Uma ação do Governo do Estado
está reunindo no Centro de Treinamento do Santo Antônio, na cidade de Patos,
gestores públicos e representantes de diversas entidades de 34 municípios do
Médio Sertão. Trata-se da 10ª e última Oficina de Segurança Alimentar e
Nutricional que vem ocorrendo na Paraíba.
O objetivo dessa plenária,
realizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano e Secretaria Executiva de
Estado de Segurança Alimentar e Economia Solidária, é ouvir sugestões de
todos os segmentos envolvidos direta e indiretamente na construção do Plano de
Segurança Alimentar, permitindo à população uma alimentação digna, saudável e
que atenda às suas necessidades. Quilombolas, agricultores, pescadores,
Agevisa, apoiadores da 6ª Gerência de Saúde, associações comunitárias, rurais, sindicatos,
dentre várias outras estão sendo representadas no encontro de Patos.
Carlos Antônio Ribeiro, gerente
executivo estadual de segurança alimentar e de economia solidária explicou aos
presentes que, mesmo com o afastamento da presidente Dilma pelo Senado, o Plano
não sofrerá qualquer prejuízo, já que os recursos estão garantidos desde 2011. Um dos pontos principais desses encontros,
segundo Carlos Antônio, é o respeito à consolidação das economias locais, à
diversidade de rendas, o aproveitamento do alimento produtivo nas comunidades
para o fortalecimento desse plano.
Nos últimos anos ocorreram
importantes avanços em relação à nutrição, com a redução da desigualdade
alimentar, da pobreza, da mortalidade infantil. Dentre outros fatores está
maior poder de compra de alimentos. O governo federal, por outro lado,
demonstra sua preocupação com novos dados, como aumento da obesidade, com
estimativa que 74 milhões de brasileiros estão com excesso de peso, e doenças
crônicas adquiridas pela alimentação inadequada. Por isso a necessidade da
ingestão de alimentos saudáveis, algo que faz parte dessas discussões na
elaboração do plano de segurança alimentar.
Os recursos governamentais
citados por Carlos Alberto preveem investimentos na ampliação da oferta de água
de qualidade, ações direcionadas à redução da pobreza no campo e promoção da
produção de alimentos saudáveis, dentre outras frentes. Ele fez uma avaliação positiva
da participação popular nesse processo de construção do Plano. “Tem sido
gratificante ter a presença bastante eclética da representação da sociedade. São
muitas intervenções, contribuições que se tornam importante aprendizado para
quem participa das oficinas”, comentou.
Nas oficinas
promovidas pelo Governo do Estado há o estímulo ao consumo de grãos integrais,
oleaginosas, frutas, leguminosas, pescados, hortaliças, como também a prática
saudável de atividades físicas, como orienta a Câmara Interministerial de
Segurança Alimentar (Caisan).
As oficinas
que estão se encerrando, com Patos, na Paraíba, tem como um de seus parceiros o
Centrac – Centro de Ação Cultural. Maria do Socorro de Oliveira, coordenadora
de desenvolvimento institucional do Centro, diz que a Oficina também busca
sensibilizar os gestores municipais na adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar.
“Nesses encontros a gente faz um diagnóstico do potencial, do que há de
segurança alimentar na região e colher propostas das pessoas, a partir de sua
realidade”, explicou.
Marcos
Eugênio
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