Na noite de ontem tivemos registros de fatos que infelizmente ainda tornam a acontecer no decorrer do processo democrático, se configurando num grande retrocesso. Os casos da selvaria patrocinados por eleitores de coligações partidárias de lados contrários em Sousa e Santa Luzia, com cenas de pancadaria que deixaram vários feridos, sendo necessária a intenvenção policial, são alguns dos exemplos que mancham as eleições mais uma vez. A briga, que deveria ser no campo das idéias, das propostas concretas para o progresso dos municípios, voltam a acontecer na agressão pessoal, física. Santa Luzia e Sousa são apenas alguns exemplos dessa atitude que faz parte do pleito em diversos municípios que ultrapassam as fronteiras paraibanas, com registro de mortes de candidatos em outras regiões este ano.
Incompreensível, a meu ver, a atitude passional dessas pessoas que se digladiam em vias públicas defendendo seus candidatos. Isso demonstra a falta de senso crítico de sua realidade, no momento que expõem sua integridade física e moral para querer impor domínio eleitoral no grito, na marra. Também não concordo com a opinião de muitos que isso faz parte do "jogo" político, que a provocação seja uma das armas eficientes passíveis de inspiração para a construção da vitória que culmina nas urnas. Nada mais belo, contagiante, que a harmonia de uma passeata, com jingles de campanha cantada num só tom, as bandeiras das siglas e candidatos tremulando. Diferentemente do encontro inesperado ou proposital de grupos contrários a fim de quebra-quebra, algo que causa estragos em nosso espírito pátrio, de valorização de uma disputa séria, de esperança de um dia melhor, mas que ainda se repete.
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