Os cinco vereadores de oposição ao prefeito de Catingueira, Edivan Félix (foto), estão encaminhando ofício ao III Batalhão de Polícia Militar de Patos, solicitando reforço para que a sessão prevista para acontecer nesta sexta-feira possa ser realizada, já que o prefeito Edivan teria ameaçado, segundo o vereador Jailson Leite (PDT), fazer quebra-quebra, se fosse preciso, para que ela não acontecesse.
Toda essa confusão, esse clima de guerra em torno dessa sessão, é porque o presidente da Câmara terá que apresentar as contas do prefeito rejeitadas pelo TCE referentes ao seu primeiro ano de governo (2005). Caso essas contas venham a ser também reprovadas pelo Legislativo, Edivan poderá ter sua candidatura à reeleição cassada, mesmo que venha a se reeleger prefeito. As ameaças levaram o grupo de vereadores da oposição a decidir dar entrada numa ação judicial na Comarca de Piancó, tratando do possível quebra-quebra.
Esses mesmos vereadores fazem duras críticas ao presidente da Câmara, Emídio Cahagas, de tentar obstacular o trabalho dos parlamentares mirins, evitando desses analisarem as contas do prefeito, contas essas que desde o último dia 19 já foram entregues pelo Tribunal de Contas do Estado e estão trancadas, sem que eles tivessem acesso.
Inclusive Emídio Chagas, caso não apresente o documento na sessão de sexta-feira, poderá ser afastado da função, como está previsto na Lei Orgânica do Catingueira, que diz que, quando o presidente da Cãmara tentar obstacular o trabalho do Legislativo, será afastado até resolvida a questão.
Vale ressaltar que nenhum dos quatro anos de governo de Edivan Félix teve as contas analisadas pela Câmara. Daí outra denúncia contra a presidência, de que não colocou em pauta por receio delas serem reprovados e assim impedir a campanha do prefeito à reeleição.
O Tribunal de Contas do Estado reprovou as contas de Edivan Félix de 2005, nas quais são constatadasa irregularidades. O prefeito, que tenta se manter no poder, teve sua candidatura casada pelo juiz José Milton Barros de Araújo, da 32ª Zona Eleitoral da Comarca de Piancó, por improbidade administrativa. A cassação foi em atendimento ao pedido de impugnação de candidatura solicitado pela promotora de Piancó, Drª Andréa, que estudou vasto documento da Controladoria Geral da União, o qual apontou 108 irregularidades na administração Edivan Félix.
Recurso junto ao STFEle recorreu e na última decisão jurídica, o TSE deferiu sua candidatura, justificando que cabia à Câmara Municipal aprovar ou não suas contas e não o TCE. A Coligação Catingueira no Rumo Certo, formada pelos partidos PTB, PMDB, PDT e PSDB entrou com recurso extraordinário junto ao STF - Superior Tribunal de Justiça, pedindo a cassação de Edivan e aguarda o julgamento final, como também está de olho no julgamento das contas da admiistração Edivan Félix referentes a 2005. O Garimpando Palavras não conseguiu contato com o prefeito de Catingueira e o presidente da Câmara, mesmo estes estando naquela cidade, para se deferem das acusações.
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