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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Paraíba tem 24 casos confirmados e 135 descartados de gripe H1N1



A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu os resultados de 27 amostras processadas pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém-PA, e atualizou o banco de dados da influenza A na Paraíba.

Desde o surgimento da nova gripe, o Estado notificou 169, sendo que 24 foram confirmados, 135 descartados e 10 estão em investigação.

Com esses novos exames, a SES confirmou a terceira morte pela doença no Estado.

A vítima foi uma mulher de 29 anos, puérpera, moradora de São José dos Ramos e que foi atendida na Maternidade Cândida Vargas, no dia 21 de dezembro último.

A gerente de Resposta Rápida da SES, Diana Pinto, lembrou que a amostra coletada da paciente passou pelo primeiro teste no Laboratório Central do Estado (Lacen) e o resultado deu negativo.

"Mesmo assim, encaminhamos a amostra para o IEC retestar, como fazemos com todas que coletamos. No caso dessa paciente, o teste era um 'falso negativo' e o IEC confirmou a presença do H1N1 na amostra, através de outro tipo de exame", afirmou.

A epidemiologista reforçou que o resultado do exame não interfere na assistência e tratamento do paciente.

"O paciente recebe a medicação (oseltamivir) e todo o tratamento de acordo com a clínica que apresenta. O exame é somente para que o comportamento do novo vírus seja monitorado. No caso dessa parturiente, sabemos que ela foi atendida na Cândida Vargas e, logo após ter parido, apresentou os sintomas e foi transferida para o Santa Isabel, com cianose e tosse. A paciente chegou a receber a medicação", explicou.

Casos antigos - Segundo Diana Pinto, os outros quatro casos confirmados são, na verdade, notificações antigas, que foram feitas entre os meses de setembro e outubro últimos e todos os pacientes evoluíram para a cura, como acontece na maioria dos casos de gripe A.

Ela ressaltou que a taxa de mortalidade na Paraíba é 0,08 para cada 100 mil habitantes, quase dez vezes mais baixa do que a do País (0,35/por 100 mil).

Desde agosto, a SES não registrava casos da doença.

"Isso não significa que o vírus não esteja circulando ou que as pessoas não estejam adoecendo. O que ocorre é que não estamos fazendo vigilância de todos os casos, apenas dos casos graves, como manda o protocolo do Ministério da Saúde", disse a epidemiologista Diana Pinto.

Exames - O diretor administrativo do Lacen, Francimar Veloso, disse que o exame feito pelo Lacen é o de imunofluorescência indireta, que detecta se há vírus da influenza A ou B na amostra coletada.

"O teste feito pelo Lacen é recomendado pelo Ministério da Saúde, mas tem de 50% a 70% de sensibilidade", disse a técnica responsável pelo exame no Lacen, Verônica Trigueiro.

O Instituto Evandro Chagas usa o processo de 'Reação em cadeia de polimerase' (PCR), um exame que dá uma infinidade de diagnósticos, dentre eles do vírus HIV, da hepatite e o H1N1.

"O PCR tem alta sensibilidade (de quase 100%) e faz o mapeamento genético do vírus", disse.

Segundo Francimar Veloso, de 33 resultados emitidos pelo Lacen, três foram negativos e o restante foi confirmado.

"Tivemos um acerto de 90%. O exame por imunofluorescência é indicado pelo Ministério da Saúde, que manda os kits para os Estados processarem suas amostras. O PCR é um exame muito caro e, hoje, não temos demanda na área de saúde que justifique sua implantação", explicou.
Secom/PB
Foto:informedvote.ca

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