Este é um dado
repassado pelo agrônomo Leonardo Rangel, que está à disposição da Funasa,
trabalhando em capacitação com agentes ambientais de toda a região de Patos. O
evento acontece na 6ª Gerência Regional de Saúde, com objetivos de trazer de
volta as equipes, fortalecendo o trabalho de controle de Chagas, discutir a
importância da manutenção das ações nos municípios, tendo em vista que muitas
localidades não estão cumprindo os protocolos estabelecidos pelo programa, a
exemplo das visitas domiciliares, especialmente na zona rural, em pesquisa aos
triatomíneos e a consequente eliminação do inseto pelas aplicações de
inseticidas.
Leonardo Rangel
explicou que, além do trabalho de campo nas casas, eliminando o barbeiro
(causador de Chagas), tornam-se cruciais ações educativas pelos agentes
ambientais, levando informação sobre a doença, a forma de transmissão, como
fazer a prevenção. “Com as informações a própria população passa a ter
mecanismos para se proteger da presença do triatomíneo em casa e quando dos
primeiros sintomas da doença procurar os serviços de saúde adequados”, explicou
Rangel.
Sobre o trabalho
de campo dos agentes ambientais disse ser imprescindível, importante,
especialmente pela presença acentuada do vetor (barbeiro) nos municípios, sendo
necessária a presença do agente na visitação domiciliar na busca ativa do
inseto, levando muitas informações à população. “É um trabalho árduo, feito de
casa em casa, realizado especificamente na zona rural e precisa de
infraestrutura adequada, transporte. Ainda é alta a incidência de triatomíneos
na Paraíba, especialmente no Sertão”, comentou Rangel.
No Estado a
doença de Chagas tem regredido bastante, segundo o agrônomo, não só pela via
vetorial, do inseto para o homem, mas também pela transmissão pelo sangue, duas
vias que preocupavam muito, hoje já controladas. O tipo de moradia está associado
ao trabalho de agentes ambientais. É nas casas de taipa, frestas de parede que
o barbeiro costuma se esconder e agir à noite, sugando sangue, um hábito
noturno.
A capacitação
prossegue até a próxima sexta-feira. Haverá também uma parte prática, a técnica
de borrifação intradomiciliar. “A gente espera que os agentes voltem para seus
municípios mais estímulo para essa missão, difícil, mas necessária para a saúde
pública”, enfatizou Leonardo.
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