A cidade de Patos-PB receberá
importante seminário no próximo dia 15 de junho, no auditório do Sebrae, no Rodoshopping.
Trata-se de uma ampla discussão em torno das doenças causadas pelo Aedes
aegypti, envolvendo diversas entidades, sob coordenação da UEPB, por meio de
seu projeto denominado Unive-Cidade, que visa melhorar o IDH das cidades.
Diversas entidades parceiras confirmaram
participação ao seminário, a exemplo da 6ª Gerência Regional de Saúde, que
manteve reunião esta semana com Dr. Cidoval Morais de Sousa, Pró-Reitor Adjunto
de Pós-Graduação e pesquisa da UEPB, para discutir a logística e assuntos que
serão debatidos no encontro. Toda a Gerência se comprometeu em se envolver
nesse encontro que contará com a presença da Fiocruz, considerada uma das mais
importantes instituições de pesquisas em saúde pública do mundo.
O Pró-Reitor fez várias críticas
ao modelo de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. A
começar pelo controle químico feito ao Aedes, citando o fumacê, algo que para
ele e outros estudiosos não resolve nada e acima de tudo o uso indiscriminado do
produto, lançado ao meio ambiente, vem sendo associado ao alto índice de câncer
na região.
Sobre o quadro atual de combate
ao Aedes, ele afirma que não há tratamento específico, e sim aqueles
situacionais; a saúde está um caos; os gestores públicos não sabem o que fazer,
já que o modelo aplicado não consegue conter a proliferação das doenças. Diz
ser necessário mudar o paradigma de combate ao Aedes. Comenta que o problema
não é o mosquito, mas o que o traz.
Cita os cinco anos de seca, com
mais de 160 municípios sem água tratada, o que levou a população a acumular o
tão precioso líquido em inúmeros vasilhames, que se tornaram criadouros do
inseto. “A saúde não mudou os protocolos e continua fazendo a mesma coisa, seja
com os agentes de endemias, com os ACS. É preciso repensar isso. A segunda
coisa são os gestores que não fizeram o dever de casa no tocante ao saneamento
básico”, comentou.
O encontro do dia 15, que reunirá
diversas representatividades da sociedade, trabalhará três eixos: panorama
nacional, quando se buscará apresentar as justificativas para a atual realidade
da tríplice epidemia; será a apresentação das práticas desenvolvidas pelas
localidades no enfrentamento ao Aedes, bem como as estatísticas de infestação e
de casos, e por último essa articulação das entidades para tentar mudar o
quadro epidêmico na Paraíba.
Cidoval exime de culta a
população pelas falhas no combate ao mosquito. Diz que a metodologia tem sido
equivocada, precisa ser revista e chama a responsabilidade para os educadores
formais, informais, da saúde, do meio ambiente. Fala que os habitantes precisam
ser ouvidos, essa tenha a oportunidade de passar seu conhecimento, seu agir no
combate ao mosquito, algo que tem efeito positivo para o processo, e não
receber informações de forma autoritária, somente como se estivesse recebendo
ordens.
Cidoval Morais diz que espera que
o seminário do dia 15 aprofunde as parcerias, que elas venham a colocar em
prática as deliberações, protocolos, metodologias, jeitos de fazer e que sejam
produzidos conhecimentos, tecnologias apropriadas para a realidade que estamos
vivenciando.
Marcos Eugênio (6ª GRS)
988029016/999474177
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