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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

FUNES lança cordel dos 50 anos do Nacional de Patos


Para a noite do 23 deste mês está agendado o lançamento do cordel "Nacional: 50 anos de história e de paixão", de autoria dos poetas Janduhi Dantas e Cidoval Morais de Sousa, dois nomes pra lá de conhecidos da sociedade patoense pela contribuição à nossa cultura, nossas artes literárias.

A publicação enfocando a história dos 50 anos do Verdão Maravilha está a cargo da Ernani Sátyro. Inicialmente serão impressos 3 mil exemplares, dos quais mil serão distribuídos pela FUNES. O auditório da Fundação receberá grandes craques que ajudaram a tornar o Canário do Sertão, assim carinhosamente denominado o Nacional, uma das maiores referências futebolísticas da Paraíba.

O patoense Janduhi Dantas é professor de nível médio, servidor do Tribunal de Justiça da Paraíba, lotado no Fórum de Juazeirinho, além de cordelista com trabalho reconhecido nacionalmente, premiado em concursos do Ministério da Cultura e do Banco do Nordeste, além de sua gramática em versos de cordel estar publicada já em terceira edição pela Editora Vozes, de Petrópolis.

Cidoval Morais de Sousa, natural de São José de Espinharas, é jornalista, professor da UEPB em Campina Grande; trabalhou como chefe de reportagem nas Tvs Paraíba e Globo Nordeste e é também, atualmente, diretor da Editora da UEPB, tendo sido agraciado recentemente com o mais importante prêmio de literatura do Brasil, o Prêmio Jabuti, por trabalho publicado na Editora da UEPB.

O cordel está organizado em 54 estrofes de dez versos heptassílabos, com 28 páginas, formato 12 por 18cm, e conta um pouco da história do time patoense com lirismo e humor. Leia algumas das estrofes:


CIDOVAL:
Falar do Naça me move
chega a ser incontrolável
é uma febre interminável
sempre no grau trinta e nove
duvido que você prove
com as tintas da emoção
que essa sua paixão
é bem maior que a minha
pois até a canarinha
eu cotejei pro Verdão.

JANDUHI:
É amigável a peleja
que entre nós dois se dá
porque somente exaltar
nosso Canário deseja
ao final que o leitor veja
quem de amor mais se incendeia
mentir é coisa bem feia
e eu não minto, sou bem franco:
corre um sangue verde e branco
por dentro da minha veia.

CIDOVAL:
Como torcedor do Naça
me empolgo com sua história
preservo em minha memória
seus talentos, sua raça
em casa ou em qualquer praça
da Paraíba ou Nordeste
do cariri ao agreste
seu futebol foi mostrado
goleando ou goleado
sua fibra é inconteste.

JANDUHI:
Do time do Nacional
sabe quem os fundadores?
Uma turma de servidores
do Governo Federal:
DNOCS, só estatal...
DNER, Correios...
a turma buscava meios
de formar um time forte
pra ser rival do Esporte
e no Pato meter freios.

CIDOVAL:
Depois do time criado
marcaram o primeiro jogo
justo com o Botafogo
um time já afamado
o Naça foi goleado
e deu muito o que falar
foi 5 a 1 o placar
no desespero e no grito
só se salvou Espedito
que um gol conseguiu marcar.

JANDUHI:
E na inauguração
do Estádio Zé Cavalcante
2 a 1, jogo marcante
pro Canário do Sertão
e quem fez a marcação
naquela praça de esporte
do primeiro gol, por sorte
foi do Naça um jogador
o camisa 10, Dissô
no maior rival, Esporte.

CIDOVAL:
Um dia Deus botaria
Jorge Luiz pra treinar
Danilo para pegar
e na zaga, Henrique e Dinho
Wescley, Arlindo e Raminho
Rogério Costa e Lamar
Buik, para arrumar
com Edmundo e Ribinha
um time primeira linha
para um título conquistar.

JANDUHI:
Adimar, Pedim Leitão
Teomar, Coco e Pistola
Bau e Levi, bons de bola
Didi, Catê, Carroção
Messias na armação
com Grilo, Tico e Totinha
Clóvis, Diá e Dadinha
Silva Diouro, o plantel
que eu lembro neste cordel
Naça da infância minha!

CIDOVAL:
O Canário do Sertão
incomodou muita gente
um narrador competente
numa bela ocasião
não suportando a pressão
do Verdão jogando forte
seu Pato perdendo a sorte
no ar gritou e assim foi:
"Tá o maior cu de boi
dentro da área do Esporte!"

JANDUHI:
Quantas vezes Jabiraca
adentrou o tapetão
com aquele seu buchão
do tamanho do de uma vaca
pra colocar numa maca
do Esporte um defensor
a quem Clóvis, driblador
deixou no chão entortado
e depois sair vaiado
pelo nosso torcedor.

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