Emoções & Qualidade de Vida
Iara da Silva Machado*
Vive-se
um momento planetário onde a busca da qualidade de vida é foco de inúmeras
discussões sobre saúde humana.
Parar
para escutar no interior de cada ser o que é qualidade de vida para si, pode
ser útil para demarcar prioridades nos diversos contextos onde está inserido
desde o pessoal doméstico familiar até o social mais secundário e pouco
rotineiro.
É
interessante que comece pelo ambiente familiar, perguntando-se: Qual a emoção
predominante no ambiente íntimo? Como é o relacionamento com os parentes mais
próximos no dia a dia?
Quando
a energia emocional predominante e individual está consciente poder-se-á fazer
escolhas de mantê-la, modificar parcialmente ou investir esforço pessoal para
mudar bastante determinados padrões de conduta que causam danos e mal estar a
si e aos demais na intimidade do lar. Por exemplo, se há a percepção de um
padrão comportamental irritadiço ou apático, raivoso ou omisso, etc, essas
formas de lidar com os outros podem gerar desencontros; se é aceito que a
conduta é constante e inadequada, a pessoa pode buscar meios de entender porque
age frequentemente daquela maneira negativa consigo e com os demais e a partir
daí melhorar a qualidade de relacionamentos proximais, refletindo naturalmente
na qualidade de vida.
É
mais fácil lidar com questões externas desagradáveis quando a pessoa está em
paz consigo mesma, caso contrário, pode-se transferir para o ambiente de
trabalho, nas relações sociais, as frustrações e insatisfações que se prolongam
no âmbito doméstico familiar. Esses fenômenos comportamentais são denominados
de projeções egóicas, que funcionam como
energias psíquicas transferidas de um lugar primário para outro.
É
dessa forma que inconscientemente pode-se projetar no colega de trabalho
energias emocionais mal resolvidas com os parentes, prejudicando o desempenho e
imagem da pessoa no ambiente profissional, pela má elaboração dos conteúdos pessoais
que vazam a revelia para contextos indevidos.
Na
atualidade o investimento no autoconhecimento das pessoas tem sido incentivado
para além da saúde convencional organicista, através de programas de ações
sociais e humanitários, instituições religiosas e educação da Alma, movimentos holísticos, ONGs com
visões integrais, dentre outros que priorizam o reconhecimento do ser humano
como um “grande” agente modificador da natureza.
Assim
quanto mais consciente tiver a pessoa da sua potencialidade de humanização,
mais ela poderá cuidar de Si e auxiliar o despertar de outros, no intuito de qualificar
não só a sua existência, mas também reconhecer que tudo e todos são
interligados por teias poderosas de possibilidades de vivência da amorosidade.
A
medida que as pessoas validarem a sincronicidade dos pensamentos, sentimentos e
ações como portas de contato para a integralidade do Ser; maiores as
probabilidades de pacificação das manifestações emocionais, favorecendo nos
diversos contextos uma qualidade de vida com possibilidades mais harmônicas.
*Iara da Silva Machado escreve para o pbnoticias.com e garimpandopalavras
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