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quarta-feira, 18 de maio de 2011

LANÇANDO UM OLHAR SOBRE O “MAIS EDUCAÇÃO”

por Misael Nóbrega de Sousa
Fiz uma pesquisa sobre o “Mais Educação” e encontrei algumas respostas:
O Programa aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.
Porém, cabem alguns questionamentos: Os pais dos alunos conhecem de fato o programa? Tem menino com medo de usar o computador, pois foi alertado em casa quanto ao cuidado no manuseio do equipamento. “Se você quebrar sou eu que vou pagar” Como o aluno vai aprender diante desse tipo de pressão antecipatória?
Outro desafio é encontrar o “time” certo para ensinar a crianças de 6 anos. Nessa fase, elas estão saindo do “período simbólico” - quando todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros; fase do nominalismo (dar nome as coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (teimosia); egocentrismo (tudo é meu)
Fiquei sabendo que elas assistem aula teórica sobre adubo orgânico. Ora, tem adulto que não sabe o que é adubo orgânico. Nessa idade, o menino gosta de brincar com estrume; e, não, saber do que ele é feito. Então, minha gente, aula prática talvez fosse uma alternativa: puxar pelo lúdico, diversão, lazer, competição, imagem... Ensinar brincando.
Questiono a forma, portanto. Pode-se ensinar qualquer coisa às crianças, é fato, mas desde que se aplique a metodologia correta.
Que tal, para os pequeninos, também, ensinar por meio do afeto? Criança gosta de carinho! Se nós passarmos a tratar os filhos dos outros com mais agrados do que os agrados que destinamos aos nossos filhos, talvez nos conscientizemos de que os nossos filhos não são para sempre e passemos a dar a nossos filhos mais carinhos do que o que já damos em casa? A vida é um grande espelho!
Ensinar com disciplina, sem confundir autoridade com autoritarismo. Ensinar pelo sorriso, pelo beijo, pelo abraço... Ensinar sem destratar, sem humilhar, sem comparar, sem desprezar... Ensinar honrando os compromissos assumidos pela escola: Merenda de qualidade, servida na hora certa e em condições dignas... Por exemplo. As escolas municipais não estão fazendo favor algum a esses alunos ou a comunidade cuidando bem de nossas crianças.
Será que os “oficineiros” estão sabendo passar o conhecimento adquirido nas universidades? Será que tiveram oportunidade de treinamento?; será que estão recebendo os equipamentos necessários para as aulas? Quanto ao desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio. E as escolas beneficiárias são responsáveis pela compra desses materiais.
O governo federal manda dinheiro (e muito dinheiro) para que o “Mais Educação” dê resultados e melhore o baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), existente hoje em algumas áreas do país.
Senhores pais entendam e respeitem os seus filhos e os incentivem à educação, como o pão de cada dia. Senhores coordenadores, não vamos nos aproveitar dos meninos para fazer iludir a comunidade, sem observar a evolução e os resultados práticos – que é condição sine qua non; torço para que os diretores de escolas não usem esse programa para fazer media com os secretários de educação; e que este (o secretário) não utilize o “Mais Educação” para bajular os prefeitos. E que os prefeitos tenham a consciência de que o sucesso desse programa é bom para todo mundo.
Já dissera Monteiro Lobato: “Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos”
- O “Mais Educação” além de tudo, serve de indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante. Visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo UNICEF. Cabe aos senhores secretários de educação, Brasil afora, colocarem esse programa no colo – entregá-lo à pessoas capazes e dar-lhes competência para desenvolver as atividades.
E queira Deus que dê resultados, pois dele depende o futuro de nossas crianças.
Jornalista

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