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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Patos participa de mobilização nacional contra polêmicas do Ato Médico


Vestidos de preto, os estudantes do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos se reuniram hoje, 30, na Praça Getúlio Vargas, para uma mobilização contra a aprovação do projeto de Lei que visa regulamentar o exercício da medicina, conhecido como Ato Médico. Liderados pela coordenadora de Fisioterapia, Rayne Torres, e pela professora Francisca Maracajá, o grupo de estudantes concentrou-se no centro de Patos para chamar atenção para as polêmicas que envolvem o Ato Médico.

Segundo a professora Francisca Maracajá, a aprovação do Ato Médico afetará as atividades de 13 profissões. “Nós queremos resguardar a autonomia dessas profissões”, afirmou a professora. E acrescentou. “Nós fisioterapeutas queremos ser responsáveis pelo diagnóstico funcional que avalia a capacidade do paciente de realizar movimentos e articulações”.

Com o Ato Médico, o trabalho dos profissionais da odontologia, assistência social, biologia, biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, educação física, psicologia, terapia ocupacional, técnico e tecnólogo de radiologia passa a depender diretamente da medicina. Além disso, o projeto de Lei garante que cargos de coordenação e chefia de órgãos relacionados à saúde só poderão ser exercidos por médicos. “A aprovação do Ato Médico representa uma perda muito grande para nós, profissionais de saúde”, disse Francisca Maracajá.

A mobilização de hoje em Patos tem caráter nacional. Em várias outras cidades do país, profissionais de saúde fazem manifestações a fim de levantar discussões sobre as consequências da aprovação definitiva do Ato Médico. Também em Brasília, cerca de 10 mil profissionais de diversas categorias ocuparam a Esplanada dos Ministérios reivindicando mudanças no texto original do projeto de Lei.

Saiba mais sobre o movimento “Ato Médico Não”.

O Ato Médico foi aprovado no dia 8 de fevereiro deste ano pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.  A lei ainda precisa passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS) antes de ser encaminhada ao Plenário.

Ascom FIP

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