A rede hospitalar do Governo do
Estado realizou 1,9 milhão de atendimentos no decorrer de 2011. Aos 2.217
leitos registrados pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)
foram acrescidos outros 152 inaugurados de janeiro do ano passado até agora,
mas que ainda não foram cadastrados pelo Ministério da Saúde.
No Dia do Hospital, que transcorre
nesta segunda-feira (2), a rede de hospitais da Paraíba, formada por 31
unidades, atinge números importantes, que demonstram o crescimento da
cobertura: do total dos atendimentos no ano passado, 1,2 milhão se referem a
procedimentos clínicos, enquanto 282 mil foram cirurgias, segundo o Datasus.
Também segundo o Datasus, no ano
passado, a rede realizou mais de 58 mil internações pediatria, obstetrícia, pneumologia
e clínica geral, entre outras especialidades.
Há obras ainda a serem entregues no
setor, como é o caso dos 55 leitos da reforma do Hospital Distrital de Taperoá
e dos 30 leitos para oncologia que serão inaugurados em Patos, revela Valdemir
Campos, responsável pelo Núcleo de Assistência Hospitalar da Secretaria de
Estado da Saúde.
Do total de leitos cadastrados no
CNES, 767 são destinados à especialidade de clínica médica, 281 à obstetrícia,
199 são pediátricos, 506 cirúrgicos e 262 psiquiátricos. A rede hospitalar
também conta com 112 leitos de UTI.
Entre as unidades de referência estão
o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, o
Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina
Grande, o Hospital Regional Manoel Abrantes, em Sousa, Hospital Regional de
Cajazeiras e Hospital Regional de Picuí.
Segundo Valdemir Campos, as unidades
hospitalares que se encontram na 1ª e 2ª Macrorregiões são responsáveis pelo
atendimento da maioria da população paraibana. “No eixo João Pessoa-Campina
Grande é realizado o atendimento de 80% da população do Estado, tanto na média
como na alta complexidade”.
Distribuição – A
responsabilidade pelos atendimentos de alta e média complexidade e de atenção
básica é distribuída para Estados e Municípios de acordo com o Plano de Gestão
de Saúde do Governo Federal. Conforme o plano, os recursos do Fundo Nacional de
Saúde (FNS) são repassados para os Estados, para que os mesmos invistam e
promovam atendimento para os casos de alta e média complexidade. “A alta
complexidade inclui procedimentos que exigem maiores cuidados, em
especialidades estratégicas, como neurologia, traumatologia, cirurgia vascular
e cirurgias gerais, com mais riscos. Já a média complexidade envolve os casos
atendidos pelas clínicas básicas como obstetrícia, pediatria, clínica geral e
as cirurgias mais simples, realizadas nestas respectivas especialidades”,
explicou Valdemir.
O FNS também repassa recursos
diretamente para os municípios com gestão plena de saúde para que esses
garantam à população o atendimento na atenção básica.
O responsável pelo Núcleo de
Assistência Hospitalar da SES informou que, apesar da distribuição e
compartilhamento das responsabilidades, muitas vezes, as demandas da atenção básica
acabam sendo levadas para os hospitais da rede estadual. “O paciente quer ser
atendido da melhor forma possível e sempre se dirige a unidades em que sabe que
será atendido. O problema é que a realização de um atendimento mais simples,
que poderia ter sido feito em uma UPA ou PSF, acaba fazendo com que este
paciente ocupe um leito atenderia alguém politraumatizado, por exemplo, com uma
urgência de atendimento muito maior. Como não se pode negar atendimento, isso
acaba acontecendo constantemente, ocasionando a grande procura por hospitais de
referência”, disse Valdemir.
Atendimento – Adailton
Marcelino, de 47 anos, vítima de acidente de moto, é um dos que puderam contar
com a eficiência do atendimento de urgência oferecido pelo Hospital de
Emergência e Trauma de João Pessoa. “O atenção foi nota 10. Ao chegarmos ao
hospital tivemos um atendimento muito bom. E agradeço aos médicos, enfermeiros
e toda equipe por isso”, disse Ivanildo, irmão do paciente.
