Aconteceu
ontem, quinta-feira 25, em Patos, uma capacitação destinada aos agentes
ambientais e digitadores de sistemas dos municípios que compõem a 6ª Gerência
Regional de Saúde. Com esse treinamento, a Secretaria de Estado da Saúde,
através da Gerência Operacional de
Vigilância Ambiental, fecha
em 100% o trabalho com esses profissionais, tendo com alvo o GAL – Gerenciador
de Ambiente Laboratorial, soft que agiliza o processo de análise das águas.
Com esse
novo sistema, a análise das águas deixa de ser feito manualmente, o que
demandava bastante tempo, descarte de amostras. Hoje cerca de cinco laboratórios
na Paraíba estão aptos a realizar exames das amostras, que vão apontar a qualidade
da água consumida pela população. No Estado, apenas de 10% a 15% dos municípios
das regionais estavam realizando exames de suas águas, número preocupante,
principalmente pelo momento de forte estiagem que castiga grande parte de nosso
território.
O Estado,
juntamente com o Ministério da Saúde, garante aos laboratórios o produto mais
caro para a realização das análises, o Substrato Cromogênico Colilert, um
reagente que detecta a presença de coliformes totais nas amostras. Os
municípios ficaram na obrigação apenas de enviar essas amostras para
laboratório, cuja única despesa será com os saquinhos para depositar a água a
ser examinada. Mesmo assim, muitos não estão seguindo as recomendações do
Ministério da Saúde, que transfere recursos e vai cobrar sua aplicabilidade em
prol da população.
Os
agentes ambientais e digitadores receberam informações gerais através de Sérgio
Roberto Lisboa, analista de sistema e que presta serviços ao LACEN –
Laboratório Central de Saúde Pública. O consumo de águas impróprias pode
acarretar desde diarréias à cólera, doença infectocontagiosa aguda do intestino
delgado e que já provocou óbitos na Paraíba. Segundo Sergio Roberto, a
SES vem demonstrando preocupação com a Copa do Mundo, que acontece em 2014 no
Brasil e o nosso Estado agiliza justamente o monitoramento das águas para
evitar que a cólera chegue à Paraíba. Técnicos de todas as gerências regionais
já receberam treinamento para trabalhar com esse direcionamento.
Carro-pipa
Os
carros-pipas são também alvo de preocupação da Vigilância Ambiental. Devido a
seca que castiga a Paraíba e demais estados nordestinos, os veículos pegam água
de diversas localidades para abastecer as comunidades. “É necessária uma
análise minuciosa dessas águas para evitar que a população venha a adoecer e
trazer mais gastos para o município e Estado. Esse é um tópico também abordado
nessa capacitação, onde a gente trabalha a conscientização, lembrando o papel,
a importância de cada um, desde o agente ao coordenador de Vigilância Ambiental”,
explicou Roberto.
Todos os
municípios detém tecnologia para agilizar o processo de análise das águas, que
antes de serem encaminhadas têm as amostras catalogadas, geram um código de
barra e alimenta o sistema do laboratório. Para saber o resultado dos exames basta
o servidor acessar através da numeração, que identifica todas as informações da
amostra, desde sua coleta, dia e hora, localidade, e a partir desses resultados
o município define ações para um maior controle epidemiológico.
Marcos Eugênio
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