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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Municípios pecam na informação e investigação de óbitos



A Secretaria de Estado da Saúde, através do Núcleo de Sistema de Informação SIM, SINACS/SINAM, realiza durante esta semana encontros de capacitação com os municípios da 3ª Macro de Saúde, que compreende as regiões de Patos, Piancó e Princesa Isabel. Os encontros, oito municípios por dia, acontecem na sede da 6ª Gerência de Saúde, em Patos.

Todos os municípios paraibanos estão passando por uma auditoria do SIM/SINASC - SIM – Sistema de Informação de Mortalidade e SINASC – Sistema de Informação de Nascidos Vivos, que são ferramentas que oferecem condições de melhor análise dos óbitos. Outro objetivo da vinda dos técnicos da SES a Patos foi fazer o monitoramento da vigilância do óbito (infantil, materno, fetal e de mulher em idade fértil, de 10 a 49 anos). São investigadas também as causas mal definidas na declaração de óbito.

Segundo a chefe do Núcleo do Sistema de Informação SIM/SINASC/SINAN e da Vigilância do Óbito, da SES, Ângela Aquino, falta qualidade da informação por parte dos municípios no preenchimento dos formulários referentes aos óbitos e tempo oportuno para o processo de investigação das causas. “Temos parâmetros a obedecer, e existe uma pactuação entre município, estado e Ministério da Saúde. Alguns municípios deixam a desejar por terem um percentual de informações um pouco baixo”, explicou Aquino.

Sobre os casos de óbitos que carecem de maior investigação e que não está ocorrendo, de acordo com Ângela, são as más definidas, como paradas cardiorrespiratórias, falência múltiplas de órgãos, que não transmitem nada. Ângela informa que existe uma rotina de procedimentos em relação a esses tipos de óbitos. Diz que há portarias determinando o tempo para a conclusão da investigação dessas mortes algo que não vem sendo trabalhado adequadamente pelos municípios, por isso da realização dessa capacitação que vem ocorrendo em toda a Paraíba.

Cerca de 70% dos óbitos infantis são evitáveis. A chefe do Núcleo de Informação explica que é preciso se saber a causa da morte das crianças, infantis e fetais, para que sejam implementadas políticas públicas de saúde no município. “Temos crianças morrendo à toa, coisas que poderiam ser evitadas”, lamenta.

Sobre a mortalidade infantil na Paraíba, que teve uma queda de 46,2% de 2009 a 2013, Ângela Aquino diz que o índice de 19% (IBGE 2013) de cada mil nascidos vivos está acima da média. “Nosso maior problema são os óbitos infantis precoces, aqueles bebês de 0 a 7 dias de vida, faixa que apresenta ainda um percentual de óbito muito grande, mas que isso depende também da gravidez, como foi feito o pré-natal”, comentou.

Ângela destacou a importância da atenção primária da saúde em relação à prevenção de mortes maternas, citando o caso da pré-eclâmpsia, que se manifesta em 5% das mulheres grávidas, podendo causar uma série de transtornos para a saúde da gestante e de seu bebê.


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