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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Agricultora de Matureia exporta produtos orgânicos

A agricultora familiar Silvana Maria de Lima Cordeiro que mora no sítio Riacho das Moças em Matureia (325 quilômetros de João Pessoa) ganhou o selo de certificação orgânica. Ela transformou uma recomendação médica sobre o consumo de alimentos sem agrotóxicos em experiência de vida. Atualmente as frutas e verduras produzidas são comercializadas para cidades próximas e seguem para uma empresa do Paraná.

Há cinco anos que Silvana luta para cultivar verduras e frutas sem nenhum defensivo agrícola. Atualmente ela envia a cada 15 dias para fora do Estado entre 1000 e 1500 bandejas de verduras. Para Matureia e Patos são vendidos cerca de 500 bandejas por semana. Ela não soube especificar o peso, pois a produção inclui diversos tipos de verduras e hortaliças, mas frisou que possui registrados em sua casa a quantidade de cada tipo de verdura.

Para alcançar esses resultados, a agricultora obteve o acompanhamento da Emater de Matureia e da divisão de agricultura da Secretaria de Desenvolvimento do município. “ Recebi a visita do chefe da Emater, Hildenêr Lucena, que fez o acompanhamento do plantio e forneceu orientações sobre a escolha da terra, o controle natural de pragas e várias exigências”, enfatizou orgulhosa com o resultado de seu trabalho. 

Além da Emater a Secretaria de Desenvolvimento do município, Divisão de Agricultura, faz regularmente visitas a comunidade Riacho das Moças para acompanhar e em parceria com o Governo Federal fornece total assistência. A Secretaria é responsável pela montagem dos equipamentos para a exposição e vendas dos produtos durante a feira de agricultura familiar paralela a feira tradicional, que é realizada toda quarta-feira.

Silvana explicou que vende o que planta em conjunto com cinco agricultores de Patos que também enviam a produção para o paraná. No sítio ela cultiva quiabo, vargem, pepino, beringela,abobrinha, cenoura,folhagens, alface,brócolis, acelga, nabo, alface,coentro, cenoura. Esse ano pretende ampliar o espaço destinado a agricultura orgânica. A meta dela é vender cada vez mais em locais mais próximos. “ Quanto mais perto, mais a gente ganha com a venda direta ao consumidor”, disse.

O prefeito de Matureia, Daniel Dantas, que sempre teve ligação com atividades agroeconômicas, elogiou a persistência e o empenho de Silvana em manter durante todo esse tempo um trabalho que prova a viabilidade da produção orgânica apesar das adversidades do clima.

Ele disse que Matureia tem vários agricultores que possuem culturas orgânicas, mas para ter continuidade as pessoas devem ser insistentes e perseverantes. “ Agricultor é teimoso por natureza e no cultivo orgânico deve triplicar o grau de teimosia para manter a produtividade, pois tudo em volta é ameaça, até a televisão divulgando as facilidades da indústria”, argumentou o prefeito. 

No Brasil é o selo orgânico nacional é emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é a garantia para o consumidor da procedência do produto e de que a mercadoria obedece as exigências para ser rotulada como orgânica. 

Segundo dados do Ministério da Agricultura na produção orgânica se proíbe determinados usos de produtos sintéticos e recomenda-se que se faça outras atividades como adubação verde, rotação de cultura e preservação do ambiente. Orgânico não é simplesmente deixar de usar agrotóxico, é um conjunto de situações desde a escolha da terra, água, análises das condições adequadas para a sobrevivência dos animais de criação, até as formas de evolução da cadeia completa , que inclui produção, processamento e distribuição socialmente justa e ecologicamente viável.

Renata Dantas

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