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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A NOVA GESTÃO DA OAB


*Carlos Pessoa de Aquino

Passada a sarabanda dos temporais, ultrapassada a disputa recém finda, eis que os advogados devem prestar atenção aos “novos tempos”, ao alvorecer desse tempo renovado para que acima das questões pessoais, dos interesses particulares, das ambições privadas se sobreponham as expectativas da comunidade advocatícia.

É chegada a hora de reflexões, de trabalho e de unidade Institucional em prol de todos os advogados militantes credenciados a reivindicar, a protestar, a divergir, mas jamais refratários ao que vier de positivo, de engrandecedor e de correspondência às mais escolhidas tradições de coragem, civismo, luta e determinação para a valorização do advogado e do resgate do prestígio e do valor Institucional da nossa Ordem dos Advogados do Brasil.
Aos vencedores os aplausos e o justo reconhecimento pela vitória em um pleito que revelou uma seccional dividida. Todavia, a partir de agora, esperamos ter uma administração para todos, por todos e de todos.

Sempre disse que em nossos pleitos não tem vencidos nem vencedores, somos todos advogados, sobretudo advogados e queremos ser sempre advogados. Profissionais que na sua trincheira de luta, se reafirmam com coragem cívica, em resistência permanente contra o arbítrio e a intolerância, sensíveis as questões relevantes de interesse público, sentinela da Democracia que vai às ruas defender a sociedade e o Brasil como aríete das liberdades e ponta de lança a debater as profundas transformações sociais a repercutir na cidadania a fim de sermos sempre detentores da confiança, do respeito e da segurança de toda sociedade brasileira em especial a paraibana

            Que os vencedores honrem seus compromissos e materializem suas diretrizes, que os vencidos os ajudem a cumpri-los, pois a OAB tem um passado de respeito e de luta em favor dos interesses da sociedade, está acima de questiúnculas e campanhas efêmeras. Que o novo corpo diretivo assuma sacrifícios, renúncia e desprendimento sob qualquer pretexto e a qualquer custo. Os prejuízos para a entidade em decorrência dessa disputa feroz recém encerrada foram imgensuráveis e se não for estancada essa inconsistente e intransigente ruptura, serão irrecuperáveis as perdas, irremediáveis as feridas abertas e os sulcos expostos.

            Expresso sinceramente, votos para que Odon Bezerra possa altivamente iniciar o gesto de unidade, pois caberá, portanto, ao novo presidente buscar uma gestão de conciliação, já que o pleito mostrou uma categoria dividida, rachada e com sérios desgastes e arestas que precisarão ser aparadas. Deve iniciar sua gestão com a demonstração de que sua administração estará desatrelada politicamente, que será independente autônoma e altiva, itens tão questionados na ultima refrega a fim de que não venha a se transformar em um vencedor vencido.

            Para os colegas, que como eu, expressaram seu voto em José Mario e não lograram êxito, digo que o cargo de presidente da OAB-PB  é uma honra para qualquer profissional, mas é um cargo transitório, portanto, deixo a mensagem de Gabriel o Pensador que “Nem todos que sonharam conseguiram, mas para conseguir é preciso sonhar”. Afinal, para nós que não obtivemos sucesso nessa empreitada, somos de luta, como no dizer do bom e velho Machado de Assis... "Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.”

*Advogado militante.

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