O MPT na Paraíba requisitou da Superintendência Regional do Trabalho, do Estado, auditoria em nove clubes de futebol paraibanos a fim de averiguar a exploração do trabalho infantil no esporte. Nacionalmente, é meta da Procuradoria Geral do Trabalho, através da COORDINFÂNCIA, acompanhar a postura dos clubes em face dos atletas mirins.
A constituição federal proíbe o trabalho a menores de 16 anos e, a partir de 14, somente na condição de aprendiz. Foram detectados, em outros Estados, casos de crianças que treinavam mais 10 horas por dia, afastadas da família e da escola. Em casos específicos, registrou-se ocorrência até de abuso sexual.
Na Paraíba foram auditados Paraíba Sport Clube (Cajazeiras), o Atlético Cajazeirense de Desportos, Sousa Esporte Clube, Sabugy Futebol Clube (Santa Luzia), Cruzeiro Esporte Clube (Itaporanga), Santos Futebol Clube (Cruz do Espírito Santo), América Futebol Clube (Caaporã), Miramar Esporte Clube (Cabedelo), Auto Esporte Clube (João Pessoa) e Botafogo futebol clube (João Pessoa).
Até o presente momento, no caso Paraíba, foi detectado apenas o caso de menor que mora nas dependências do clube não estuda e nem convive com a família. “Não queremos impedir o acesso de crianças e adolescentes às escolinhas de futebol. Elas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento esportivo do jovem. Contudo, situações degradantes e abusivas devem coibidas com rigor. O clube tem que garantir a convivência da criança com a família e ao acesso ao ensino fundamental e médio”, esclareceu o Procurador Eduardo Varandas, representante da COORDINFÂNCIA na Paraíba. As auditorias devem continuar até que todos os clubes sejam fiscalizados.
clickpb
foto:futibabrasileiro.blogspot.com
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