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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Vigilantes epidemiológicos discutem síndrome ainda desconhecida no Nordeste


O Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, realizou na tarde desta quinta-feira 7 em Patos, no auditório da 6ª Gerência de Saúde, encontro com o setor de vigilância epidemiológica da 3ª Macro (Patos, Princesa Isabel e Piancó). O objeto do encontro, do qual participaram 34 municípios de um total de 48, foi discutir alguns pontos da Síndrome Exantemática de Etiologia desconhecida na Região Nordeste, que vem causando casos em vários municípios da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A referida síndrome exantemática (erupções avermelhadas na pele) tem sintomatologia com ou sem febre, em alguns casos com mal-estar nas articulações, edema, cefaleia e coceira. Nesses encontros que a SES vem realizando em todas as macrorregiões, os municípios são orientados a como proceder na notificação e testagens das amostras. A maioria dos resultados laboratoriais está sendo positiva para dengue e as que não positivam pra dengue estão sendo testadas para outras etiologias.

A síndrome surgiu na Paraíba primeiramente em Monteiro e Itabaiana, locais em que se intensificou a investigação da vigilância epidemiológica, com apoio do Ministério da Saúde, que mantém técnicos no Estado para esse suporte, e pelas gerências regionais.

No boletim apresentado no encontro de ontem em Patos por Fernanda Vieira, da Vigilância em Saúde do Estado, das 1.808 amostras sorológicas coletadas, 712 positivaram para dengue. Os sintomas não parecem apenas com a dengue, mas também sarampo, rubéola e chikungunya, apesar de não se enquadrarem nesses casos, segundo Fernanda.

“A dengue tem, impreterivelmente, a febre e geralmente a coceira vêm mais no final no seu ciclo de sintomas. No caso dessa síndrome que está aparecendo, vem com exantema e febre baixa ou sem o estado febril. Então não se configura com o tipo clássico de dengue. No caso da chikungunya temos de início febre alta e o mal-estar nas articulações perdura por muito mais tempo. Na ocorrência de sarampo e rubéola temos também a questão da febre e nesses casos que estão surgindo essa febre não vem aparecendo e quando aparece é muito baixa”, explicou Fernanda.

Sobre a prevenção, ela informa que ainda não existe. Apenas esclarece que, “como há suspeita que essa síndrome possa ser um tipo mais brando de dengue ou alguma nova patologia que seja transmitida também pelo Aedes aegypti, a gente pede que se tente debelar os focos do mosquito, já que agora há suspeita que ele esteja transmitindo uma nova doença, além da dengue e chikungunya”, enfatizou.

Dos casos que estão sendo registrados o curso da doença acontece de sete a dez dias, no máximo quinze, e em todos há evolução benigna, sem gravidade. A Secretaria de Estado da Saúde vem acompanhando casos em idosos, crianças, gestantes e até o momento sem gravidade. O tratamento é sintomatológico, ficando a critério do médico.


Marcos Eugênio
Fotos:Apoiadora Isabela

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