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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Animais nas ruas de Patos



Além dos cachorros, gatos, hoje diversas vacas percorriam a Bossuet Wanderley comendo o que encontravam pela frente. Plantas, o lixo das casas, tudo servia de alimentos para os animais esfomeados. Nem mesmo sacolas plásticas escapavam das esfomeadas, sacolas estas que podem causar sérios transtornos para a saúde dos ruminantes.


Criadores não demonstram muito cuidado e deixam suas criações à solta, causando transtornos ao trânsito. Falta maiores cuidados com esses animais jogados às ruas. 

Internação compulsória para usuários de crack: pune ou recupera?


Inácio A. Torres
Foto:globo
Não só é polêmico, como carente de uma discussão com aprofundamento ético, o feito de obrigatoriedade de internação do usuário de crack no Brasil. No campo da bioética fere o principio da autonomia, pois nesse caso a atitude utilizada pelo estado desconsidera o direito do dependente. O estado determina o que deve ser feito e o usuário tem a obrigação de obedecer. Portanto não lhe resta outra opção.
É bom lembrar que, conforme a Constituição cidadã de 1988, qualquer atitude que obrigue o cidadão a fazer aquilo que não deseja pode ser traduzida como uma tortura. Tortura que no dizer do Aurélio quer dizer um suplício ou um tormento violento infligido a alguém. Uma grande mágoa. Pode-se dizer até que é subtrair a liberdade e a independência de alguém. E sem liberdade e sem independência perde-se a vontade de viver.
O médico Talvane de Moraes, especialista em psiquiatria forense e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, afirma que o investimento em saúde mental no Brasil caiu muito de 1993 para 2011, com a redução de 120 mil leitos para cerca de 32 mil. Para ele a internação só deva ser usada como último recurso e a partir de uma relação médico-paciente, nunca por ordem judicial. Ele argumenta ainda: “a internação psiquiátrica é um ato médico. A Constituição de 1988 preconiza a prevalência da vida e da liberdade, então qualquer modalidade de internação só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. A internação deve ser usada sempre como exceção.”
O assunto é polêmico. O enfrentamento exige ponderação e sensatez. O psiquiatra Paulo Amarante, que é também pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) explica com muita clareza e segurança que a maior dificuldade para o combate ao uso de crack e outras drogas é a inexistência de uma rede de assistência forte e a falta de investimento dos governos nos últimos anos.
Desde 2002 – argumenta Amarante - existe no Brasil uma lei que criou os centros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (CAPs), que hoje são raríssimos. O governo federal, os estados e municípios não investiram. O serviço oferecido pelos CAPs é eficiente por não trabalhar com a exclusão nem com a internação compulsória. No sentido clássico, não internam usuários, porém tem que ter leitos 24 horas, leitos de assistência, onde as pessoas sentem que são atendidas sem perder os seus direitos. A grande questão da internação compulsória, de todo tratamento feito sem vontade, é que ele tem baixa eficácia.
A psicóloga Luana Ruff, pesquisadora do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ipub/UFRJ), adverte que o crack é uma droga de ação e dependência muito rápidas, causando devastação. Além disso, é útil lembrar que muitos usuários se encontram em situação de rua e tendo dificuldades para procurar tratamento. Segunda ela, o problema pode ser reduzido através de um trabalho realizado em rede, ou seja, seguindo alguns passou de forma sistemática e com periodicidade, fazendo, por exemplo, a abordagem clínica individualizada, com consulta médica, consulta psicológica, tratamento prioritariamente ambulatorial, equipe multidisciplinar e consultório com um bom acolhimento na rua, para a criação de vínculo para, a partir daí, o usuário procurar a assistência.
O médico Luiz Carvalho Netto, coordenador de enfermaria da Unidade Docente-Assistencial de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), faz um comparativo interessante: enquanto o álcool é a droga que causa mais danos à sociedade, o crack é a que causa mais problemas ao indivíduo e a família. O Brasil, afirma esse profissional, é o maior consumidor de crack e o segundo de cocaína do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Para ele o perfil do usuário de crack pode ser assim tipificado: homens adultos jovens, de baixa escolaridade e baixa faixa de renda, com família desestruturada e envolvimento em atividades ilegais. Geralmente tornam-se usuários iniciando-se com drogas lícitas, como cigarro e álcool, até chegar aocrack.
grupososamoraoproximo.blogspot.com
Eduardo Mourão Vasconcelos, professor da Escola de Serviço Social da UFRJ realça que o crack por chegar a locais públicos, tornou-se uma droga que alertou a sociedade sobretudo dos grandes centros urbanos. Nesses centros, com a entrada do crack em larga escala, tem havido uma “apelação para a limpeza urbana”, materializada com ações do tipo retirada de usuários das ruas e o encaminhamento para centros de reabilitação compulsórios. Todavia, defende Vasaconcelos, esse vazio assistencial não justifica a internação compulsória em massa”.
 Como se vê, o uso de drogas é um problema mundial. Está fortemente vinculado ao indivíduo, a família e a comunidade. E hoje sabe-se que pelo discurso da ordem não se resolve. Entra nesse mundo infeliz que já se encontra como psiquismo abalado. Como diz o psiquiatra Paulo Amarante, a pessoa não vai para a droga só pela droga, ela vai por alguma necessidade interna, alguma coisa social, alguma questão da sua estrutura familiar ou social que não dá conta do seu sofrimento, do seu vazio, não dá conta de algo que ela precise, então ela busca a droga.
De fato não é fácil mas há alternativas viáveis para solução ou redução desse problema. Citemos algumas delas criadas no Brasil e já existentes noutros lugares do exterior. No caso do Brasil, primeiro deve-se ampliar urgentemente os serviços ambulatoriais e capacitar trabalhadores para atuação nesse setor; a utilização da arte como forma de inclusão de usuários; e a política de redução de danos. Essa última existe em vários países e funciona, conforme explicação do Dr. Amarante, mais ou menos assim: “Em vez de a pessoa usar o cracklá na rua, onde pode se cortar com a lata, ela tem um local onde é assistida. Pode parecer polêmico, mas é um certo preconceito, da nossa ideia de tratamento, de que tem que ser com uma abstinência completa”.
Pensata – O uso de drogas tornou-se um problema de saúde pública no mundo inteiro. Há necessidade de que governantes e populações sejam sensibilizadas e esclarecidas sobre os danos, implicações e complicações advindos dessa situação para o hoje e o amanhã. Existem alternativas para solução ou redução do problema em médio ou longo prazo. O combate tem de ser iniciado e estabelecido de forma permanente. O esforço para esse enfrentamento tem de partir de indivíduos, famílias, comunidades e governos. O melhor instrumento ainda é o discurso da pedagogia preventiva repassado na educação infantil, ensinos fundamental e médio. Por fim, sem nenhum demérito a estratégia carioca, mas ainda ficamos na dúvida aguardando os resultados e a resposta para a indagação? Internação compulsória para usuários de crack: pune ou recupera?

