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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Número de Empreendedores Individuais na Paraíba cresce mais de 80% em 1 ano

Em um ano, o número de Empreendedores Individuais (EIs), empresários com faturamento bruto de até R$ 5 mil por mês, cresceu 82% na Paraíba. O Estado teve um crescimento superior à média da região Nordeste, que foi de 78%. Os dados fazem parte de um Estudo feito pelo Sebrae Nacional, entre maio de 2011 e abril de 2012, divulgado nesta quinta-feira (2), em Brasília. A pesquisa ouviu 11,5 mil pessoas em todas as capitais do país e em municípios de médio e pequeno porte.

Em abril deste ano, data final da pesquisa, a Paraíba possuía 28.244 EIs. Dados de julho revelam que ES se número já superou os 37 mil. Atualmente, o país já soma cerca de 2,5 milhões de empresários desta categoria. A previsão do Sebrae é que, em julho de 2014, esse número chegue a 4 milhões e, em 2022, fique próximo de 8 milhões.

Os benefícios em formalizar o próprio negócio (INSS, acesso ao crédito, emissão de nota fiscal e venda de produtos a outras empresas) contribuíram para esse rápido crescimento dessa nova categoria de empresários. Por isso, de acordo com a pesquisa, 94% dos empreendedores entrevistados recomendam a formalização.

O Estudo realizado pelo Sebrae mostrou também que 55% dos entrevistados afirmaram ter tido um aumento no faturamento da empresa após a formalização. Para 54%, os investimentos na empresa aumentaram após o registro como EI e 52% afirmaram que passaram a ter maior controle financeiro.

A microempresa individual (MEI) é destinada a empreendedores que faturam até R$ 5 mil ao mês ou até R$ 60 mil ao ano. A inscrição é gratuita e, para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o empreendedor paga contribuição de R$ 31 a R$ 37 ao mês, conforme a atividade. A formalização teve início em julho de 2009.

Vantagens da formalização
A empreendedora Carmem Patrícia Melo, de João Pessoa, começou a sentir as vantagens de ter formalizado a sua atividade há cerca de quatro meses. Carmem conta que já possuía uma loja de confecções em sua própria casa há cinco anos, mas apenas neste ano soube que poderia aumentar seu faturamento, comprando mercadorias no atacado e registrando-se como empresária.

“Agora eu sou empresária. Tenho uma pequena empresa, uma loja regularizada, com CNPJ. Mensalmente pago o imposto, que é em torno de R$30 e terei direito à aposentadoria e todos os benefícios da Previdência. Estou gostando muito disso”, diz Carmem, orgulhosa do seu empreendimento.

Além das vantagens previdenciárias, ela espera aumentar o faturamento da sua empresa nos próximos meses. “Quando eu completar seis meses de formalização, vou poder ter a máquina de cartão de crédito e aumentar minhas vendas. Com essa facilidade, com certeza, vou vender mais”, completou.


Outros dados da pesquisa:
Crédito
A maioria dos Empreendedores Individuais utiliza recursos próprios e não busca crédito bancário mesmo após a formalização. Mesmo assim, dos 10% que procuraram financiamento, mais da metade (52%) afirma ter conseguido. A procura se deu principalmente em bancos públicos (68%), instituições financeiras privadas (27%) e em cooperativas (4%).

De acordo com a pesquisa, este público tem uma grande expectativa de expansão do negócio. Os dados mostram que 70% do total dos entrevistados pretendem faturar mais de R$ 60 mil por ano com sua empresa, valor de limite do EI. Com receita bruta superior ou contratando mais de um empregado, eles se tornam microempresários, o que já ocorreu com 47 mil Empreendedores Individuais desde 2010.

Áreas de atividade
Mais de 400 ocupações possibilitam o registro como EI. De acordo com a pesquisa, o comércio é o setor que tem a maior proporção de empreendedores, 39%. O comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios é o que apresenta o maior número de registros no país.

Depois do comércio, vem o setor de serviços (36%), o de indústria (17%) e o da construção civil (8%). Apesar do comércio ser o setor mais importante também entre os EI, esse setor responde por mais da metade das micro e pequenas empresas (56%). Já o setor de serviço tem importância relativa maior entre os EI, com 36%, do que entre as MPE, com 28%.

Faixa etária, escolaridade e distribuição
O novo grupo de empresários é formado por homens (54%) e mulheres (46%) com idade entre 25 e 39 anos e ensino médio completo (48,5%). No entanto, ainda há muitos com baixa escolaridade: mais de 18% com fundamental incompleto e apenas 7,1% com superior completo.

Os empreendedores individuais estão em maior número na região Sudeste (49%). Na região Nordeste, estão 21% dos EI e 17% das MPE. Em geral, não têm outra fonte de renda e buscaram a formalização para ter acesso ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e à nota fiscal.
Agência Sebrae de Notícias PB
Luciana Oliveira

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