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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Comportamento


RESGATANDO O SER FEMININO
Iara da Silva Machado

Toda mulher representa o papel principal na solução do que diz respeito à sua própria história existencial.”

Jean Shinoda Bolen

Vivemos numa sociedade patriarcal onde a praticidade, objetividade e competitividade são energias masculinas (yang) dominantes na funcionalidade comportamental.
Testemunhamos um tempo onde a mulher desempenha papéis multifacetados: dona de casa, mulher, mãe, intelectual, profissional. Sentindo-se ainda cobrada para estabelecer uma imagem corporal avalizada pelo social contemporâneo.
Essas diversas atribuições têm causado mutilações psíquicas e emocionais no universo feminino, cujas algumas habilidades naturais são a receptividade, afetividade, intuição e doação. Quando o tempo objetivo impõe um ritmo acelerado a essa polaridade feminina (yin) há prejuízos no fluxo natural do Ser.
Naturalmente, que eu que vos escrevo neste momento, quando falo dessa “ferida emocional” da mulher incluo a reflexão das minhas próprias vivências nessa jornada, porém por está em sintonia com a busca de melhoria da qualidade relacional com o campo da mulher interior, ou seja, do conjunto que compõe o ser atual: a criança, a adolescente, a mãe que fortalece o eixo da ancestralidade feminina creio que o autodescobrimento favorece a releitura das escolhas que fazemos para integrar mais saúde espiritual, mental, psíquica, emocional e física no cotidiano.
Experimentar escutar a voz interior quando nos conectamos a ideais, projetos, sonhos metas, sejam de ordem material, intelectual ou moral-afetiva pode fazer toda diferença no resultado final, porque quando aprendemos a honrar a nossa intuição, que é um atributo da polaridade yin (isso não implica dizer que os homens não sejam portadores de intuição) adquirimos atitudes mais conscientes e, portanto mais maduras, centradas e harmônicas a natureza humana feminina.
As sobrecargas que interferem na alegria de viver são frutos, via de regra, da insistência de fazer o que não nos pertence, de resolver o que não é nosso, de viver impondo aos outros aquilo que nós achamos que é o melhor para todos que amamos...
Resgatar o feminino é ter coragem moral de abrir mão do que não seja o Si Mesmo; é cuidar-se amando-se legitimamente; é aprender a dizer NÃO quando for pertinente para preservar a dignidade e o auto-respeito; é exercitar dizer SIM quando a Alma bater palmas para algo que nos deixa inteiras, presentes e felizes.

Na filosofia cristã há um relato onde Jesus disse: O amor cobre uma multidão de pecados.
O amor a si mesmo é um desafio, porque para ele se manifestar talvez seja necessário contrariar alguns interesses pessoais e alheios, porém quando ele jorra no Ser o benefício é geral, tendo em vista que a energia amorosa é curadora.
Então, resgatar o Ser Feminino pode ser brincar com um filho(a), neto(a), crianças; pode ser brincar sozinha, sorrir de si mesma; ter esperança e confiança nos propósitos da vida, sobretudo aqueles que seguem a nossa revelia; pode ser dançar; conversar livremente com outra(s) mulher(es) sobre as dores e prazeres da vida pessoal; pode ser cozinhar em algum momento não por obrigação, mas por prazer; pode ser dançar, pode ser...o que você quiser que faça você vibrar de gratidão por está VIVA!
Neste início de ciclo 2011 possamos refletir sobre o Ser Mulher e colocar como uma das prioridades esse contato consigo mesma: repaginando a vida, corrigindo palavras, escrevendo coisas novas, lendo boas notícias, reeditando a capa do livro pessoal com mais brilho e vibração na autoconfiança.
Desejo às Mulheres uma pausa para honrar o feminino que somos nós: co-criadoras!

A psicóloga Iara Machado escreve para o pbnoticias e garimpandopalavras

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