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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Vigilantes ambientais e digitadores são capacitados em programa que agiliza análise das águas






Aconteceu ontem, quinta-feira 25, em Patos, uma capacitação destinada aos agentes ambientais e digitadores de sistemas dos municípios que compõem a 6ª Gerência Regional de Saúde. Com esse treinamento, a Secretaria de Estado da Saúde, através da Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, fecha em 100% o trabalho com esses profissionais, tendo com alvo o GAL – Gerenciador de Ambiente Laboratorial, soft que agiliza o processo de análise das águas.

Com esse novo sistema, a análise das águas deixa de ser feito manualmente, o que demandava bastante tempo, descarte de amostras. Hoje cerca de cinco laboratórios na Paraíba estão aptos a realizar exames das amostras, que vão apontar a qualidade da água consumida pela população. No Estado, apenas de 10% a 15% dos municípios das regionais estavam realizando exames de suas águas, número preocupante, principalmente pelo momento de forte estiagem que castiga grande parte de nosso território.

O Estado, juntamente com o Ministério da Saúde, garante aos laboratórios o produto mais caro para a realização das análises, o Substrato Cromogênico Colilert, um reagente que detecta a presença de coliformes totais nas amostras. Os municípios ficaram na obrigação apenas de enviar essas amostras para laboratório, cuja única despesa será com os saquinhos para depositar a água a ser examinada. Mesmo assim, muitos não estão seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, que transfere recursos e vai cobrar sua aplicabilidade em prol da população.

Os agentes ambientais e digitadores receberam informações gerais através de Sérgio Roberto Lisboa, analista de sistema e que presta serviços ao LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública. O consumo de águas impróprias pode acarretar desde diarréias à cólera, doença infectocontagiosa aguda do intestino delgado e que já provocou óbitos na Paraíba. Segundo Sergio Roberto, a SES vem demonstrando preocupação com a Copa do Mundo, que acontece em 2014 no Brasil e o nosso Estado agiliza justamente o monitoramento das águas para evitar que a cólera chegue à Paraíba. Técnicos de todas as gerências regionais já receberam treinamento para trabalhar com esse direcionamento.

Carro-pipa

Os carros-pipas são também alvo de preocupação da Vigilância Ambiental. Devido a seca que castiga a Paraíba e demais estados nordestinos, os veículos pegam água de diversas localidades para abastecer as comunidades. “É necessária uma análise minuciosa dessas águas para evitar que a população venha a adoecer e trazer mais gastos para o município e Estado. Esse é um tópico também abordado nessa capacitação, onde a gente trabalha a conscientização, lembrando o papel, a importância de cada um, desde o agente ao coordenador de Vigilância Ambiental”, explicou Roberto.

Todos os municípios detém tecnologia para agilizar o processo de análise das águas, que antes de serem encaminhadas têm as amostras catalogadas, geram um código de barra e alimenta o sistema do laboratório. Para saber o resultado dos exames basta o servidor acessar através da numeração, que identifica todas as informações da amostra, desde sua coleta, dia e hora, localidade, e a partir desses resultados o município define ações para um maior controle epidemiológico.



Marcos Eugênio  

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