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quinta-feira, 12 de julho de 2012

ONG ‘Uma Nota Musical que Salva’ apresenta a peça ‘Devastador: Crack, por sua causa alguém matou’


            Crianças e adolescentes do bairro de Mandacaru apresentarão nesta sexta-feira às 9 horas a peça teatral ‘Devastador: Crack, por sua causa alguém matou’. A encenação acontecerá no auditório da Escola do Serviço Público do Estado da Paraíba (Espep), em Mangabeira, próxima ao Detran-PB. A Organização Não Governamental Uma Nota Musical que Salva foi criada há um ano e meio a partir dos índices crescentes de homicídios de jovens no bairro de Mandacaru e Padre Zé. Na Crianças e adolescentes aprendem música, teatro, línguas estrangeiras e em breve terão aulas de informática.

O endereço da ONG é rua general Barros Rego, 294, Mandacaru. Contatos Lauricéia ou José Severino, casal fundador da ONG (83) 8603-2473, 8702-5774, 8726-2473.  O caminho mais fácil para chegar ao endereço é seguir pela Tancredo Neves e logo após o posto de combustível PADRÃO entrar à direita, em seguida seguir à direita na primeira rua, após cerca de 150 metros se chega à ONG.
  
A inclusão social por meio da música

A música como um caminho de inclusão social pode evitar que crianças e adolescentes sejam vítimas das drogas e outros tipos de violência. Idealizada com esse intuito, há pouco mais de um ano, a ONG ‘Uma Nota Musical que Salva’, assiste a 70 crianças e jovens de famílias de baixa renda dos bairros de Mandacaru e Padre Zé, em João Pessoa. O projeto partiu do casal José Severino da Silva e Lauricéia Teixeira. Eles contam com a ajuda da voluntária Edleuza Faustino, que teve um filho assassinado e decidiu abraçar a ideia.

“O bairro de Mandacaru era conhecido como um dos mais violentos da capital, então eu senti a necessidade, junto com a minha família, de fazer algo para mudar essa estatística”, revela Lauricéia. “Eu e meu esposo atendemos aqui várias mães que tiveram seus filhos assassinados. Nossa meta foi disponibilizar atividades culturais que promovam a cidadania”, completa.

Os participantes têm entre 4 e 17 anos e assistem aulas de canto, teoria musical e de línguas estrangeiras. A ONG ainda não tem sede própria e funciona na casa dos fundadores, na rua general Barros Rego, 294, Mandacaru. Severino, Lauricéia e os demais voluntários buscam apoio para instalar a entidade em uma sede própria.

Parceiros – Após algumas apresentações em eventos na capital, parceiros começaram a surgir. A Secretaria da Educação do Estado, por meio do Projeto Prima, disponibilizou cinco professores ao projeto. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também vai ajudar com a doação de instrumentos musicais e computadores. Com os equipamentos, os alunos ainda terão aula de informática.

Algumas autoridades também estão sendo solidárias ao projeto. O comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, fez uma doação de camisetas para os alunos, com a logomarca da ONG. O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Coelho Lima, doou o fardamento para as crianças usarem nas apresentações.

Lauricéia revela que a entidade também tem apoio do Sindicato dos Taxistas da Paraíba que doa alimentos para o lanche da garotada. Quem estuda pela manhã frenquenta a ONG à tarde e os que estão na escola, à tarde, estudam música e línguas estrangeiras no turno da manhã.

“A garotada deseja muito fazer apresentações porque elas têm oportunidade de mostrar o que estão aprendendo. A gente não cobra cachê, apenas o transporte e o lanche das crianças”, revela Lauricéia. O grupo interpreta grandes sucessos da MPB, música gospel e também apresenta peças teatrais. A fundadora apela para que mais pessoas passem a colaborar com o projeto como voluntárias, doando instrumentos, alimentos ou oferecendo qualquer tipo de ajuda.

José Severino da Silva, esposo de Lauricéia, acredita que essas crianças e adolescentes assistidos pela ONG vão tornar o bairro de Mandacaru um ambiente melhor, com menos violência. “Nós apostamos neles, que vão fazer o bairro melhor, e eu acredito muito nisto. Esse é o nosso sonho por uma mudança em nosso bairro, chega de violência”, clama.

Mobilização – Getúlio Targino Filho, 11anos, está no projeto, há um ano, e reforça a importância do trabalho. “Estou gostando porque aqui Lauricéia e seu José abriram uma oportunidade da gente crescer no mundo”. Getúlio é aluno do 6º ano na Escola Estadual Tenente Lucena.

Júlia Gabriela, 11 anos, chegou ao projeto a convite do irmão, Gabriel, que também trouxe o irmão David, de 8 anos. Edileuza Góes, mãe de Júlia, David e Gabril destaca que o projeto vem contribuindo para melhorias no bairro e nas famílias. “Esse projeto é uma benção, meus filhos estão crescendo muito na formação”, conta.

O integrante do Conselho Tutelar da Região Norte, que envolve 16 bairros,  Elielton Lima é um dos apoiadores da ONG e destaca a iniciativa. “A gente espera que esse trabalho vá adiante, com o apoio do poder público e da iniciativa privada porque essa região tem alto índice de crianças envolvidas com drogas, famílias em conflito e esse trabalho é educativo e contribui para o desenvovimento da criança”, reforça.

Lauricéia faz um apelo para que comerciantes, principalmente de Mandacaru, façam doações para o projeto. Os contatos podem ser feitos também por meio do twitter @umanotamusical. 

Joselio Carneiro

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