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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Hoje é o Dia de Proteção da Floresta


Matéria publicada semana passada pela Folha de S. Paulo mostra que, a cada hora, fazendeiros e investidores estrangeiros têm comprado ao menos 0,5 km2 de terras brasileiras. Isso significa que, ao final de um dia, 12 km2 estarão legalmente em mãos de pessoas físicas ou jurídicas de outras nacionalidades. “Isso equivale a uma área semelhante a seis vezes o território de Mônaco (com área de 1,95 km2) ou a 7,5 vezes a extensão do parque Ibirapuera (área de 1.584 km2)”, calcula a reportagem.

Invasão

O ritmo da chamada "estrangeirização" de terras foi medido pela Folha a partir de dados do SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural) num intervalo de seis meses, entre novembro de 2007 e maio de 2008. Nesse período, estrangeiros adquiriram pelo menos 1.523 imóveis rurais no país, numa área somada de 2.269,2 km2. No mesmo intervalo, eles se desfizeram de ao menos 151 imóveis rurais, que totalizam 216 km2.
De acordo com o documento do SNCR obtido pela reportagem, o total de áreas em nome de estrangeiros no país passou, no período, de 38,3 mil km2 para 40,3 mil km2, um ritmo puxado pela soja, mas também motivado pela pecuária, pelos incentivos oficiais à produção de etanol e biodiesel e pelo avanço do preço da terra.O levantamento leva em conta apenas aqueles que, ao registrar a terra, declararam-se estrangeiros. “Ou seja – diz a Folha -, não inclui as empresas nacionais de capital estrangeiro e muito menos aqueles que se utilizam de "laranjas" brasileiros para passar despercebidos pelos cartórios”.

Sobrevivente

Pesquisas sobre o cuxiú-preto (Chiropotes satanas) indicam que, mesmo precisando de muito espaço, esses animais têm capacidade de se adaptar à perda do seu habitat natural, provocada pela intervenção humana. Em uma ilha do reservatório de Tucuruí, um grupo de oito macacos vive há 22 anos em uma área de apenas 20 hectares. “Eles têm conseguido sobreviver e se reproduzir em áreas bem menores do que se imaginava possível,” diz Liza Veiga, pesquisadora associado do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, que observa o comportamento dos macacos em Tucuruí desde 2001.
Com circulação cada vez mais restrita devido à diminuição de seu habitat natural e se alimentando de muitas flores e, até, de terra de cupinzeiro, os cuxiús-pretos ainda sobrevivem. Até quando? “O grupo encontrado na ilha em Tucuruí não sobreviverá a longo prazo, pois os cuxiús não têm capacidade de se dispersar.”A espécie consta há vários anos na lista vermelha de primatas da União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN). A atualização desta lista, que ocorre a cada quatro anos, será lançada no mês de agosto durante XXII Congresso da Sociedade Internacional de Primatologia (IPS), que será realizado em Edimburgo, na Escócia.

Fonte:www.ambientebrasil.com.br
foto:rogeliocasado.blogspot.com

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