Dr. Nilson Neto de Araújo Morais
(oftalmologista)
Formado em Medicina pela UFPB em Oftalmologia, com título de especialização pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira, tendo feito residência no Hospital de Olhos Leiria de Andrade – Fortaleza – CE, Nilson Neto Morais dirige o Departamento de Oftalmologia do Hospital Regional de Patos, além disso é médico voluntário da Central de Transplante desta cidade. Ainda encontra tempo para clinicar em seu consultório no Centro Médico de Patos e desempenhar a função de médico perito do Detran. Nilson Neto concede entrevista ao Garimpando Palavras, em que fala um pouco sobre a política de transplantes desenvolvida na cidade de Patos, estatísticas, preconceito em relação ao tema e os rumos da CT.
garimpandopalavras – Em 2004 a Secretaria de Saúde do Estado instalou em Patos, no Hospital Regional Janduhy Carneiro, uma unidade da Central de Transplantes, visando ampliar o número de transplantes de córnea da Paraíba. Qual a importância dessa CT para Patos e região?
Dr. Nilson Neto - Com a instalação dessa unidade, conseguimos aumentar o número de captações das doações de córneas, consequentemente estamos colaborando com a diminuição da fila de espera dos pacientes que estão esperando pela possibilidade de receber essas córneas para poder voltar a enxergar.
garimpandopalavras – Qual a metodologia de trabalho da Central de Transplante de Patos?
Dr. Nilson Neto - A Central de Transplantes tem profissionais de plantão 24 horas, e quando são informados de algum óbito no nosso município, os colaboradores entram em contato com os familiares sobre a possibilidade da doação das córneas. Caso a família concorde com a doação, esses colaboradores acionam a equipe de captação, a fim de realizar a cirurgia da retirada das córneas. Após a retirada das córneas, elas são enviadas para o Banco de Olhos e, então, preparadas para o transplante, e enviadas para o médico que vai realizar o transplante propriamente dito.
garimpandopalavras – De 2004 até hoje, quantas córneas já foram doadas para transplantes na CT de Patos?
Dr. Nilson Neto - Conseguimos captar 10 córneas. Isso significa que 10 pacientes voltaram a enxergar.
garimpandopalavras – Uma das propostas do governo do estado para a CT de Patos era também realizar transplante de pele. Isso vem sendo possível?
Dr. Nilson Neto - Ainda não conseguimos iniciar os transplantes de pele, os renais e outros transplantes, principalmente por falta de estrutura do laboratório de análises clínicas. Porque, para a realização desses outros transplantes, seria necessário que o nosso laboratório de Patos realizasse todos esses exames necessários para o transplante desses outros órgãos.
Formado em Medicina pela UFPB em Oftalmologia, com título de especialização pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira, tendo feito residência no Hospital de Olhos Leiria de Andrade – Fortaleza – CE, Nilson Neto Morais dirige o Departamento de Oftalmologia do Hospital Regional de Patos, além disso é médico voluntário da Central de Transplante desta cidade. Ainda encontra tempo para clinicar em seu consultório no Centro Médico de Patos e desempenhar a função de médico perito do Detran. Nilson Neto concede entrevista ao Garimpando Palavras, em que fala um pouco sobre a política de transplantes desenvolvida na cidade de Patos, estatísticas, preconceito em relação ao tema e os rumos da CT.
garimpandopalavras – Em 2004 a Secretaria de Saúde do Estado instalou em Patos, no Hospital Regional Janduhy Carneiro, uma unidade da Central de Transplantes, visando ampliar o número de transplantes de córnea da Paraíba. Qual a importância dessa CT para Patos e região?
Dr. Nilson Neto - Com a instalação dessa unidade, conseguimos aumentar o número de captações das doações de córneas, consequentemente estamos colaborando com a diminuição da fila de espera dos pacientes que estão esperando pela possibilidade de receber essas córneas para poder voltar a enxergar.
garimpandopalavras – Qual a metodologia de trabalho da Central de Transplante de Patos?
Dr. Nilson Neto - A Central de Transplantes tem profissionais de plantão 24 horas, e quando são informados de algum óbito no nosso município, os colaboradores entram em contato com os familiares sobre a possibilidade da doação das córneas. Caso a família concorde com a doação, esses colaboradores acionam a equipe de captação, a fim de realizar a cirurgia da retirada das córneas. Após a retirada das córneas, elas são enviadas para o Banco de Olhos e, então, preparadas para o transplante, e enviadas para o médico que vai realizar o transplante propriamente dito.
garimpandopalavras – De 2004 até hoje, quantas córneas já foram doadas para transplantes na CT de Patos?
