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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Segundo turno consolida vitória das forças progressistas




Foi o maior reduto tucano que caiu, e a vitória mais importante das forças de apoio da presidente Dilma. Esta avaliação do resultado da eleição em São Paulo, feita pelo presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, indica a principal marca da disputa do segundo turno da eleição municipal realizada neste domingo (28).

A vitória de Fernando Haddad, do PT, PCdoB e demais partidos da base aliada do governo, e a derrota do tucano José Serra, na disputa para a Prefeitura de São Paulo dão o sentido geral desta eleição, confirmado também pelo desempenho dos partidos da base aliada nos demais 49 municípios que voltaram às urnas neste segundo turno.

O resultado final indica um nítido crescimento das forças de esquerda e centro-esquerda, e um significativo encolhimento da oposição conservadora e neoliberal, mesmo com as vitórias localizadas que alcançou, destacando-se a conquista de capitais como Manaus e Belém (PSDB) e, sobretudo de Salvador (DEM), que garante uma sobrevida ao cambaleante partido direitista remanescente do período da ditadura militar.

Com a vitória das forças de esquerda e centro-esquerda da base do governo, a oposição neoliberal desce um degrau na escala política, embora mantendo ainda influência eleitoral.

O cenário da disputa do segundo turno foram 50 das maiores cidades brasileiras, entre elas 16 capitais. No resultado final, considerando-se os resultados do primeiro turno e os deste domingo, entre as 26 capitais estaduais, o PSB ficou com cinco, o PT quatro, o PDT três, o PMDB dois, o PP dois e o PTC um, totalizando 17 prefeituras. Destaca-se também o notável desempenho do PCdoB, que tem três vice-prefeitos nas capitais: Nádia Campeão em São Paulo (SP), Luciano Siqueira em Recife (PE) e Márcio Batista em Rio Branco (AC).

Destaca-se, nesta eleição, o bom desempenho do Partido Comunista do Brasil que, mesmo não alcançando vitórias mais significativas, porquanto não elegeu as prefeitas de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Manaus (AM) e não tendo o desempenho projetado em Fortaleza, deu passos em seu processo de acumulação gradual de forças no terreno eleitoral. O PCdoB elegeu 56 prefeitos (15 a mais do que em 2008), 973 vereadores (aumento de quase 60%), além dos vice-prefeitos das três capitais já referidas. Entre os municípios que o PCdoB governará destacam-se cinco que estão no grupo dos 85 maiores do país: Olinda (PE), Juazeiro (BA), Jundiaí (SP), Contagem (MG) e Belford Roxo (RJ). Isso além de ter sido protagonista decisivo para a vitória de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para a Prefeitura de São Luís (MA).

Em contrapartida, o núcleo duro da oposição neoliberal e conservadora, formado pelo PSDB e o DEM, ficou reduzido a apenas seis prefeituras de capitais, saindo severamente derrotado na disputa municipal deste ano.

A conclusão inescapável deste resultado, à qual mesmo os comentaristas conservadores mais renitentes se curvam, indica o fortalecimento do núcleo de esquerda da base de sustentação do governo da presidenta Dilma Rousseff e dos seus aliados de centro e centro-esquerda. O eleitor pôs nas mãos de titulares da base aliada mais de 60 por cento das prefeituras do país.

Este diagnóstico é confirmado também quando se considera o desempenho dos partidos no chamado G85 formado pelas maiores cidades do país (26 capitais e 59 municípios com mais de 200 mil eleitores, somando 50,8 milhões dos eleitores, ou seja, 36,2% do total). Nesse grupo, o PT lidera com 16 prefeituras, seguido pelo PSDB com 15, PSB com 11, PMDB com seis e o PCdoB com cinco.

Outra forma de avaliar a nova correlação de forças, favorável à esquerda, que surge das urnas é a consideração do número de eleitores que estarão sob o governo desta ou daquela força política. Somados, os cinco principais partidos da base do governo federal (PT, PMDB, PSB, PDT e PCdoB) governarão cerca de 80 milhões de eleitores (mais de 60% do total).

A partir destas eleições municipais o Brasil vence mais uma etapa de consolidação do seu processo democrático e de evolução das forças de esquerda e centro-esquerda. Igualmente, os resultados lançaram as bases para formar a correlação de forças para o próximo embate eleitoral de 2014, que envolverá a Presidência da República, os governos estaduais, o Senado, a Câmara dos Deputados e as assembléias legislativas estaduais.


Vermelho.org.br

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