Central de Transplantes do Hospital Regional de Patos busca ampliação de doações de córneas para 2013





Com uma estatística de 24 doações no ano passado, a proposta da OPC – Organização a procura de Córnea, espera ampliar esse numero em 2013. A proposta maior é a massificação desse serviço em Patos e conscientizar os responsáveis legais sobre a doação de órgãos.

A coordenadora da OPC, Jordânia dos Santos Xavier (foto) disse que a maior dificuldade é a ausência do responsável legal, quando da liberação dos corpos, De acordo com ela, somente eles, podem autorizar a captação, assinando o termo de autorização.

A OPC tem uma equipe multidisciplinar, enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais, para dar o suporte geral as famílias no momento da decisão sobre a doação. No Hospital Regional hoje só existe a captação de córneas são recolhidas e levadas para João Pessoa, onde acontecem os transplantes.

De acordo com a enfermeira Josivânia Xavier a captação de córneas, que obedece três critérios fundamentais para a realização da doação, o primeiro deles é a idade que deverá ser 03 a 70 anos, em seguida a causa da morte e ter o prazo Maximo de 6 horas para a captação do órgão.

A coordenadora pede que a população conheça a Central de Transplantes, que tem sala dentro do Hospital Regional de Patos, para esclarecimentos, além do telefone especifico para o serviço de doação de órgãos que o 9180-8088 para conhecer como funciona o trabalho.

Fonte: Cláudio Paschoal/Ascom HRP



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mensagem da família EVO-Gente Inocente


Ao nosso amigo e querido José Bonifácio


Hoje é um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós a capacidade de recomeçar a cada ano.

Desejamos a você, um ano cheio de amor e de alegrias. Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes. 


Parabéns Tio Boni,e que nesse dia tão grandioso  e sublime, você tenha motivos de sobra para comemorar a alegria da “vida” e ter a certeza de que existe uma família que te ama e admira em todos os sentidos.

Patos, 23 de fevereiro de 2013

Considerada a maior seca dos últimos 40 anos, a falta de chuvas nos últimos dois anos em cidades do Sertão Nordestino (2011/2012) tem desencadeado uma série de problemas, que vão desde a queda total na produção agrícola, perdas de rebanhos, falta de água pra beber, e ainda a evasão escolar.

O problema foi identificado este ano pelo secretário de educação do município de Mãe d’Água-PB, Adalberto Lima, com o início do ano letivo 2013, aberto no último dia 18 de fevereiro. De acordo com Lima, no ano passado a rede municipal matriculou 697 alunos nas 11 escolas do município e este ano, apesar de todo esforço da administração, foram matriculados 667. Ou seja, uma redução de 30 alunos, quando todos esperavam que esse número aumentasse. “Está havendo um êxodo rural muito grande por conta da seca. Várias famílias estão procurando outras regiões menos afetadas pela estiagem para fixar nova residência.” Explica Lima. “No ano passado muitas famílias deixaram suas casas no campo, mas vieram morar aqui em na cidade, por isso não sentimos tanta diferença. Como Mãe d’Água também está sofrendo com a falta de água, essas famílias agora estão procurando outras cidades, principalmente no Sul do país, onde os ciclos chuvosos são mais regulares.”

Adalberto informou que essa evasão escolar vem preocupando sobremaneira a prefeita do município, Margarida Fragoso (Margarida Tota) que continua centrando esforços na tentativa de firmar parcerias com os governos Estaduais e Federais, no sentido de atrair obras, como a construção de açudes, que possam resolver esse problema que aflige a população de seu município. “Na semana do retorno às aulas, somente na escola José Luiz de Oliveira, nós perdemos 16 alunos, cujos pais foram embora a procura de sobrevivência em outras regiões.” Lamentou Lima.

