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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Paraíba ganha selo inédito no setor têxtil do Brasil


No Nordeste, o selo de Indicação Geográfica só existia para uva e manga do Vale do Submédio São Francisco; o do algodão é o segundo na região e o primeiro do setor têxtil brasileiro

O setor têxtil paraibano comemora mais uma conquista. O Estado ganhou um selo inédito no Brasil no último dia 17: a única Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) para produtos têxteis, no caso do algodão colorido. No Nordeste, a IG é a segunda, já que o Vale do Submédio São Francisco ganhou o selo na manga e na uva do território. Isso quer dizer que todas as empresas paraibanas que produzem com o algodão, orgânico ou não, poderão usar o selo, que valoriza a localidade. O selo é uma indicação de que o algodão colorido é um produto tipicamente da Paraíba.

A proposta do selo foi feita pela CoopNatural ao Inpi em 2010. A cooperativa trabalha com o algodão agroecológico, possui 29 associados e fabrica peças de vestuário e para casa, além de reutilizar os rejeitos da matéria prima para fabricar brinquedos de pano. Os cooperados já exportam brinquedos e almofadas da marca Natural Fashion para a Europa.

“Com este selo, o produto da Paraíba ficará mais valorizado. O que pensamos foi melhorar a cadeia produtiva do algodão, independente do orgânico com o qual trabalhamos. Precisávamos deste referencial do Estado para estimular mais nossa produtividade, na melhoria da qualidade, da modelagem e até da formalidade, com mais empresas se legalizando. É um incentivo forte, porque as pessoas que quiserem produtos de algodão colorido virão à Paraíba”, detalhou a presidente da CoopNatural, Maysa Gadelha.

Segundo o Inpi, a Paraíba foi reconhecida como produtor de algodão pelo diferencial tecnológico. A IG do produto foi também uma conquista para os apoiadores do projeto do algodão agroecológico, como o Sebrae Paraíba e a Embrapa Algodão. “Trabalhamos em conjunto, com um projeto orientado pelo Sebrae, que teve apoio técnico não só da Embrapa como da UFCG e outras instituições que ajudaram a desenvolver o trabalho cooperado”, disse Maysa, que destaca o produto orgânico pela maior qualidade.

O Sebrae apoiou a CoopNatural através de um projeto para a gestão tecnológica. “É uma grande conquista para nós paraibanos, pois ele beneficiará toda a cadeia do algodão colorido. As empresas que trabalham com produtos têxteis, orgânicos ou não, podem usar o selo, desde que se adequem às exigências necessárias para o uso do mesmo”, explicou a analista técnica do Sebrae na Paraíba, Jeanne Darc Nóbrega Quinho.

UNIDADE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING SEBRAE PARAÍBA

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