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sábado, 18 de outubro de 2008

O VOTO!


Por Misael Nóbrega de Sousa
(colaborador do Garimpando)

Votar não é somente confirmar o número do candidato de sua preferência: é o sentimento do dever cumprido. E entenda essa liberdade como a personificação do próprio ato, numa acepção mais que legítima da palavra, e porque não dizer singular. Esse itinerário até a urna... É uma procissão de você mesmo, um retiro espiritual reflexivo e remissório. Votar não é tão somente um empenho patriótico, é antes de mais nada um direito inconteste; manifestado em retidão, dignidade, poder. E a esse cidadão foi dada não só a ação política, mas a eqüidade perante os compartes. Não há distinção, preconceito... Todos são parecidos quando adentram aquele quadrilátero. Ali somos inquiridos, perguntados, chamados: e por isso somos também soberanos. O seu voto tem a autoridade de todo um futuro. Uma lição contra as desigualdades sociais – que repartem em fatias: pobres, negros, miseráveis... O voto deve ser uma resposta, não um pretexto. O voto é mais consciência que qualquer outra coisa! Façamos valer essa prerrogativa e que a sua vontade prevaleça. Não importa o resultado das eleições – o que deve ser legitimado é a sua certeza, feito entusiasmo. As cores? Elas apenas refletem a luz. E não é a luz espiritual, divina, célica. É a luz do mundo. O regime é o da justiça. E a sua confissão é com o altíssimo. Não há vencedores nem vencidos. Há o desfalecimento da democracia quando nos sujeitamos. Há a vergonha como faculdade desmedida quando abdicamos. Há a empáfia, o engodo, o desprezo quando não nos reconhecemos vigorosos. Sejamos, portanto, os adversários desses estereótipos, como anjos custódios uns dos outros, feito boas espadas do Senhor. Não há nada que justifique a corrupção de nós mesmos: nem dinheiro, nem favores, nem quaisquer outros predicados similares aos já citados, pois essa pequenez seria a deformação de tudo que se entende por correto, pela capacidade do indivíduo. E o estado tem o dever de nos amparar conforme a carta magna que rege as nossas leis: bendita seja a constituição federal desse país “gigante pela própria natureza”. Mas, principalmente, infinito pela condição humana de seu povo: constituído pelo tecido sobrenatural da felicidade. Viva o democratismo, e que o voto seja a lógica da boa vontade, para que se baste o tempo presente.
Professor e jornalista

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