Outro problema que a Secretaria de Educação de Mãe d’Água enfrenta por conta da seca, é com relação à compra direta de produtos agrícolas feita aos produtores rurais da chamada Agricultura Familiar. “A lei diz que nós temos que comprar 30% da merenda a esses produtores, mas como vamos fazer isso se eles não conseguiram produzir absolutamente nada?” Indaga o secretário. De acordo com ele, no ano de 2011 alguns agricultores que se enquadram no programa do Governo Federal, ainda conseguiram produzir alguns produtos através da irrigação de poços. “Mas os poços secaram totalmente e eles não conseguem água sequer para beber. Não fosse os carros pipa contratados pela prefeitura que vem fazendo esse abastecimento, a situação era prá lá de caótica” Enfatiza. “Através de contatos em Brasília-DF, nós estamos buscando orientação junto ao FNDE – Fundo Nacional de Educação Básica – para saber o que fazer nesse caso.” Completou.


TRANSPORTE ESCOLAR

Durante essa entrevista o secretário Adalberto revelou ainda que na próxima terça feira - 26.02, estará em João Pessoa-PB, capital do Estado, para participar de uma audiência promovida pelo MPPB – Ministério Público da Paraíba, que deve recomendar a todos os municípios o fim do transporte de estudantes que não seja em ônibus devidamente vistoriados pelos órgãos competentes.  

O evento será promovido através do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Educação (Caop da Educação), e ocorrerá no auditório do Unipê, na capital, com a presença do procurador geral de justiça do MPPB, Osvaldo Trigueiro do Vale Filho. “Essa é outra questão que pode contribuir ainda mais para a evasão escolar em Mãe d’água. Nós temos ônibus específicos para esse fim adquiridos pela administração anterior e também pela a atual, mas por conta do relevo do nosso município, composto especialmente por serras e montes, apenas as caminhonetas D-20 conseguem chegar a algumas residências, especialmente se o início do período chuvoso previsto agora para março se confirmar. Caso nós tenhamos que assinar o termo de cooperação entre o Ministério Público, Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PB) e Comando da Polícia Militar do Estado para fiscalização do transporte escolar, que impede que os alunos sejam conduzidos em outros veículos que não sejam os ônibus, não teremos como pegar esses alunos nesses locais de serra”, explica Lima, preocupado.

Célio Martinez

Prefeitura diz que não dará aumento e professores decidem parar




O SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, em assembleia geral realizada sexta-feira, dia 22 de fevereiro, com os professores ativos e aposentados de Patos, decidiram paralisar as atividades no dia 1º de março de 2013.

As reivindicações entregues à prefeita Francisca Motta e à secretária de Educação Adalmira Marques, não foram atendidas e quem representou estas para afirmar que não tinha aumento salarial foi a contadora do município, Clair Leitão, que ainda chamou indiretamente os professores de mal educados, sendo repudiada por todos que estavam presentes.

A presidente Carminha Soares repudiou esse tipo de comportamento, afirmando que todos os professores e servidores presentes mereciam respeito e que a discussão a partir de hoje será diretamente com a prefeita Francisca Motta e a secretária de Educação, que deve trazer uma proposta concreta para a categoria de aumento salarial de 15% retroativo a 1° de janeiro de 2013.

Os professores ficaram revoltados com a postura da contadora e da própria secretaria que deveriam ter apresentado uma contraproposta para os professores de Patos, antecipada, até porque o Executivo recebeu o documento no dia 14 de fevereiro, com 8 dias de antecedência para que fosse dada resposta à categoria.

O SINFEMP vai solicitar, através do Ministério Público Estadual, a relação de todos os professores que recebem pelos 60% do FUNDEB, locais de trabalho, salário que cada um recebe, além da relação dos contratados e comissionados, como também todos os repasses para o Patos Prev, que são descontados dos referidos professores.

No dia 1º de março às 08h da manhã será realizada uma assembleia na Associação Comercial, com os professores, que vão deliberar greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de março, onde será publicado edital em jornal, seguindo todos os procedimentos normais. Após a assembleia todos sairão em caminhada pelas principais ruas da cidade, fazendo concentração na Secretaria de Educação, onde deverá ser feito um acampamento.

No dia 1º de março à tarde será realizada uma assembleia com os servidores da secretaria de saúde, que discutirão aumento salarial. Caso não seja apresentada proposta por parte da Prefeitura, o SINFEMP irá defender a paralisação também dessa categoria. No dia 2 de março, sábado, será realizada assembleia com os servidores das demais secretarias, que também serão convocados para entrar na luta.

A sindicalista afirmou que não tem sentido o ex prefeito Nabor Wanderley ter concedido 156% de aumento salarial em 8 anos e a atual gestora apresenta zero de aumento salarial, sem nenhuma justificativa, até porque houve aumento no número de alunos.

