O governo estima que entre 490 mil e 530 mil adultos estão infectados
com o vírus da Aids no Brasil. Desses, 135 mil ainda não sabem que
convivem com HIV e, portanto, não buscam tratamento adequado na rede
pública. Isso significa que um em cada quatro brasileiros (25,5%)
infectados com o vírus desconhece sua situação de risco.
Os dados fazem parte do novo Boletim Epidemiológico da doença,
divulgado nesta terça-feira (20), parte das ações em referência ao Dia
Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no próximo 1º de dezembro.
Para reverter o quadro, o Ministério da Saúde montou uma campanha de
mobilização nacional para incentivar o teste rápido de HIV, sífilis e
hepatites virais (dos tipo B e C).
Nos próximos dez dias, entre esta terça-feira (20) e o Dia Mundial de
Luta contra a Aids (1º), todas as pessoas que quiserem saber sua
condição podem procurar as unidades da rede pública e os CTAs (Centros
de Testagem e Aconselhamento).
Com apenas uma gota de sangue colhida, o resultado do teste rápido sai
em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame e,
em caso positivo, ela é encaminhada para o serviço especializado.
“O diagnóstico precoce produz dois impactos positivos: o individual e o
coletivo. Primeiro, é importante que o paciente saiba que está
infectado, isso possibilita um tratamento eficaz e mais rápido,
reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida”, diz o secretário
de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. “Segundo, reduz a carga viral
negativa. Viver com HIV não é simples, mas saber é muito melhor.”
Uol
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