Segundo o secretário de Estado da
Saúde, Waldson Dias de Souza, o Governo do Estado vem investindo para resgatar
a saúde pública em todos os hospitais que estavam deixados sucateados. “A
Secretaria tem feito um mapeamento dessas unidades para conhecer a realidade de
cada uma e procurar soluções para colocá-las em funcionamento e assim evitar
que a população continue sendo penalizada”, disse.
Ainda de acordo com Waldson a meta do
Governo não é apenas inaugurar hospitais, mas colocá-los em funcionamento com
estrutura adequada e equipe profissional qualificada. “Para isso temos
dialogado muito com os municípios, ouvindo as necessidades de cada região e
adotando medidas que consolidem serviços de média e alta complexidade no
interior do Estado”, afirmou o secretário.
Referência na
emergência – O Hospital de Trauma da Capital recebeu mais de R$ 7
milhões em investimentos com recuperação, renovação, ampliação e manutenção dos
equipamentos e instalações. Só a reforma da UTI ele o número de leitos de 24
para 40 sendo18 leitos na unidade adulto, oito na unidade-2, seis na unidade
semi-intensiva e oito na unidade do anexo, que fica no Hospital 13 de Maio.
Contabilizando os leitos de retaguarda, existentes nos hospitais Flávio Ribeiro
Coutinho e Monte Sinai, a disponibilidade é de 47 leitos de UTI.
O Governo do Estado investe
mensalmente cerca R$ 6 milhões para a manutenção do Trauma de Campina Grande. A
unidade hospitalar tem capacidade para atender a ademanda de 173 cidades, cuja
população total chega a 1,9 milhão, pouco mais da metade da população do
Estado.
Infantil e maternidades – A rede
estadual hospitalar também conta com dois hospitais pediátricos: o Hospital
Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, e o Hospital Infantil Noaldo Leite,
em Patos. A unidade da Capital oferece serviços de imagem, laboratório, UTI
pediátrica, cardíaca e neurológica, além de ser referência em ortopedia,
neurologia e cardiologia pediátrica.
São duas maternidades estaduais. A
primeira é a Frei Damião, em João Pessoa, que presta assistência em obstetrícia
e ginecologia, dispondo de UTI materna, UTI neonatal, banco de leite e serviço
Mãe-canguru. A unidade também é referência no Programa de Assistência à Mulher
Vítima de Violência, além de contar com Centro Especializado de Diagnóstico do
Câncer.
A segunda maternidade é a Dr.
Peregrino Filho, em Patos, que também presta assistência em obstetrícia e
ginecologia, dispõe de banco de leite, UTI materna e UTI neonatal. Com a
ampliação inaugurada em abril, a unidade passou a ser referência no atendimento
de alto risco. Por isso se firmará como ponto de referência para a Rede
Cegonha, programa do Governo Federal composto por um conjunto de medidas que
visam garantir segurança desde a descoberta da gravidez, além de combater
práticas que influenciam as taxas de mortalidade materna e infantil.
Após a reforma, a Maternidade
Peregrino Filho passou a funcionar com 109 leitos, beneficiando mais de 905 mil
pessoas de 90 municípios do Sertão. As obras representaram um investimento
de R$ 6,7 milhões e terá um custeio mensal de R$ 2,3 milhões em medicamentos,
equipamentos e pessoal.
Doenças infectocontagiosas – O Hospital
Clementino Fraga, localizado em João Pessoa, dispõe de enfermaria de suporte
avançado, UTI, serviço de tisiologia, pavilhão especializado no tratamento de
Aids/DSTs, além de ser referência no tratamento de casos de hanseníase e
tuberculose. A unidade hospitalar oferece, entre outros serviços, radiologia,
tomografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, endoscopia, laboratório de
análises clínicas e assistência especializada em infectologia, ginecologia,
proctologia, odontologia e dermatologia estética.
Já a assistência psiquiátrica é
oferecida pelo Hospital Psiquiátrico Colônia Juliano Moreira que conta com
serviço de acolhimento e pronto atendimento.
Patos é referência em tratamento de AVC
O Hospital Regional Jandhuy Carneiro
garante os serviços de média e alta complexidade para a população
de Patos e região. Na atual gestão, o hospital ganhou 31 leitos, dos quais seis
para atendimento de pessoas acometidas de acidente vascular cerebral (AVC).