Apenas nos meses de janeiro o município recebeu de FUNDEB o valor de R$ 1.909.856,28 e até o dia 20 de fevereiro o valor de R$ 1.786.820,22 faltando ainda o repasse do dia 28 que deve fechar dois milhões de reais. Até o dia 20 de fevereiro a Prefeitura recebeu R$ 4.426.017,40 envolvendo FUNDEB e FPM.

sinfemp.com.br




Ministério Público e município cadastram vendores ambulantes




O Ministério Público de Patos juntamente com o poder público municipal realizou na tarde de ontem, quinta (21), uma reunião com os vendedores ambulantes que trabalham nas avenidas Solon de Lucena, Epitácio Pessoa, Leôncio Wanderley, João da Mata e parte da travessa Miguel Mota, no Centro da cidade. O objetivo do encontro foi realizar um sorteio com os 87 ambulantes cadastrados pelo município, para definir o local que cada um ocupará no espaço destinado pela Prefeitura de Patos, que fica localizado nas proximidades do Shopping Guedes.

De acordo com a promotora, Fábia Cristina, os vendedores já cadastrados e que participaram do sorteio terão que ser relocados para o novo espaço até o dia 2 de março. Ela também destacou que essa é uma determinação do Ministério Público e que está sendo cumprida com base na legislação, que proíbe a obstrução das vias públicas por qualquer meio que sirva de obstáculo para o tráfego de pedestres e veículos.

A promotora ainda ressaltou que, diante da situação, o poder público municipal está destinando um local para que esses vendedores possam continuar trabalhando, e destaca que essa não é uma obrigação do município, apenas está sendo feito por uma questão social.

Ainda de acordo com a promotora os vendedores que não participaram do sorteio terão o prazo de quinze dias para se cadastrarem junto à Secretaria do Desenvolvimento Social e Habitação.

Everaldo Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico e Habitação, informou que a secretaria irá cadastrar todos os que ainda não foram notificados, pois alguns não se encontravam no seu local de trabalho no momento em que as notificações foram feitas. O secretário ainda informou que está propondo aos vendedores uma padronização das barracas, e que para isso está buscando junto ao Banco do Nordeste, uma linha de financiamento para que essas pessoas possam financiar suas barracas e também ter acesso à outros créditos destinados aos pequenos comerciantes.


Hélio Barbosa

CTB/PB participa de mobilização junto aos trabalhadores da Energisa




O presidente Estadual da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba, José Gonçalves, esteve participando da mobilização dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba na Regional de Patos, Sertão da Paraíba, onde na oportunidade prestou solidariedade e apoio a luta em defesa de melhores condições de trabalho, aumento salarial e contra o assédio moral nos locais de trabalho.

Gonçalves denunciou publicamente a Energisa por tratar de forma discriminatória os trabalhadores do interior e da capital, não atender as reivindicações salariais e acima de tudo, recorrer à pressão psicológica para garantir o funcionamento dos serviços. Além disso, o sindicalista adiantou que os trabalhadores são submetidos a exercer várias funções, tais como: motorista, eletricista, podador de árvores, dentre outras tarefas, ganhando apenas por uma, sem ter direito sequer a insalubridade e ou periculosidade.

Além disso, o sindicalista denunciou que a empresa quer oferecer apenas um salário de R$ 700,00 superando em apenas R$ 20,00 o salário mínimo nacional.

A Energisa ajuizou ação, que foi acolhida em sede de liminar pelo Tribunal Regional do Trabalho, determinando a manutenção de 40% da força de trabalho em atividade. O sindicato garante que a medida já vinha sendo observada e que respeitará a liminar.

Para o presidente do STIUP a empresa age com truculência, tentando até mesmo conduzir a justiça ao engano, quando entra com um pedido de liminar solicitando que os trabalhadores assegurem a manutenção de 40% dos funcionários em serviço, coisa que o sindicato já vinha cumprindo integralmente, desde o início da paralisação, afirma Wilton Maia.

Os eletricitários reivindicam da Energisa um tratamento isonômico entre funcionários do interior e da capital, fim das terceirizações de serviços e das demissões em massa. De acordo com o presidente do STIUPB, o movimento tem recebido um crescente apoio da categoria.


 agorapatos.com.br


Susto

A presidente Nadir agradeceu a presença do Pastor diocesano e também deve ter aproveitado para pedir desculpas pelo descontrole de Eduardo.

Dom Eraldo ficou assustado na sua primeira visita ao Legislativo patoense. O descontrole emocional de Marcos Eduardo deve tê-lo deixado perplexo. Ainda bem que os bispos não têm costume de ir às sessões. Já imaginou o que vem pela frente?????

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Clima fica tenso na reabertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Patos




Marcos Eugênio




A chuva não veio, ainda, mas o clima ficou bastante carregado na noite desta quinta-feira 21 na Câmara Municipal Casa Juvenal Lúcio de Sousa, na abertura dos trabalhos da 16ª legislatura.

A prefeita Francisca Motta (PMDB), o novo bispo da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, além de representantes da OAB, III BPM e galerias praticamente lotadas, assistiram momentos deprimentes, apesar da Casa ser local propício ao debate, mas de idéias, projetos que contribuam para o progresso. O jogo de interesses partidários e particulares de alguns vereadores deixou, principalmente Dom Eraldo, perplexo com as palavras ríspidas proferidas pelo ex-presidente do Legislativo, Marcos Eduardo, que hoje faz oposição ao grupo do PMDB, que tanto defendeu.

