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terça-feira, 19 de abril de 2011

Greve ou chantagem?

 
Por Misael Nóbrega de Sousa
A classe médica de Patos espera, a não sei quantos dias, por uma decisão do governo, sobre esse impasse quanto à equiparação salarial da categoria, tomando como base os plantões de Campina Grande e João Pessoa. O Estado diz que não tem condição de bancar o aumento... E pronto! Assim, sem mais delongas. Como se as doenças daqui fossem diferentes das doenças de lá.
Então, não restou alternativa, senão a greve.
Na verdade, não é bem uma greve, mas a entrega dos plantões extras... O que, além de forçar a opinião publica contra o governo, provocou um “deus nos acuda” no setor de urgência e emergência do hospital regional de Patos que, diga-se de passagem, nunca foi lá essas coisas... E nas outras casas de saúde do município.
Custa negociar?
O governo do Estado está demonstrando falta de habilidade para tratar de alguns assuntos cruciais. Além de estar dando discurso à oposição. Foi assim com os policias militares; está sendo assim com os professores e agora, também, com os médicos plantonistas... E amanhã?
Será que o Estado está pensando que todo mundo resolveu fazer chantagem? Que o palanque ainda está armado? Que vai vencer pelo cansaço...?
Procurar os PSF’s não adianta de muita coisa; os pacientes das cidades vizinhas continuarão vindo para cá, pois não há outro jeito; os hospitais particulares são impossíveis para muita gente.
Não está faltando diálogo, da parte do governo; está faltando vergonha! Isso é desconsiderar o povo paraibano. Todos devem ser ouvidos em seus direitos.  
Não é por serem médicos que os plantonistas de Patos, devem ser tratados com distinção, mas por que toda profissão é importante para a sociedade.
Imaginem se os garis resolvessem fazer greve... O que faríamos com o lixo acumulado? E os coveiros? E os eletricistas? E os pedreiros? Pode parecer exagero, mas a intenção é essa mesmo.
Não há porque ir até as ultimas conseqüências, acredito. Todos somos atores importantes nesse processo de construção social, cada um de nós, contribuindo a seu modo, ainda mais quando existe honestidade, honradez e respeito.

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