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domingo, 25 de novembro de 2012

Uma mulher é assassinada a cada 60 horas na Paraíba

Em média, uma mulher é assassinada a cada 60 horas na Paraíba. De janeiro a outubro deste ano 120 mulheres foram executadas no Estado e diariamente, pelo menos, 15 vítimas procuram a Delegacia da Mulher em João Pessoa para denunciar casos de violência doméstica. Hoje, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, tem início, na Paraíba, a campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

Desde a última sexta-feira, foi lançada a campanha: Violência contra a Mulher. Denuncie. Você não está sozinha. Além de reduzir o índice de violência praticada contra mulheres no Estado, a iniciativa tem por objetivo incentivar que os abusos sejam denunciados através do Disque 197, da Polícia Civil e Disque 180, do governo federal.
 
Durante os 16 dias será feito um trabalho de divulgação da Casa Abrigo Aryane Thaís, Centros de Referência da Mulher, Delegacias da Mulher, Centros de Referência e Assistência Social, Defensoria Pública, Promotoria da Mulher, Secretaria Estadual de Saúde, testes rápidos e distribuição de preservativos. Haverá exposição do Programa de Assistência Integral às mulheres vítimas de violência sexual e trabalho, realizado pela Maternidade Frei Damião.
 
Ao escolher as cidades que irão receber a tenda de serviços, a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (Sdmh) levou em consideração a quantidade populacional e os índices de violência contra a mulher em cada município.
 
A programação terá início na próxima quarta-feira, no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa, com uma mobilização de rua. Na próxima sexta-feira o evento será realizado na Praça da Bandeira, em Campina Grande. A programação será apresentada, ainda, no dia 6 do próximo mês, em Santa Rita, que apresentou preocupantes índices de violência praticada contra mulheres, ocupando a 4ª colocação no Estado.
 
Em Queimadas, a programação acontece na Praça Principal, no dia 11 do próximo mês. A Smdh realiza ainda, no dias 28 e 29, em João Pessoa, o II Seminário da Rede de Atenção Integral às Mulheres Vítimas de Violência, para profissionais que integram os serviços que atendem mulheres vítimas de violência.
 
“Essa é uma campanha de suma importância, pela primeira vez realizada na Paraíba, com a parceria do Governo do Estado e a Rede Paraíba de Comunicação. É uma campanha de divulgação do Disque 197 e do 180, o Disque Nacional. Estamos nos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres, queremos mobilizar não apenas as mulheres que sofrem esse tipo de agressão, mas também os homens para que possamos combater a violência contra a mulher”, explicou a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena.
 
Conforme o Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari, a Paraíba ocupa a 4ª colocação nacional em número de mortes de mulheres. João Pessoa é a segunda capital onde mais mulheres foram assassinadas. “A campanha vem reforçar a importância da denúncia, assim como visibilizar os serviços de referência ao atendimento às mulheres em situação de violência no Estado”, frisou Iraê Lucena.
 
Através do Disque 197 qualquer pessoa pode denunciar um caso de violência doméstica, com garantia de preservação da identidade. O serviço funciona durante 24 horas e o atendimento é realizado por policiais capacitados.
 
Jornal da Paraíba

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