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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Comportamento

A DOENÇA COMO LINGUAGEM DA ALMA

Iara Machado

A medicina é absolutamente a única que acredita poder eliminar coisas do mundo. Os químicos e os físicos sabem e provam que somente é possível a transformação de uma manifestação em outra, jamais um desaparecimento sem reposição.
Através do aquecimento de um bloco de gelo, matéria sólida transforma-se em água. Caso continuemos a aquecê-la, o líquido passa para a forma gasosa, transformando-se em vapor. Através do resfriamento, esse processo pode ser revertido, gás transformando-se em líquido que por sua vez se transforma em gelo sólido. Isso é óbvio para nós, e é explicado pela física através da lei da conservação de energia, segundo a qual a soma da energia permanece sempre constante. Nada jamais é realmente aniquilado.

A física ensina ainda que as várias formas de manifestação da água estão ligadas a diferentes estados de vibração de suas moléculas. No estado sólido, os componentes moleculares básicos vibram a uma freqüência relativamente baixa. No âmbito líquido eles estão energeticamente mais estimulados e vibram mais rapidamente. No estado gasoso sua estimulação e conseqüentemente sua freqüência são as mais altas possíveis.

O esoterismo deriva de uma interpretação correspondente ao relacionar o sólido ao elemento terra, material; o líquido a água anímica e a forma gasosa ao espiritual, elemento ar. Transposto para o tema em questão, isto significa o seguinte: o corpo, como expressão do mundo material, tem a freqüência de vibração mais baixa, o plano anímico tem uma freqüência média, enquanto o plano mental tem a freqüência mais alta. Para que um tema que se degradou ao plano inferior de freqüência de vibração como sintoma corporal seja elevado ao nível anímico, é preciso injetar-lhe energia. Mais energia ainda é necessária para elevá-lo ao plano mental. Na interpretação dos sintomas da doença, essa energia deve surgir sob a forma de conscientização e de entrega.

No processo contrário, o do surgimento da doença, essa energia foi armazenada. Quando um tema com o qual não queremos lidar se aproxima de nós, economizamos energia ao deixar que ele mergulhe no âmbito anímico e, mais longe ainda, no corpo. Aquilo que não queremos ter na consciência e, ignorando, acreditamos deixar de lado, aterrissa de fato ao lado, ou na terminologia de Carl Gustav Jung, na sombra.

A sombra consiste portanto de tudo aquilo que não percebemos e não aceitamos, e que gostaríamos de não ver. Em oposição diametralmente oposta está o Ego, que consiste de tudo aquilo que aceitamos em nós e com o qual nos identificamos. Neste sentido, não há nenhum Ego nem nenhum ser humano que se alegre ao reencontrar os temas acumulados na sombra.

A aceitação e a elaboração dos temas da sombra materializados nos sintomas da doença é um caminho de busca de si mesmo.

Esse texto extraído do livro A Doença Como Linguagem da Alma, do Rüdiger Dahlke, retrata as doenças e seus sintomas como oportunidades de desenvolvimento do ser humano em direção as suas verdades subjetivas, portanto refletir sobre os sinais do corpo como elementos de comunicação da alma, que está enferma pode contribuir não só para o alívio dos sintomas físicos, mas também para curar eixos emocionais e mentais de crenças, valores e atitudes engessadas que podem favorecer a retirada da vitalidade, mobilidade e auto-expressão do humano.

A doença como diz Bob Practor, filósofo contemporâneo, é o sinal de que o corpo não está em paz.

Busquemos refletir sobre essa paz que não se compra, e nunca estará fora de nós, a paz de vibrar na sintonia saudável do Si Mesmo.


Iara Machado é psicóloga e escreva para o garimpandopalavras e pbnoticias.com

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