Após o discurso da prefeita Francisca Motta, vereadores como Jefferson Melquíades e Marcos Eduardo deixaram seus protestos pela decisão da presidência da mesa diretora de não permitir a fala dos parlamentares, apenas do Executivo. Marcos, bastante alterado, esbravejou ao microfone que seu grupo formado por ele, Sales Junior, Fernando Jucá e Jefferson teve o direito de falar cassado. “A sessão não era solene e sim ordinária. Por isso qualquer vereador tinha o direito de usar a tribuna. Estamos sendo perseguidos pela presidente Nadigerlane Rodrigues. Não somos convidados a participar de nada. Não sei que está orientando ela tão mal. Não é ela que está dirigindo a Casa e sim o Executivo.”, argumentou Eduardo.

Ele na sua revolta citou o caso do Pastor Bonifácio, que teria sido humilhado, com quatro ônibus de sua escola apreendidos pela STTrans. Disse que na próxima sessão vai cobrar explicações sobre esse caso que envolveu o diretor do Colégio EVO-Gente Inocente.

A presidente da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, Nadigerlane, sobre a atitude de Eduardo, disse estar triste e lamentou, dizendo que alguns vereadores, mesmo com o recesso, foram à sessão sem demonstrar seu compromisso de trabalho em prol do povo, estando preocupados apenas com a causa pessoal.

A prefeita Francisca Motta abriu seu discurso falando do papel do gestor público. Lembrou de sua história de legisladora ao longo de vinte anos. Enfatizou que fará de tudo para cumprir com sua missão de gestora, prefeita de Patos e da necessidade de conclusão de obras iniciadas por Nabor Wanderley, elencando ações em várias áreas, que precisam ser concretizadas, como na cultura, esportes, áreas de lazer, desenvolvimento e incentivos à indústria e comércio.

Habitação, ação social, mobilidade humana, guarda municipal foram outros pontos anunciados como prioritários. “Não podemos perder tempo com querelas partidárias. Virei sempre a esta casa, não sob pressão, mas em nome da maioria que me elegeu. O povo é o grande foco de nosso trabalho. Vejo em cada legislador um parceiro e a necessidade de trabalharmos juntos, contribuindo para o engrandecimento de Patos”, disse Francisca.
Pelo exposto na noite desta quinta-feira 21 dá para perceber que os embates serão acalorados na Câmara Municipal de Patos. Resta saber se eles serão em torno dos problemas da cidade ou em cima dos interesses particulares de cada um. 

SINFEMP faz mobilização na formação de professores de Patos




Os diretores do SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região realizou na manhã desta quinta-feira 21 uma panfletagem junto aos profissionais do Magistério Público Municipal no Walter Play, visando a assembleia geral que será realizada nesta sexta-feira, dia 22, às 17h no auditório da Associação Comercial de Patos.

O SINFEMP já entregou a pauta de reivindicação à prefeita Francisca Motta, onde reivindica aumento salarial de 15% retroativo a 1º de janeiro de 2013, mantendo as 25 horas semanais, a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, ampliação da licença-prêmio de 4 para 6 meses, pagamento até o dia 30 de cada mês,  dentro outras.

O SINFEMP discutirá na assembleia a paralisação da categoria caso as reivindicações não sejam atendidas, especialmente o aumento salarial solicitado.

Para a presidente Carminha Soares, os professores devem se mobilizar, participar da assembleia para que, caso necessite da paralisação da categoria, tenha força suficiente para garantir as suas reivindicações. “Espero que todos os professores participem e que possamos lograr êxito na campanha salarial 2013”, frisou a mesma.

sinfemp.com.br

Francisca Motta faz avaliação do Governo em reunião com a sociedade civil



Em reunião com o Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política de Patos - GIAASP, a prefeita de Patos, Francisca Motta, fez um balanço das atividades desempenhadas nestes 45 dias de governo.

Diversos questionamentos foram feitos, a exemplo do andamento das obras que estão sendo executadas no município e sobre a elaboração de projetos para novas. "Quero ver resultados positivos em Patos e já estamos com um cronograma pronto para finalização das obras. Em breve teremos inaugurações, pois são diversas obras que estão em andamento, que estamos dando continuidade, até porque muitas são obras estruturantes que vão auxiliar no desenvolvimento de Patos", relatou a prefeita.

Sobre as discussões, a prefeita parabenizou a iniciativa do GIAASP. "É uma oportunidade muito boa para esclarecer algumas dúvidas. Estamos à disposição de qualquer cidadão para que possamos receber sugestões para realizarmos um grande trabalho na nossa cidade.

Francisca Motta reiterou que, apesar dos poucos dias de governo, muito já está sendo solucionado. "As obras das Unidades de Pronto Atendimento estão continuando, a Alça Sudeste em breve será inaugurada e vai propiciar um grande desenvolvimento, bem como o Canal do Frango, que é uma das obras mais aceleradas do PAC II. Além disso, temos ainda oito unidades de saúde para entregar. Já estamos em conversa com a empresa responsável pelas obras para pedirmos agilidade na execução das mesmas", enfatizou.

Segundo o presidente do GIAASP, Pastor John Medcraft, a reunião foi satisfatória. "A reunião foi maravilhosa e as cores partidárias foram deixadas de lado. A franqueza da prefeita deixou um clima agradável, além disso a objetividade nas respostas foi um ponto marcante. Francisca Motta abordou vários temas com clareza e, com certeza, vamos acompanhar a gestão", concluiu.

