Crianças e
adolescentes do bairro de Mandacaru apresentarão nesta sexta-feira às 9 horas a
peça teatral ‘Devastador: Crack, por sua causa alguém matou’. A encenação
acontecerá no auditório da Escola do Serviço Público do Estado da Paraíba
(Espep), em Mangabeira, próxima ao Detran-PB. A Organização Não Governamental
Uma Nota Musical que Salva foi criada há um ano e meio a partir dos índices
crescentes de homicídios de jovens no bairro de Mandacaru e Padre Zé. Na Crianças
e adolescentes aprendem música, teatro, línguas estrangeiras e em breve terão
aulas de informática.
O endereço da ONG é rua general
Barros Rego, 294, Mandacaru. Contatos Lauricéia ou José Severino, casal
fundador da ONG (83) 8603-2473, 8702-5774, 8726-2473. O caminho mais fácil para chegar ao endereço
é seguir pela Tancredo Neves e logo após o posto de combustível PADRÃO entrar à
direita, em seguida seguir à direita na primeira rua, após cerca de 150 metros
se chega à ONG.
A inclusão social por meio da música
A música como um caminho de inclusão
social pode evitar que crianças e adolescentes sejam vítimas das drogas e
outros tipos de violência. Idealizada com esse intuito, há pouco mais de um
ano, a ONG ‘Uma Nota Musical que Salva’, assiste a 70 crianças e jovens de
famílias de baixa renda dos bairros de Mandacaru e Padre Zé, em João Pessoa. O
projeto partiu do casal José Severino da Silva e Lauricéia Teixeira. Eles
contam com a ajuda da voluntária Edleuza Faustino, que teve um filho
assassinado e decidiu abraçar a ideia.
“O bairro de Mandacaru era conhecido
como um dos mais violentos da capital, então eu senti a necessidade, junto com
a minha família, de fazer algo para mudar essa estatística”, revela Lauricéia.
“Eu e meu esposo atendemos aqui várias mães que tiveram seus filhos
assassinados. Nossa meta foi disponibilizar atividades culturais que promovam a
cidadania”, completa.
Os participantes têm entre 4 e 17
anos e assistem aulas de canto, teoria musical e de línguas estrangeiras. A ONG
ainda não tem sede própria e funciona na casa dos fundadores, na rua general
Barros Rego, 294, Mandacaru. Severino, Lauricéia e os demais voluntários buscam
apoio para instalar a entidade em uma sede própria.
Parceiros –
Após algumas apresentações em eventos na capital, parceiros começaram a surgir.
A Secretaria da Educação do Estado, por meio do Projeto Prima, disponibilizou
cinco professores ao projeto. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran)
também vai ajudar com a doação de instrumentos musicais e computadores. Com os
equipamentos, os alunos ainda terão aula de informática.
Algumas autoridades também estão
sendo solidárias ao projeto. O comandante geral da Polícia Militar da Paraíba,
coronel Euller Chaves, fez uma doação de camisetas para os alunos, com a
logomarca da ONG. O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Coelho
Lima, doou o fardamento para as crianças usarem nas apresentações.
Lauricéia revela que a entidade
também tem apoio do Sindicato dos Taxistas da Paraíba que doa alimentos para o
lanche da garotada. Quem estuda pela manhã frenquenta a ONG à tarde e os que
estão na escola, à tarde, estudam música e línguas estrangeiras no turno da
manhã.
“A garotada deseja muito fazer
apresentações porque elas têm oportunidade de mostrar o que estão aprendendo. A
gente não cobra cachê, apenas o transporte e o lanche das crianças”, revela
Lauricéia. O grupo interpreta grandes sucessos da MPB, música gospel e também
apresenta peças teatrais. A fundadora apela para que mais pessoas passem a
colaborar com o projeto como voluntárias, doando instrumentos, alimentos ou
oferecendo qualquer tipo de ajuda.
José Severino da Silva, esposo de
Lauricéia, acredita que essas crianças e adolescentes assistidos pela ONG vão
tornar o bairro de Mandacaru um ambiente melhor, com menos violência. “Nós
apostamos neles, que vão fazer o bairro melhor, e eu acredito muito nisto. Esse
é o nosso sonho por uma mudança em nosso bairro, chega de violência”, clama.
Mobilização –
Getúlio Targino Filho, 11anos, está no projeto, há um ano, e reforça a
importância do trabalho. “Estou gostando porque aqui Lauricéia e seu José
abriram uma oportunidade da gente crescer no mundo”. Getúlio é aluno do 6º ano
na Escola Estadual Tenente Lucena.
Júlia Gabriela, 11 anos, chegou ao
projeto a convite do irmão, Gabriel, que também trouxe o irmão David, de 8
anos. Edileuza Góes, mãe de Júlia, David e Gabril destaca que o projeto vem
contribuindo para melhorias no bairro e nas famílias. “Esse projeto é uma
benção, meus filhos estão crescendo muito na formação”, conta.
O integrante do Conselho Tutelar da
Região Norte, que envolve 16 bairros,
Elielton Lima é um dos apoiadores da ONG e destaca a iniciativa. “A
gente espera que esse trabalho vá adiante, com o apoio do poder público e da
iniciativa privada porque essa região tem alto índice de crianças envolvidas
com drogas, famílias em conflito e esse trabalho é educativo e contribui para o
desenvovimento da criança”, reforça.
Lauricéia faz um apelo para que
comerciantes, principalmente de Mandacaru, façam doações para o projeto. Os
contatos podem ser feitos também por meio do twitter @umanotamusical.
Joselio Carneiro
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