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domingo, 21 de julho de 2013

O portador de Alzheimer merece respeito e cuidados



Inácio Andrade Torres



O mal de Alzheimer é causa mais comum de demências, especialmente, em pessoas idosas. A incidência dessa doença aumenta na mesma proporção em que a população envelhece, considerando-se, portanto, a idade como importante fator de risco. O pior: faltam tratamentos eficazes e algumas das novas drogas falharam porque provavelmente foram testadas tarde demais. Para sanar essa situação surgiram novas técnicas que rastreiam a doença antes mesmo que os sintomas se manifestem, possibilitando o teste de medicamentos em um estágio em que há condição de maior eficácia.

O número de pessoas diagnosticadas com esse mal nos Estados Unidos deve aumentar cerca de 50% de 2010 a 2030. Em 2010, eram 5 milhões e trezentas mil. No Brasil, em 2010, havia 1 milhão e duzentos mil portadores.


Lamentavelmente, a doença avança e há ainda muita carência de discussão junto à  população. Poucas pessoas estão preparadas para a responsabilidade e para a sobrecarga que é cuidar de um portador do mal de Alzheimer.


Receber um diagnóstico positivo provoca um impacto desanimador, visto o enorme desconhecimento da doença, do que fazer, como agir, como comunicar-se e entender o portador, e até onde encontrar forças para não afetar também o psiquismo de quem cuida. Enfim, é uma fase muito difícil que afeta todos os membros de uma família. Porém, há muitos casos em que os portadores – na maioria – recebem a solidariedade.
 

Essa atitude é ilustrada no texto abaixo, uma parábola divulgada há algum tempo em livros e revistas. Simples mas que toca o coração humano. Aprenda e conte para amigos, familiares e cuidadores que convivem com essa situação.

Um senhor de idade chegou a um consultório médico para fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte. Muito apressado pediu urgência no atendimento, alegando que tinha um compromisso.


O médico que o atendia, curioso, perguntou-lhe o que tinha de tão urgente para resolver.

O simpático senhor  disse –lhe que todas as manhãs ia visitar sua esposa que mora em um abrigo (uma Instituição de Longa Permanência para Idosos) e é portadora de um mal de Alzheimer, muito avançado.


O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse-lhe: - E hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?


No que o senhor respondeu-lhe. - Não, ela já nem sabe quem eu sou. Faz cinco anos que ela não me reconhece mais.


Ao que o médico questionou: Mas então, por que tanta pressa e necessidade de estar com ela todas as manhãs, se ela já não lembra de você,  sequer o reconhece mais?

O bondoso idoso, então, deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu: - Verdade, ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é!
E foi-se...


        Pensata: Eis aí uma demonstração do amor verdadeiro. Quem ama não espera o reconhecimento do outro, tampouco que ela – como nesse caso - dê mais do que pode.  Esse é um exemplo de amor verdadeiramente solidário, fundamentado na amizade sincera e no respeito humano. O amor ágape exercitado e exemplificado por Cristo em favor da humanidade. E você, já praticou algum gesto de bondade para com um portador de mal de Alzheimer? Ou para com uma pessoa portadora de necessidades especiais? Se não, comece agora, ainda está em tempo.



Lembre-se que o passado é memória; o presente, uma dádiva divina; porém, o futuro é sempre um mistério!

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