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sábado, 3 de dezembro de 2011

Lixo, mato e fedentina no Rio Espinharas



José Gonçalves

Lixo, mato e fedentina. É assim que se encontram as margens do Rio Espinharas de Patos, ou melhor, é assim que vivem os moradores que moram próximo às margens do Rio Espinharas, em todos os bairros por onde ele passa.
Terreno baldio, espaço adequado para os carroceiros depositarem inicialmente os entulhos e logo depois os próprios moradores depositam lixo, restos de árvores que são podadas, sofás, guarda-roupas, enfim, o que não lhes interessa mais.
Como se não bastasse, ainda tem o plantio de capim, que diariamente é aguado com água de esgotos, já que a maioria das residências não está ligada a rede de esgotos da Cagepa.
A Prefeitura diversas vezes fez a limpeza, mas no outro dia, os próprios moradores começam a sujar e como se não bastasse, o proprietário do terreno, que mora em Recife, cercou-o uma vez, mas a cerca foi roubada e assim abandonou definitivamente.
Entendo que a Prefeitura deveria iniciar um cadastro de todos os terrenos baldios de Patos, procurando os seus proprietários para que cercar e ao mesmo tempo, se responsabilizar pelos mesmos, cobrando IPTU e outros tributos, caso sejam abandonados como este.
A Prefeitura tem que fazer a limpeza e ao mesmo tempo começar a aplicar multas em quem coloca entulhos no meio da rua, quem coloca lixo, quem utiliza a água podre (lama) dos esgotos para aguar capim e não permitir que os mesmos fiquem bem à vontade para agir de acordo com os seus interesses.
O vereador Edileudo, bem como outros representantes da sociedade civil organizada,  estão imbuídos em discutir a poluição do Rio Espinharas, mas em minha opinião, tem que se agir com os que estão poluindo o mesmo no dia-a-dia, como também os que utilizam a água podre para o plantio de capim, engordando vacas e depois vendendo o leite, talvez contaminado.
Pergunto onde anda a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, que não toma uma providência. Pergunto onde anda a Vigilância Sanitária. Pergunto onde anda a SUDEMA que não toma uma atitude. Pergunto onde anda o Ministério Público, que permite uma situação dessas. Pergunto onde anda o poder público, que permite construção dentro do próprio Rio Espinharas. Pergunto onde anda a CAGEPA que não tira os seus esgotos de dentro do Rio Espinharas.
Portanto, qualquer discussão sobre o Rio Espinharas, Rio da Cruz e Rio da Farinha, tem que ser levado em consideração, quem são os seus poluidores, de suas nascentes até o final de seu leito.

 

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