Gilclécio Lucena

Centro de Cultura abre exposição “Metal Solidário” do artista Josemar Monteiro



O Centro de Cultura Amaury de Carvalho, localizado ao lado da Praça Edivaldo Motta, Centro de Patos, sedia a partir desta quinta-feira, dia 21, a exposição intitulada “Metal Solidário” do artista plástico patoense, Josemar Sousa Monteiro. A exposição foi lançada oficialmente às 8h da manhã, e ficará aberta até o próximo domingo, nos turnos manhã, tarde e noite.

Estão expostas 50 peças, todas produzidas a base de peças de metais reaproveitadas de motocicletas, matéria prima utilizada pelo artista.

“O artista trabalha com sucata de motocicletas e produz peças belíssimas utilizando de muita criatividade. Quero convidar toda população para conferir o trabalho do artista. Para os interessados em conhecer melhor sobre as obras do artista, ele estará aqui no Centro de Cultura sempre no turno da noite, justamente para atender aos visitantes”, conta o secretário de Cultura, Romildo de Sousa.

Ainda de acordo com Romildo de Sousa, secretário executivo de Cultura de Patos, a exposição marca o início da programação do Centro Cultural Amaury de Carvalho para o ano de 2013.

A exposição “Metal Solidária”, do artista Josemar Sousa Monteiro, é uma iniciativa da União Espírita de Cristã com a Secretaria Executiva de Cultura do município.

Hélio Barbosa

Produtora seleciona elenco para filme



Estão abertas as inscrições para seleção de atores do curta-metragem ‘O vendedor de coisas’, com direção de Deleon Souto. A produção do filme quer escolher 40 atores e figurantes, de diversas faixas etárias. Na primeira etapa, o período de inscrições vai até o dia 15 de março e os interessados devem solicitar a ficha de inscrição através do e-mail contatos@dsproducoes.com.

A seletiva de atores deve ocorrer a partir de março nas cidades de Patos, Campina Grande e João Pessoa. Segundo o diretor, no primeiro momento os interessados receberão um texto e retornarão no dia seguinte, quando será feito o teste de vídeo. “Não precisa ser ator profissional, o importante é o talento e a vontade de participar”, contou. Os selecionados para a segunda etapa participarão de um workshop.

‘O vendedor de coisas’ contará a história de uma moça, chamada Rosa, que foi desiludida. “O enredo trará questões de alguém que está descobrindo um verdadeiro amor’, revelou. Tendo o sertão como pano de fundo, o filme é uma realização da DS Produções e será rodado em Patos, em meados de maio.



Informações no site: www.dsproducoes.com

Assessoria



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Curso de Vigilância em Saúde será retomado na próxima terça-feira 26



O Curso Técnico de Vigilância em Saúde, oferecido pelo Governo do Estado, sob coordenação do Cefor – Centro Formador de Recursos Humanos terá suas aulas retomadas na próxima terça-feira 26. Facilitadoras há dias elaboram vasto material, obedecendo-se o cronograma, a ser trabalhado com os alunos.

O curso, reconhecido pelo Ministério da Saúde, cuja turma é pioneira na Paraíba, acontece em todas as microrregiões do Estado. Na regional Patos participam 30 alunos. São dois anos de curso. O início ocorreu em janeiro de 2012 e será concluído em dezembro próximo. São 5.760 horas, abrangendo a teoria e prática. As aulas acontecem na sede da 6ª Gerência Regional de Saúde.

O futuro técnico terá condições de trabalhar em qualquer vigilância, seja sanitária, ambiental, epidemiológica, saúde do trabalhador, aptos a supervisionar, assumir uma secretária de saúde, dentre outras atribuições.

Políticas públicas de saúde nas três esferas, municipal, estadual e nacional, política nacional de promoção à saúde, vigilância em saúde, a compreensão do plano de saúde e de gestão em saúde, são alguns tópicos que são trabalhados com os alunos.

Um dos objetivos é que os alunos compreendam os fatores ambientais e socioeconômicos que levam ao processo de adoecimento, interferindo no processo de saúde da população; diagnosticar os riscos e agravos que afetam a qualidade de vida.

A equipe que ministra o curso é composta por três facilitadoras: Ilka Nunes (Enfermeira); Ana Raelma (Mestra em parasitologia) e Maryama Naara  (Enfermeira), sob coordenação de Dandara Cristina (Enfermeira).

Bandidos exageram nos explosivos, destroem agência bancária e não levam dinheiro


Agência do Bradesco da cidade de Junco do Seridó (na região da Borborema) ficou completamente destruída após sofrer uma tentativa de assalto, na madrugada desta quarta-feira (20), conforme informou o tenente da Polícia Militar Fernando Galindo.O prédio da Câmara Municipal da cidade, localizado ao lado do banco, ficou parcialmente destruído.
Segundo o policial, por volta das 02h30, quatro homens em duas motocicletas chegaram no estabelecimento bancário montaram os explosivos e acionaram as bananas de dinamites.
“Os criminosos exageraram na dose. Usaram muitas dinamites e o prédio do banco ficou completamente destruído. Ao lado fica a Câmara Municipal da cidade e a estrutura foi prejudicada”, comentou o policial.
O tenente disse que devido a forte explosão, o telhado e as paredes da agência desabaram. O terminal eletrônico ficou embaixo dos destroços impossibilitando a retirada das cédulas. “Pela situação que encontramos o local, acredito que eles não levaram o dinheiro porque nem o caixa dava pra ver. O poder de fogo dos bandidos foi grande”.
Após a ação, o quarteto fugiu efetuando tiros para o alto na tentativa de intimidar os moradores. Eles não colocaram grampos na estrada. Os criminosos fugiram com destino as cidades de Parelas e Equador no Rio Grande do Norte. Policiais da Paraíba e RN fizeram rondas, mas não obtiveram êxito.
Na última segunda-feira (18), o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, cumpriram na última segunda-feira (18), três mandados de busca e apreensão para combater o comércio irregular de explosivos nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Os mandados de busca e apreensão na Paraíba foram cumpridos no Junco do Seridó (na região da Borborema) e em Lagoa de Dentro (Agreste paraibano),
De acordo com o promotor de Justiça Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco, duas pessoas já estão detidas e 25 quilos de explosivos (nitron, utilizado para fabricar dinamite artesanal), espoletas usadas para detonar os explosivos e duas espingardas foram apreendidos. Conforme as investigações, o material estava sendo vendido em mineradoras e garimpos para grupos criminosos especializados em explosões de agências bancárias.

