP-M começa a cair. Consequentemente a tendência é de que o reajuste da energia sofra influência, mesmo que o índice não depende apenas do IGP-M, pois o cálculo leva uma série de fatores”, frisou.


Já a ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve em 2,8% a expectativa de alta para energia elétrica para os consumidores este ano. A expectativa é a mesma desde dezembro do ano passado.


Cleyson Jacomini lembrou que a estimativa entre 6,5% a 7% para a tarifa é apenas mercadológica, tomando como base crescimento de domicílios e de consumo, saída e entrada de grandes empresas, enfim, não se baseia nos cálculos realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).


“Na verdade, o índice somente será conhecido no dia 27 de agosto, quando o colegiado da Aneel avalia os dados apresentados pelo relator no colegiado, por isso, não temos como afirmar que será esse índice. A Agência, por exemplo, considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M no acumulado de doze meses, tomando como referência julho de 2011 e o fator X, que serve como redutor e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. Eles formam as parcelas A e B no cálculo”, explicou o gerente.


Em 2010, a tarifa da energia elétrica foi reajustada, em média, em 3,93%. O IGP-M tomado como base na época dos doze meses ficou em 5,79%. Mas no setor industrial (alta tensão) o reajuste aprovado pela Aneel à distribuidora Energisa Paraíba foi o índice mais elevado, oscilando entre 6,94% a 8,47%.


O gerente Cleyson Jacomini comentou o reajuste da Energisa Borborema de Campina Grande, no último mês, quando a Aneel aprovou um aumento médio de 14,61% na tarifa. “Esse aumento da tarifa de energia elétrica não foi apenas pelo aumento do IGP-M, que acumulava na época 11,3% nos doze meses, mas também porque a indústria Coteminas, que deixou de ser mercado da Energisa, agravando a diluição dos custos da empresa distribuidora de energia elétrica da Região da Borborema. Essa parcela da carga de custos que era dividida com a empresa, passou para só consumidores”, explicou.

jornal da paraíba

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