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terça-feira, 16 de abril de 2013

Pescadores do Cariri paraibano formam cooperativa e garantem vendas



Apesar da forte estiagem, 17 municípios da região produzem pescados para vender ao poder público e ao setor privado



Pescadores do Cariri paraibano estão se reunindo para conseguir sobreviver durante o longo e forte período de estiagem, iniciado no ano passado. A Cooperativa de Agronegócios do Cariri, em Monteiro, conseguiu um dos resultados positivos dessa união: a venda de oito toneladas de tilápias, traíras e curimatãs, durante a Semana Santa.

Segundo o presidente da Cooperativa, José de Deus Barbosa, conhecido por Deuzinho do Peixe, 17 cidades do Cariri produzem pescados e vendem grande parte da sua produção para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Até o final do ano, deverá ser inaugurada a Usina de Beneficiamento de Pescado, que poderá aumentar ainda mais as vendas. “O prédio para a usina já foi entregue pela Caixa Econômica Federal à cidade de Camalaú, que está com kit de máquinas para atender as demandas”, disse.

A cooperativa conta com parcerias de diversos órgãos para realizar seu trabalho. Com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esperam cuidar dos poços de água salgada para criar tilápia. “Em Monteiro, tem mais de 90 poços já identificados. Estamos empenhados em algumas cidades a procurar os prefeitos, conversar com os secretários de agricultura, para poder continuar as produções na zona rural”, falou.

Através do sistema de associações e cooperativas, os pescadores do Cariri querem vender seus produtos no Estado todo. “Por enquanto estamos vendendo em Monteiro, Camalaú e Sumé. Três açudes, de Camalaú, Sumé e Congo, estão ainda com boas produções de pescados, fora alguns açudes menores, que não deixam de ter peixes, como de Livramento, São Sebastião do Umbuzeiro e Coxixola”, falou.

O Sebrae em Monteiro também apoia o grupo com consultorias técnicas, através do programa Consultor Celso Furtado. “Os pescadores também recebem nosso apoio na elaboração de projetos que pleiteiam recursos federais. Recentemente elaboramos material gráfico para as vendas dos peixes, antes da Semana Santa”, comentou a gerente do Sebrae em Monteiro, Maria Madalena Andrade.

Este ano, a Cooperativa está combinando com o Sebrae uma nova parceria para integrarem à piscicultura com o Programa de Agroecologia Integrada Sustentável (Pais). Esta semana ainda eles terão um trabalho com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na organização de outras cooperativas junto aos associados de Camalaú, primeiramente, depois de outros municípios de pescadores.

Cooperativismo - Apesar da grande quantidade de peixes produzida, segundo o presidente da Cooperativa, houve períodos que eles conseguiram mais toneladas de pescados, antes da seca. “A produção geral catalogada pela Cooperativa para venda chegou a 38 toneladas este ano. Os peixes vêm de São João do Cariri, Serra Branca e outras cidades. Foi tanto peixe que doamos a pessoas carentes dos municípios”, falou.

A água baixa está facilitando a captura dos peixes e a pescaria artesanal acelerou muito. “Somente em Sumé chegamos a pescar quatro toneladas”, comemorou Deuzinho. Há pescadores na Cooperativa que são somados de várias associações, todos cadastrados na Colônia Z25 de Camalaú, que conta com a Associação Municipal. Ao todo, são 1200 piscicultores agregados à Cooperativa.



Assessoria

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