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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Frei Anastácio consegue assinaturas para instalar CPI da Cagepa


O deputado estadual Frei Anastásio (PT), anunciou hoje que conseguiu 16 assinaturas a favor da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a situação financeira e contábil da Cagepa, nos últimos 17 anos. Seriam necessárias apenas 12.
O parlamentar argumenta que a CPI irá revelar tudo sobre a situação dessa empresa. “Vamos saber sobre empréstimos, salários, gratificações, investimentos, compras de equipamentos, contratações de comissionados, entre outros assuntos”,prometeu o deputado.

Frei Anastácio disse que depois das últimas revelações feitas pelo deputado Gervásio Maia, sobre empréstimos feitos pela Cagepa, com comissões gordas a banco pernambucano, não há outra saída senão uma CPI. “Vamos entrar na caixa preta da Cagepa para revelar a população do estado, o que realmente está acontecendo”, disse Frei Anastácio.

O parlamentar disse que as discussões em torno do empréstimo de R$ 150 milhões de reais, que a empresa está querendo, levantaram muitos questionamentos que precisam de respostas. "Um deles é a dívida das prefeituras e empresas privadas que chega a R$ 300 milhões, segundo a própria empresa. Por que nunca cobraram essas dívidas e foram deixando se acumular? Será que não foram cobradas porque se tratava de aliados dos governos de então", indaga o deputado.

Frei Anastácio disse que não é preciso só pedir um empréstimo. É necessário se aprofundar nos problemas que envolvem essa empresa que é pública. "Queremos saber quem é quem nessa história. Quem afundou essa empresa. A Casa de Epitácio Pessoa não deve se furtar a esse debate. Ele é necessário", frisou.

O parlamentar lembra que os governos agem da mesma forma, ao longo dos anos: tomam empréstimo para sanar o déficit financeiro da empresa. Porém, os problemas são apenas transferidos para frente. "Quem me diz que daqui a três anos esse mesmo problema não irá voltar à tona", adverte o deputado.

Ação e Planejamento -
"O que a Cagepa precisa é de um programa de gestão que faça uma reestruturação na forma de trabalho. Um planejamento com ações que tirem a empresa da situação financeira que se encontra. Não se pode aceitar que a cada momento de crise a CAGEPA se reporte a empréstimos como salvação. Não é dessa forma que o problema da empresa vai ser resolvido. A situação é muito mais profunda", garante.
Assessoria

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