Desde a civilização primitiva, o homem sempre angustiou-se,
mergulhou em inquietações, e buscou respostas para suas ansiedades, para seus
problemas. Mas nunca foi fácil equacionar uma situação dessas. E nunca será! Ainda
hoje é assim; para enfrentarmos as questões do cotidiano só dispomos de três
alternativas: ou enfrentá-las, ou fugir delas ou ficarmos indiferentes.
Com o passar do tempo, mais precisamente no século XVI, coube ao
humanista croata e estudioso do pensamento humano, Marco
Marulik, denominar pela primeira vez de Psicologia, o estudo capaz de
socorrer individualmente às pessoas em uma situação daquelas que dói na alma, fundamentando-se
numa discussão saudável sobre sentimentos e emoções.
Em 1879, com Wilhelm Wundt, a quem coube a
criação do primeiro laboratório de psicologia, em Leipzig, na Alemanha, a
psicologia esteve associada à fisiologia, apresentando pouco avanço. Do grego, significando psique (alma) +
logos (estudo), a psicologia estuda a alma humana, e busca uma definição do
homem indivíduo. Cientificamente, desde o seu início até os dias atuais, essa
ciência percorreu longo caminho até alcançar novos conceitos, formar escolas e
criar especialidades.
No Brasil, em 27 de agosto de 1964, a psicologia foi
regulamentada como profissão, através da Lei 4.119, daí ser nessa data
celebrado o dia do Psicólogo. Como se vê, trata-se de uma profissão com apenas
44 anos, logo, muito nova se comparada a outras da área da saúde.
Nova, porém bastante reconhecida pela sociedade, tendo alta
relevância social, o que tem lhe garantido a inserção nos programas de políticas
públicas governamentais, quer na área da saúde, quer na área da ação social e
da educação. Hoje o trabalho do psicólogo não se restringe ao hospital. Avançou
na área da saúde coletiva, da atenção básica, no atendimento aos portadores de
distúrbios mentais, usuários de Centros de Atenção Piscosocial, no campo da prevenção
de doenças, na elaboração e desenvolvimento de projetos junto ao PSF, às
escolas, às comunidades, aos setores de comunicação, do meio ambiente, dos esportes,
na psicossomática e no controle da dor física/emocional.
Portanto, aproveito esse espaço para parabenizar a todos os
profissionais da psicologia paraibana e ao Conselho Regional de Psicologia que,
de forma politizada, promoveu o mês do psicólogo, de 7 a 29 de agosto do ano
passado, devendo realizá-lo novamente, discutindo democraticamente o tema “Pratica
e integralidade – o saber psi nas suas múltiplas áreas”.
Por fim, pela associação com a temática e valor reflexivo, desejo
concluir esse artigo com essa mensagem da psicóloga Dra. Sandra Trombetta, extraída
do jornal do psicólogo, abr.jun./2008: “É fundamental para o psicólogo jovem
que não pare de estudar, busque supervisão, terapia pessoal e os grupos de estudos.
Estes três elementos foram propostos por Freud, como a base de formação de um
bom profissional. A universidade sozinha não prepara o profissional para atuar.
O ideal é ele continuar sua formação no tripé formado por Freud. Ele propôs o
modelo de base para ouvir e atender o paciente”.
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