A violência na cidade de Patos, com o registro de 52 homicídios só este ano, uma média de aproximadamente um a cada cinco dias, começa a trazer grande preocupação, inclusive para a Polícia, que tem medo que os crimes se tornem atos banais e corriqueiros, atingindo pessoas de bem. Além dos homicídios, a onda de assaltos e roubos também é crescente. Alguns policiais informaram na manhã de hoje ao Garimpando Palavras que têm medo até de sair à noite de casa. A falta de um combate preventivo tem sido inimigo número um da Polícia. Agentes, que não quiseram se identificar, informaram que praticamente não acontecem blitzen, e eles não podem por livre e espontânea vontade realizá-las, sem autorização dos superiores.
Por falta desse trabalho preventivo é que os criminosos circulam livremente pela cidade aterrorizando a sociedade. A alegação de que a maioria das mortes foi de pessoas com antecedentes criminais não justifica essas execuções. Se olharmos por essa ótica, não haveria necessidade da existência da Justiça, dos órgãos de segurança pública, de um código Civil e Penal, se poderia rasgar a Constituição Federal, pois não teria serventia.
Cabe a nós, sociedade em geral nos organizarmos e ir para as ruas, clubes de serviços, igrejas, imprensa, associações de bairro, pressionar a Secretaria de Segurança Públilca a tomar providências que inibam a ação criminosa em nossa cidade, antes que ela tome proporções incontroláveis.
O Garimpando falou com o presidente do GIAASP - Grupo Independente de Ação e Análise Sócio Político de Patos, Everaldo Nunes, questionando-o sobre que decisão a instituição vem tomando para mobilizar a sociedade. Explicou que falta reunir o grupo para definir a pauta de ação e prometeu que irá citar essa questão da violência, bem como o grande número de crianças delinqüentes que vem agindo na cidade, roubando residências e lojas. "Temos fazer com que os órgãos competentes façam sua parte para trazer a segurança de volta à nossa cidade", enfatizou Nunes.
foto:garimpandopalavras
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