Devido
as denúncias levadas a público sobre algumas vacas em período de gestação estarem
sendo abatidas no Matadouro Público de Patos, a médica veterinária e
coordenadora de inspeção do abate no referido logradouro, Cláudia Morgana, revelou
que uma equipe de cinco médicos veterinários do Matadouro Público é responsável
por realizar a inspeção nos animais que são abatidos diariamente. Segundo ela, esse
controle faz com que se detecte algum animal com essas características.
“Quando
identificamos algum animal nessas condições, buscamos saber quem é o
proprietário, e em seguida recomendamos que não submeta esse animal ao abate,
já que o mesmo apresenta estar gerando um feto. Sobretudo nesse período de
estiagem das chuvas, é comum nos depararmos com proprietários que mesmo sabendo
que os animais estão em período de gestação, insistem para que esse seja
abatido, pois não querem ter prejuízo com o rebanho. Diante dessa situação, nós
temos o respaldo da legislação que não proibe o abate desses animais, mas recomenda
que seja evitado”, explicou.
No
caso dos fetos estarem sendo descartados junto com os dejetos do Matadouro
Público, a veterinária afirmou que essa informação não procede.
“Quando
isso ocorre esses fetos são encaminhados para tratamento, ou seja, eles não são
jogados diretamente no meio ambiente como foi dito. Já é uma rotina nossa, no
momento em que condenamos qualquer peça, inclusive fetos, encaminharmos para um
local apropriado dentro do próprio estabelecimento. Eu acredito que as pessoas
tenham feito um pré-julgamento sem conhecimento técnico do caso, e afirmado que
esses fetos estão sendo jogados no meio ambiente. Isso pode até estar
acontecendo, mas garanto que é de forma clandestina, sem nenhuma
responsabilidade de quem trabalha dentro do Matadouro. Cabe aos órgãos
responsáveis fiscalizar a questão, para que se chegue aos verdadeiros
culpados”, completou.
Hélio Barbosa
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