portalcorreio

Camelôs são notificados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico




O Secretário de Desenvolvimento Econômico e Habitação do Município de Patos, Everaldo Lima dos Santos, notificou, pessoalmente, os camelôs estabelecidos na rua João da Mata, imediações da Telemar, Praça Getúlio Vargas e Rua Leôncio Wanderley, a comparecerem a Associação Comercial, nesta quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013, para o sorteio de concessões públicas referente a pontos comerciais na rua Santos Dumont com vereador Joaquim Leitão, proximidades do Guedes Shopping, a serem concedidos a barraqueiros e ambulantes cadastrados e no exercício da função. O não comparecimento dos notificados implicará nas suas exclusões do benefício.

O espaço individual destinado a esses comerciantes informais será de 1 metro e meio por dois metros e meio, existindo a proposta de busca de uma linha de crédito para a padronização das barracas que devem custar em torno de R$ 400,00 (quatrocentos reais), cada. Somente na Rua João da Mata foram cadastrados 65 camelôs, os quais devem ocupar a maior parte dos 120 pontos que serão disponibilizados no espaço preparado pela prefeitura, que conta com bateria de sanitários e ganhará uma área construída para a administração.

De acordo com o Ministério Público todas as ruas e calçadas deverão ser desobstruídas para proporcionar um fluxo normal de transeuntes e veículos. 

Damião Lucena

Agonia de uma profissão – carta aos médicos brasileiros


Inácio A. Torres


O texto que constitui o miolo dessa coluna merece crédito duplo. Primeiro, porque foi escrito por um trabalhador da medicina em estado de indignação, porém com muita lucidez e racionalidade. E, segundo, porque certamente o território de atuação desse trabalhador, o Rio Grande do Sul, um estado da federação brasileira mais evoluído em saúde pública, oportuniza uma visão real e provocativa sobre o assunto.

O conteúdo do referido texto retrata a inquietação do autor, com quem concordamos em grande parte. As críticas são pertinentes, porém, em nossa opinião, faltaram ou não ficaram claras sugestões e alternativas para tirar não somente a sua profissão, mas também a saúde brasileira desse estado agonizante.

Sem dúvidas, o SUS e o PSF tem defeitos e imperfeições, porém não se pode negar que a saúde brasileira não venha melhorando nos últimos 25 anos. Não tenho receita, mas ponho a crença de que se conseguirmos articular com justiça, respeito e patriotismo as instituições formadoras (as universidades) dos trabalhadores da saúde com os gestores, os serviços e o controle social, elegendo para esse último – refiro-me aos membros dos Conselho Municipal, Estadual e Nacional de Saúde – cidadãos e cidadãs emancipados e não manipulados, com certeza, sairemos dessa situação agonizante. O mais acertado é – refiro-me a todos nós brasileiros e brasileiras – vestirmos, de verdade, a camisa do SUS/PSF e não cruzar os braços.

O texto do Dr. Milton Pires, médico de Porto Alegre, RS é relevante e serve de alerta a todos nós, por isso mesmo recomendamos a leitura e, se possível, uma discussão envolvendo os trabalhadores da saúde, políticos, gestores e o povo em geral. Leia-o a seguir e emita seu comentário para o DS.

“Permitam-me os colegas fazer uso no presente artigo dos dois discursos que mais encantam o “meio intelectual brasileiro” – o marxista e o psicanalítico. Esqueçam, por alguns instantes, aquilo que ambos dizem do mérito e da caridade humanos. Espero que minhas conclusões não os choquem e sugiro ainda que, em caso de indignação, adotem como saída elegante afirmar que não gosto de ser médico; passa a impressão de profissionalismo e pena profundos de alguém como eu….rss

Tenho visto profissionais, às vezes de sessenta ou setenta anos, fazendo plantão nas emergências do Sistema Único de Saúde (SUS).Comem mal, não dormem (ou o fazem em quartos imundos), são ameaçados ou agredidos pelos próprios pacientes, alguns roubam medicações controladas para uso próprio, e muitos acabam como notícia no Jornal Nacional.
Seu instrumento de trabalho mais importante é um carimbo e seu chefe é uma enfermeira. Eles assistem pacientes morrerem por falta de medicamentos, leitos, cirurgias e métodos diagnósticos. Dia após dia, independentemente de posição política ou tempo de formatura, são representantes legítimos de um delírio cujo início remonta a década de setenta.

