O Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro atendeu no primeiro mês deste ano 53 pessoas vítimas de acidentes envolvendo motocicletas. O número, bastante alto, representa quase dois acidentes dia. A maioria dos casos, atendidos pelos Regional, aconteceu nos municípios vizinhos. Vale lembrar que em muitos casos, acidentes de pequenas proporções, as vítimas acabam não procurando o pronto-atendimento do Janduhy Carneiro, o que deixa de ser acrescentado nas estatísticas.
Um fator ligado diretamente a esta realidade é o da ortopedia, um dos mais movimentados do Hospital. A estatística de cirurgias ortopédicas tendo como origem batidas, quedas e atropelamentos com motos, se mantém em cerca de 70%. As causas geralmente estão relacionadas à imprudência no trânsito, como alertam os órgãos de segurança pública. Alta velocidade, condutor alcoolizado, desobediência à sinalização, como avanço do sinal luminoso, à faixa de pedestre, ultrapassagem pela direita, dentre outras.
A realização de blitzen pelo policiamento de trânsito da PM, que já conseguiu nos últimos meses tirar de circulação mais de 500 veículos, a maioria motos, que circulavam de maneira irregular na cidade de Patos contribuiu para uma redução de quase 50% no número de acidentes envolvendo motocicletas neste município. Dos 584 veículos apreendidos na fiscalização da polícia de trânsito, 408 já foram liberados após sua regularização e 176 continuam no pátio do III BPM.
Patos registrou ano passado 563 acidentes de trânsito, com quatro vítimas fatais, com idades de variaram de 18 a 40 anos. Do total, 63 tiveram ferimentos graves. Isso significa dor, sofrimento para a vítima e familiares, além de alto custo hospitalar, cirurgia, internamento, acompanhamento médico.
34 mil mortes por ano
De acordo com estatística da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), os gastos com acidentes de trânsito no Brasil são de R$ 28 bilhões. Esses gastos vão desde o atendimento à vítima do acidente, a entrada em hospitais até o afastamento do trabalho. Ainda de acordo com dados da ANTP, por ano são 34 mil mortes; 100 mil pessoas adquirem deficiências temporárias ou permanentes; 400 mil ficam feridas.
Ascom
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