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quarta-feira, 26 de março de 2014

Com dois votos contra projeto do Executivo passa no Legislativo patoense




Foram quase três horas de debates, na sessão desta terça-feira 25 na Câmara Municipal de Patos, em torno do projeto do Executivo que prevê a desafetação de 25 mil metros quadrados de bens de uso público (ruas), no Loteamento Sanny City , para a concretização de um empreendimento comercial, às margens da Alça Sudeste.

As discussões se deram por tanto tempo em decorrência da existência de dúvidas por parte dos vereadores Toinho Nascimento e Diogo Medeiros. Eles questionavam a todo instante o tipo de empreendimento que seria erguido na referida área, que totalizará 100 mil metros quadrados.

Todos os demais vereadores foram a favor da desafetação. O projeto teve que receber adendo para que houvesse as correções solicitadas. A prefeita Francisca Motta, acompanhada do secretário municipal de Controle Interno, Joanilson Guedes, o representante da Sanny City e os vereadores estiveram reunidos para fazer a redação, colando as informações solicitadas pelos parlamentares mirins. Apesar disso, na sessão de ontem, o debate foi longo, antes de ser aprovado em segunda votação.

Jefferson Melquíades foi o primeiro a usar a tribuna. Ele, que votou contrário na primeira votação, juntamente com Sales Junior, Toinho Nascimento e Diogo, já que o projeto que havia sido encaminhado à Câmara carecia de várias informações, se disse satisfeito com as modificações e enfatizou que agora havia a segurança de que a área não seria usada para outras finalidades que n ao fossem a construção do empreendimento comercial.

Após a sanção da prefeita Francisca Motta, o projeto tem prazo máximo de um ano para ser executado. Caso contrário as ruas desafetadas perdem esse efeito e voltam a ser de uso público.

O vereador Ivanes, na defesa do projeto, disse que se o mesmo não fosse aprovado na Câmara se criaria dificuldades para o desenvolvimento econômico para a ciade, que perderia centenas de empregos e geração de renda para inúmeras famílias.

Diogo ressaltou que ainda faltam importantes informações ao projeto. Questionou o porquê da empresa não ter apresentado plantas estruturais, arquitetônicas do mesmo, dirimindo assim qualquer dúvida ainda existente.

O loteamento Sanny City possui 1.240 lotes, são mais de 70 há. Segundo Maurício Alves, líder do governo na Câmara, a Prefeitura não está doando terreno à empresa, apenas desafetando ruas para que haja fusão de lotes, já que não há como se construir o empreendimento em blocos separados.

Inácio de Gelo, Sales Junior foram grandes defensores da necessidade de aprovação do pedido do Executivo, sempre alegando a importância de mais um grande investimento para Patos e por toda a segurança que a redação do projeto oferecia agora após suas modificações.

Denúncias

A presidente da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, Nadi Gerlane Rodrigues, voltou a criticar a saúde, estadual, em especial a Maternidade Dr. Peregrino Filho. Acusou, além do atraso de dois meses do pagamento de profissionais de saúde, falta de equipamentos de trabalho, a exemplo de sonar, usado para ouvir os batimentos cardíacos do bebê, ainda no ventre materno. “É inadmissível que isso venha ocorrendo. Inclusive faz mais de quinze dias que não se faz ultrassonografia na Maternidade de Patos, que recebe R$ 4 milhões por mês”, desabafou na tribuna.

A vereadora Lúcia de Fátima criticou também a rede hospitalar  do Estado, não apenas a Peregrino Filho, como também o Hospital Regional por não estarem preparados para receber  as famílias vítimas das recentes inundações ocorridas pelas chuvas na cidade. Também citou as enchentes de 2009, cujas vítimas tiveram a solidariedade do governador na época, José Maranhão, que fez visita in loco e trouxe ajuda, isso para se referir a ausência do governo Ricardo Coutinho.

Diogo Medeiros explicou que toda a rede hospitalar, como a PM, Corpo de Bombeiros estiveram a postos para atender qualquer tipo de ocorrência. E sobre a vinda de Maranhão acrescentou que foram destinados na época R$ 5 milhões para socorro às vítimas, mas que até existem dúvidas sobre o uso desses recursos.

Por falar em enchentes, a ajuda às famílias foi um dos assuntos levantados por Nadir. Destacou sua presença e de demais vereadores nas áreas afetadas, o compromisso do Executivo municipal em fazer todo um trabalho de assistência, locação de casas e pediu que aquelas que continuam em áreas de risco sejam conscientizadas a deixarem suas casas, recebendo a devida assistência do município, a fim de evitar que algo de pior possa acontecer a elas. 

Marcos Eugênio

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