Dr. Nilson Neto - Conseguimos captar 10 córneas. Isso significa que 10 pacientes voltaram a enxergar.
garimpandopalavras – Uma das propostas do governo do estado para a CT de Patos era também realizar transplante de pele. Isso vem sendo possível?
Dr. Nilson Neto - Ainda não conseguimos iniciar os transplantes de pele, os renais e outros transplantes, principalmente por falta de estrutura do laboratório de análises clínicas. Porque, para a realização desses outros transplantes, seria necessário que o nosso laboratório de Patos realizasse todos esses exames necessários para o transplante desses outros órgãos.
garimpandopalavras – As campanhas para doação de órgãos são tímidas no Brasil. Que avaliação o senhor faz do preconceito da sociedade com relação a esse tema?
Dr. Nilson Neto - Nós observamos que, após a realização dessas campanhas para doação, o número de doadores sempre apresenta um aumento importante. Logo, concluímos que se houvessem campanhas permanentes na mídia, certamente poderíamos aumentar o número de transplantes e diminuir o sofrimento desses pacientes que estão nas filas de espera.
garimpandopalavras – O senhor tem estatísticas de quantas pessoas aguardam por um órgão no Brasil, e mais especificamente na Paraíba?
Dr. Nilson Neto – Ano passado foram realizados no Brasil 15.855 transplantes, sendo 11.4117 foram de córnea. Em segundo lugar ficaram os transplantes de rim, com 3040 e em terceiro o de fígado, com 917. Desde 2001 que os transplantes de córnea lideram as estatísticas. Durante esse período foram 60.468 pessoas que voltaram a enxergar.
A lista de espera na Paraíba chega a 508 por um rim; 82 córnea; 17 fígado e 01 coração. Em nosso Estado foram feitos 127 transplantes no ano passado, sendo 123 de córnea; 03 de rim e um de fígado. A lista de espera por um órgão no Brasil é de 66.558 pacientes, ativos e semi-ativos.
garimpandopalavras – De que forma se dá o processo de doação de um órgão?
Dr. Nilson Neto - O paciente passa por um médico da Central de Transplante credeciado pelo Ministério da Saúde, que detecta a necessidade da realização do transplante. Então, o médico solicita o transplante e o paciente entra para a fila de espera da doação. Dependendo do tipo de transplante, o paciente fica a espera de uma doação que seja compatível com a dele, ou seja, que seja compatível com o seu tipo de sangue, idade, biótipo do paciente. Por isso, que às vezes, mesmo sendo o primeiro da fila, demora para conseguir esse órgão compatível com ele.
Dr. Nilson Neto – Ano passado foram realizados no Brasil 15.855 transplantes, sendo 11.4117 foram de córnea. Em segundo lugar ficaram os transplantes de rim, com 3040 e em terceiro o de fígado, com 917. Desde 2001 que os transplantes de córnea lideram as estatísticas. Durante esse período foram 60.468 pessoas que voltaram a enxergar.
A lista de espera na Paraíba chega a 508 por um rim; 82 córnea; 17 fígado e 01 coração. Em nosso Estado foram feitos 127 transplantes no ano passado, sendo 123 de córnea; 03 de rim e um de fígado. A lista de espera por um órgão no Brasil é de 66.558 pacientes, ativos e semi-ativos.
garimpandopalavras – De que forma se dá o processo de doação de um órgão?
Dr. Nilson Neto - O paciente passa por um médico da Central de Transplante credeciado pelo Ministério da Saúde, que detecta a necessidade da realização do transplante. Então, o médico solicita o transplante e o paciente entra para a fila de espera da doação. Dependendo do tipo de transplante, o paciente fica a espera de uma doação que seja compatível com a dele, ou seja, que seja compatível com o seu tipo de sangue, idade, biótipo do paciente. Por isso, que às vezes, mesmo sendo o primeiro da fila, demora para conseguir esse órgão compatível com ele.
garimpandopalavras – Qual a taxa de rejeição de uma córnea durante o transplante?
Dr. Nilson Neto - No caso específico da córnea, praticamente não existe rejeição, porque a córnea é avascular, ou seja, ela não possui sangue, então não precisa dessa compatibilidade sanguínea.
Dr. Nilson Neto - No caso específico da córnea, praticamente não existe rejeição, porque a córnea é avascular, ou seja, ela não possui sangue, então não precisa dessa compatibilidade sanguínea.
garimpandopalavras – Quais as perspectivas futuras para a Central de Transplantes de Patos?
Dr. Nilson Neto
Esperamos que em um futuro breve possamos realizar não só as captações de córneas, mas também, realizar transplante renal e de pele. E, em um futuro mais longínguo, os outros tipos de transplante: fígado, pâncreas, pulmão e coração.
fotos: garimpandopalavras
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