O internauta, visitante assíduo do Garimpando Palavras, Ítalo Salomão, sobre a matéria escrita pelo companheiro Wandecy Medeiros, da Rádio Espinharas, enfocando obras anunciadas pelo Governo do Estado para Patos, quis saber da promessa de campanha do senhor governador Cássio, que foi enfático ao afirmar que construiria em nossa cidade um Centro de Cultura.
Porque ninguém mais fala da obra, tão importante para essa área tão esquecida pelos poderes públicos? Lembro que o secretário na época, o patoense Hipólyto Militão, nos passou a informação da dimensão da infra-estrutura, o que constaria no projeto, que se encontrava prestes a ser executado, e até a localização do Centro, nas proximidades do Shopping Sebrae (obra inacabada). Como a cultura é tratada em quinto plano, nossos representantes fingem que ela não existe. Estamos todos de olho!
Um comentário:
É notória a falta de sensibilidade dos nossos gestores públicos para com a coisa pública. Isso é fato. Contudo, o descaso para com a arte e a cultura é ainda mais latente. E em Patos não é diferente, basta olharmos bem para a falta de estrutura e da promoção cultural existente em nossa cidade que, em decorrência não só disso veremos o quão pobre se torna a nossa gente. Pois, como dizem, "sem educação e cultura não se vive”. Eu acrescento ainda a religião, independente da crença de cada um.
Em recente conversa com William Cabeleireiro, popularmente assim conhecido devido a sua profissão de cabeleireiro e ainda desenvolvendo paralelamente a de promotor de eventos, inclusive teatrais, fui informado que algumas peças seriam em breve trazidas a Patos, contudo, tais peças não mais teriam como palco principal o auditório do Fórum Miguel Sátiro, usado por diversas oportunidades. Indaguei-o a respeito do por quê da mudança de local, haja vista que o referido auditório é um dos poucos ambientes existentes que podem ser utilizados adequadamente para a encenação teatral.
Foi aí que, com o semblante munido de tristeza ele me afirmou que algum magistrado, cujo nome não revelou, alegara que o local não se destina a estes fins. Tão frequentemente, ouve-se pessoas lamentando à falta de opção disponível para o lazer, de uma forma geral, porém, quando opções são introduzidas em nossa cidade, determinados obstáculos são impostos, seja voluntária ou involuntariamente. O certo é que quase sempre há algum empecilho, independente de qual ordem seja.
Neste caso em específico, torçamos para que não haja nenhum tipo de “impedimento”, a não ser o acima detalhado, pois a homofobia é algo abominável. O que nos resta é esperar, mas não de braços cruzados, atônitos, que os nossos governantes, Município ou Estado, realizem as promessas aos quais se dispuseram durante suas respectivas campanhas políticas, caso contrário, é apelar a Deus, somente a Ele, pois aos homens!?
Italo Salomão
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