A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou os preparativos para
mais uma campanha de vacinação contra a raiva animal, que acontecerá no
próximo dia 1º de dezembro. Na Paraíba, a meta é imunizar 607.643
animais, sendo 414.892 cães e 192.751 gatos. Para isso serão colocados à
disposição da população mais de 800 postos espalhados nos 223
municípios do Estado, que funcionarão das 8h às 17h, mobilizando
aproximadamente 6 mil profissionais de saúde.
O Núcleo de Controle de Zoonoses da SES iniciou às visitas às
Gerências de Saúde para repassar todas as informações sobre a
operacionalização da campanha. O chefe do setor, Francisco de Assis
Azevedo, explicou também que a SES já iniciou a distribuição das vacinas
com as Gerências Regionais de Saúde que repassarão o imunizante para os
municípios.
Para esta campanha, o Ministério da Saúde enviou 650 mil doses de
vacina e o mesmo total de seringas. “Vale ressaltar que serão utilizadas
seringas e agulhas descartáveis na proporção de uma seringa e uma
agulha para cada animal vacinado, proporcionando uma melhor qualidade no
serviço, evitando possíveis contaminações”, destacou Francisco de
Assis.
O chefe de Núcleo de Controle de Zoonoses da SES lembrou que pelo
quarto ano consecutivo será utilizada a vacina de cultivo celular em
cães, que tem uma melhor resposta imunológica e ação mais duradoura e
que também faz parte do protocolo assinado pelos países latinos, junto a
Organização Mundial da Saúde, que pretende eliminar a raiva humana
transmitida por cães, principal fonte de infecção no ciclo urbano, até o
ano de 2015.
Dados - Até o mês de outubro, a SES não registrou
nenhum caso de raiva animal na Paraíba. Ano passado foi registrado um
caso em morcego e oito em bovinos, onde a principal fonte de infecção é o
morcego hematófago. A Paraíba não registra caso de raiva humana há 13
anos. O último caso da doença em humanos foi em junho de 1999.
A doença – A raiva é uma doença infecciosa aguda,
de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordedura,
arranhadura, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais
raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre
quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no
organismo.
A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após
curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser
causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os
animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem
contraindicação.
A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os
bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos
transmissores da raiva; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins,
macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo
aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os
principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os
cães e gatos.
Secom-PB
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