Aconteceu nesta quarta-feira 10 no auditório de
Odontologia das FIP – Faculdades Integradas de Patos, o I Fórum Regional
Perinatal da Rede Cegonha, com ampla discussão em torna da saúde da mulher e da
criança. Participam do evento representantes dos 24 municípios da região de
Patos, do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, além de entidades
como Pastoral da Criança, igrejas, conselhos da criança, da Maternidade Dr.
Peregrino Filho, de Patos, apoiadores da regional de saúde, dentre outras.
O foco principal foram as redes de atenção à
saúde, com destaque para Rede Cegonha e sua implantação na 6ª Regional e Saúde.
O momento é propício para que cada município possa mostrar suas dificuldades e
potencialidades na atenção à saúde perinatal.
Todo o processo de atenção à mulher em relação
ao pré-natal, parto e pós-parto está sendo revisto, numa discussão que procura
aproveitar ao máximo da estrutura, apoio oferecido para que caiam os índices de
mortalidade neo e materno e a sociedade possa desfrutar de melhores serviços em
toda a rede do SUS.
Os participantes discutiram a operacionalização
da Cede Cegonha, que leva em conta o diagnóstico, o desenho da rede regional,
contratualização, qualificação, pré-natal, parto e pós-parto e sua
certificação. Rejane Lúcio Vieira, do Ministério da Saúde, que trabalha com todas
as redes de atenção à saúde, falou que a proposta desse encontro em Patos visa
reduzir a mortalidade materna e neonatal, como propõe a Rede Cegonha,
facilitando a vida das mulheres, dando mais qualidade aos serviços do SUS,
desde a atenção básica aos serviços de urgência e emergência.
“Um dos objetivos do Fórum é conhecermos a realidade
da região, e quem pode apresentar isso são os municípios. O Ministério da Saúde
oferece o apoio para que aconteça a interligação de todas as redes, a exemplo da
Rede Cegonha, psicossocial, de emergência, do câncer, das doenças crônicas, da
pessoa com deficiência, que fortalecem a atenção integral”, diz Rejane.
Em relação ao pré-natal ela diz que é um
momento fundamental para a saúde da mulher, sendo preciso maior envolvimento,
acolhimento, informações que qualifiquem esse pré-natal, para que aconteçam
menos mortes.
O diretor técnico da Maternidade Dr. Peregrino
Filho, de Patos, Paulo Athayde, fez considerações dos avanços ocorridos na saúde
da mulher, mas alertou ser preciso que todos cumpram suas funções nessa
assistência, que haja maior atenção a partir do pré-natal mais humanizado e
acessível, oferecendo-se a ela todos os exames necessários que garantam um
parto ideal.
Outras discussões como parto normal ou cesáreo
gerando bom debate; o direito e a capacidade do acompanhante em sala de parto;
a vinculação da gestante para a maternidade em seu município, ou seja como as
orientações, aproximação da gestante ao local em que ela ganhará bebê aconteceram. Nesta tarde os grupos discutiram essas e outras questões que
precisam chegar a denominadores comuns e assim fortalecer a Rede Cegonha, que
investirá na região de Patos mais de R$ 9 milhões para melhorar assistência à
mãe e seu filho.
O gerente regional de saúde, José Leudo, disse
que o I Fórum Regional Perinatal da Rede Cegonha traz à tona antigos problemas até
culturais que precisam ser corrigidos a partir dessa ampla discussão, com cada
setor apresentando suas carências e necessidades, que vão dar um quadro da
realidade regional a essa política que vem sendo construída pelas redes na
melhoria da saúde pública.
Nesta tarde houve também exposição de
estatísticas dos atendimentos hospitalares da Maternidade Peregrino Filho,
desde o início da gestão pelo Instituto Social Fibra, que vão servir de
subsídios aos participantes, quando da elaboração de suas propostas a ser
pactuadas na rede.
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