Foram investidos recursos de R$ 300 mil na reforma da estrutura e na aquisição
de equipamentos. O Hospital é a primeira unidade regional com atendimento
focado no tratamento do AVC. Com a reforma, o número de leitos passou de 120
para 151.
A unidade de saúde é referência para
43 municípios, mas ano passado chegou a atender pacientes de 98 municípios,
incluindo dos Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Uma média de 10 mil
pessoas são atendidas mensalmente no Janduhy Carneiro, que também interna cerca
de 800 pacientes/mês.
Investimentos em outros hospitais
– O Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento de câncer na
Paraíba, recebeu um acelerador linear, em março deste ano. O aparelho, que
custou R$ 2,1 milhões, foi adquirido pelo Governo do Estado.
Em maio deste ano, a administração
estadual entregou a reforma e ampliação do Hospital Alice de Almeida, em Sumé,
orçada em R$ 3 milhões. A obra inclui a implementação de UTI, centro de imagens
e ampliação de 34 leitos.
Em Desterro, o Hospital Ana Nunes
Leite e a Maternidade Tereza Alves Ferreira, ambas unidades municipais,
receberão repasse do Governo do Estado, no valor de R$ 528.796,80, pagos em
parcelas mensais para compra de equipamentos, medicamentos, alimentos
pagamentos de pessoal e outras despesas. Também foi assinado um termo de cessão
de equipamentos, insumos e uma ambulância no valor de R$ 106. 332,64.
Obras encaminhadas – Em março deste ano, o
governador Ricardo Coutinho e o superintendente regional da Caixa Econômica
Federal (CEF), Elan Miranda, assinaram o convênio de R$ 43,95 milhões para a
construção do Hospital Metropolitano de Santa Rita.
O futuro hospital irá fornecer
atendimento ambulatorial, emergência, urgência e trauma, e de pacientes em
internação, com apoio ao diagnóstico e terapia. O centro cirúrgico será
equipado com cinco salas, posto de enfermagem, sala de recuperação
pós-anestésica e espaços para funcionários e armazenamento de equipamentos e
materiais. O hospital também irá oferecer o serviço de diálise, com acesso
independente ao hospital.
Já as obras do Centro de Oncologia em
Patos deverão ser iniciadas nos próximos 60 dias. A unidade, que já tem
recursos de R$ 7 milhões reservados pelo Governo Federal, oferecerá serviços de
quimioterapia e radioterapia.
As obras do Hospital de Mamanguape já
foram iniciadas e devem ser concluídas até o final do ano. A unidade será a
única de grande porte da região do Vale do Mamanguape e vai contar
com 125 leitos; dez dos quais na UTI, além de bloco cirúrgico para intervenções
gerais e uma maternidade, beneficiando mais de 40 mil habitantes da cidade e
municípios vizinhos. O Governo do Estado está investindo mais de R$ 11 milhões,
dos quais já foram pagos quase R$ 3 milhões.
Serviço:
Hospital de Emergência e Trauma Humberto
Lucena – Oreste Lisboa S/N, João Pessoa. Telefone: (83) 3216.5706
Hospital Regional de Emergência e
Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes – Rua Floriano Peixoto, n°1045, em Campina
Grande. Telefone: (83) 3310.5871
Hospital Infantil Noaldo Leite – Rua Nilton
Menezes S/N, Patos. Telefone: (83) 3241.2924
Hospital Infantil Arlinda Marques –
Rua Berto de Brito S/N, João Pessoa. Telefone: (83) 3218.5784
Maternidade Peregrino filho – Rua
Arlan Asfora S/N, Patos. Telefone: (83) 3421.3751
Maternidade Frei Damião – Av. Cruz
das Armas S/N, João Pessoa. Telefone: (83) 3215.6024
Complexo Psquiátrico Juliano Moreira
– Av. Dom Pedro II, n° 1826, João Pessoa. Telefone: (83) 3218.7574
Hospital de Doenças
Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga – Rua Jesus de Nazaré S/N, Jaguaribe,
João Pessoa. Telefone: (83) 3218.5415
Paulo Cosme
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