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domingo, 27 de dezembro de 2009

Van Gogh cortou a orelha por causa de carta do irmão, diz especialista


Um dos grandes debates do mundo da arte pode chegar ao fim após uma descoberta feita por Martin Bailey, um dos principais estudiosos da obra do pintor holandês Vincent van Gogh. Segundo Bailey, o artista teria cortado a própria orelha após descobrir que o seu irmão Théo (de quem ele dependia financeiramente) iria se casar.

Os motivos da automutilação de van Gogh são tema de especulação no mundo artístico há décadas. O pintor pós-impressionista cortou a parte inferior da orelha esquerda no dia 23 de dezembro de 1888. Entre as possíveis motivações já citadas para o ato estão uma disputa com o pintor Paul Gauguin sobre uma prostituta chamada Rachel e um acesso de loucura causado pelo envenenamento com chumbo, metal pesado presente em suas tintas.

Em um artigo no periódico britânico “The Art Newspaper”, Bailey diz que “Vincent tinha medo de perder o apoio financeiro e emocional do irmão”. Segundo o site do jornal britânico “The Times”, o acadêmico estudou o quadro “Natureza morta com cebolas e prancha de desenho”, concluído por van Gogh um mês após o incidente com a orelha do artista.

Bailey prestou atenção em uma carta representada na tela , com detalhes como o número “67”, impresso em cera no envelope. O acadêmico diz que é o número postal de uma agência de correios em Place des Abbesses, próxima ao apartamento onde residia Théo van Gogh.

A carta também teria uma marca dizendo “Feliz Ano Novo”, o que significaria que foi enviada a partir da segunda metade de dezembro. Bailey acredita que a missiva traria a notícia do noivado de Théo com Johanna Bonger – uma carta recebida pela mãe do pintor no dia 21 de dezembro de 1888 pedia permissão para o casamento e dizia que Vincent “seria a próxima pessoa a saber”.

Van Gogh sofria de distúrbios mentais e morreu no dia 29 de julho de 1889, dois dias depois de ter tentado se matar com um tiro. Psicólogos modernos já “diagnosticaram” o artista como depressivo e portador de distúrbio afetivo bipolar. Um dos pintores mais influentes do final do século XIX, ele só foi descoberto por artistas, acadêmicos e colecionadores após a sua morte.

G1 

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