Naquela época, um médico brasileiro, ex-assessor para saúde na Nicarágua, e que depois viria se eleger deputado por um partido comunista, pensou ser possível trazer à terra aquilo que nem Jesus Cristo imaginou: um sistema de saúde com livre demanda, cobertura completa de custos, e acesso imediato aos serviços. Sim, meus amigos, o Brasil deve ao Dr. Sérgio Arouca e aos seus “companheiros” o fato de homens maravilhosos como Fernandinho Beira-Mar e Marcola terem o mesmo direito a um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que qualquer trabalhador.

Certamente, se vivo, o Dr. Arouca ficaria exultante ao ver como nossas UTIs são numerosas e estão bem equipadas e eu gostaria de saber como ele explicaria o fato de Lula não tratar seu câncer no SUS.

Uma década antes, no governo Castelo Branco, o Brasil assistia ao início de uma proliferação de faculdades que nos lembra que nem só de futebol somos campeões. Daqueles bancos saíram médicos, e continuam saindo, que vêem no futuro a possibilidade de uma prática liberal que a muito deixou de existir.

A verdade é que nos tornamos empregados! O estereótipo do médico recém-formado que vai para o interior casar com a filha de um latifundiário e depois disputar algum cargo municipal é cada vez mais difícil de ser encontrado.

Ao que nos parece, em 1964 os militares viram na classe médica uma ameaça política e trataram de tomar providências. A primeira delas, em silêncio garantido pelas paredes da Escola Superior de Guerra, foi determinar que saúde era uma questão de segurança nacional. A segunda, bem mais simples, foi submeter os médicos a mais elementar lei de mercado: oferta e procura.

E o que houve daí em diante? Tornamo-nos muitos, empobrecemos, nos sindicalizamos, e acima de tudo passamos a crer, como bons marxistas, que tínhamos um poder de transformação social até então adormecido. Era preciso ser um “trabalhador da saúde”. Médicos ligados à saúde pública começaram a despontar na cena política, mas desta vez ligados aquilo que se chamava na época de “esquerda”.

O país assistia então ao nascimento do Partido dos Trabalhadores e quem não lutava por eleições diretas não tinha coração. Enquanto isso, em silêncio mas de forma contínua, o sistema que fazia diferença entre aqueles que trabalhavam e contribuíam ou não para os gastos com a saúde nacional extinguia-se aos poucos.

Alheios a tudo, os antigos mestres das Escolas de Medicina, consagrados pelo tempo e saber, continuavam ensinando que o importante era a relação médico-paciente, que a medicina não podia se desumanizar e conseguiram com isso contribuir para a visão maniqueísta que passou a nos dividir entre “técnicos-frios” ou preocupados “com o paciente como um todo”.

"Pobre do país cujos médicos estão doentes! Era neles que se depositava a esperança de alívio de um povo que agora percebe que ele, povo, cuidou muito mal dos seus próprios médicos" Orientaram nossos acadêmicos a fazer estágio nos Estados Unidos. Para lá partiram aos comboios, quase sempre financiados pelos pais, lembrando os adolescentes brasileiros que visitam a Disneylandia.

Mas a mim me parece que o sonho está acabando. Voltamos de lá e estamos de plantão. O que poderia ter saído errado? Nossos pacientes já não nos respeitam e querem apenas atendimento de graça. Não nos esqueçamos dos famosos exames – quem não os pede não pode ser bom médico!

Será generalizada entre os colegas esta minha sensação? Medicação antidepressiva, menos trabalho e um salário melhor não resolveriam meu caso? Estas respostas ficam por conta de quem até aqui gastou seu tempo a me ler.

Uma vez Freud escreveu que a capacidade do indivíduo ser feliz está relacionada à realização no amor e no trabalho. Da vida pessoal de meus colegas pouco sei, mas tenho visto em pequenas salas (chamadas pelos otimistas de estar médico), em que se toma cafezinho frio, uma verdadeira legião de gente triste.

Isso mesmo, meus colegas, tristes é como estamos em função do que fazemos para sustentar nossas famílias. Aos dezoito anos de idade, com todas as alegrias desta época da vida, estávamos, muitos de nós, em frente a cadáveres. Quantas noites sem dormir por causa dos exames da faculdade? E o que dizer então da disputa por uma vaga na residência?

Somos médicos, mas antes de tudo somos humanos e é nesta última condição que a natureza e a doença vêm cobrar seu preço. Aumenta cada vez mais o número de colegas com problemas por causa do álcool e das drogas. Patologias mentais entre nós avançam em número e gravidade. Frieza, discussões, insensibilidade com a dor, e raiva das queixas frívolas dos nossos pacientes são cada vez mais comuns nas emergências em que trabalhamos com condições quase veterinárias.

Pobre do país cujos médicos estão doentes! Era neles que se depositava a esperança de alívio de um povo que agora percebe que ele, povo, cuidou muito mal dos seus próprios médicos. Estamos pedindo socorro a pessoas comuns, sem treinamento, mas nem por isso sem coração e vontade de ajudar.

Alguém há que nos possa e queira ajudar?

Uma vez aquele que foi considerado o maior escritor de todos os tempos – James Joyce – disse que achava impossível escrever sem ofender as pessoas. Termino aqui. Longe de mim ofendê-los por mais tempo ou ter a audácia de pensar que Joyce pudesse estar errado".

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