No Nordeste, o selo de Indicação Geográfica só existia para uva e manga do Vale do Submédio São Francisco; o do algodão
é o segundo na região e o primeiro do setor têxtil brasileiro
O
setor têxtil paraibano comemora mais uma conquista. O Estado ganhou um
selo inédito no Brasil no último dia 17: a única
Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (Inpi) para produtos têxteis, no caso do algodão colorido. No
Nordeste, a IG é a segunda, já que o Vale do Submédio São Francisco
ganhou o selo na manga e na uva do território. Isso
quer dizer que todas as empresas paraibanas que produzem com o algodão,
orgânico ou não, poderão usar o selo, que valoriza a localidade. O selo
é uma indicação de que o algodão colorido é um produto tipicamente da
Paraíba.
A
proposta do selo foi feita pela CoopNatural ao Inpi em 2010. A
cooperativa trabalha com o algodão agroecológico, possui
29 associados e fabrica peças de vestuário e para casa, além de
reutilizar os rejeitos da matéria prima para fabricar brinquedos de
pano. Os cooperados já exportam brinquedos e almofadas da marca Natural
Fashion para a Europa.
“Com
este selo, o produto da Paraíba ficará mais valorizado. O que pensamos
foi melhorar a cadeia produtiva do algodão, independente
do orgânico com o qual trabalhamos. Precisávamos deste referencial do
Estado para estimular mais nossa produtividade, na melhoria da
qualidade, da modelagem e até da formalidade, com mais empresas se
legalizando. É um incentivo forte, porque as pessoas que
quiserem produtos de algodão colorido virão à Paraíba”, detalhou a
presidente da CoopNatural, Maysa Gadelha.
Segundo
o Inpi, a Paraíba foi reconhecida como produtor de algodão pelo
diferencial tecnológico. A IG do produto foi também
uma conquista para os apoiadores do projeto do algodão agroecológico,
como o Sebrae Paraíba e a Embrapa Algodão. “Trabalhamos em conjunto, com
um projeto orientado pelo Sebrae, que teve apoio técnico não só da
Embrapa como da UFCG e outras instituições que
ajudaram a desenvolver o trabalho cooperado”, disse Maysa, que destaca o
produto orgânico pela maior qualidade.
O
Sebrae apoiou a CoopNatural através de um projeto para a gestão
tecnológica. “É uma grande conquista para nós paraibanos,
pois ele beneficiará toda a cadeia do algodão colorido. As empresas que
trabalham com produtos têxteis, orgânicos ou não, podem usar o selo,
desde que se adequem às exigências necessárias para o uso do mesmo”,
explicou a analista técnica do Sebrae na Paraíba,
Jeanne Darc Nóbrega Quinho.
UNIDADE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
SEBRAE PARAÍBA
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