Aconteceu nesta quinta-feira 03 no
auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde um encontro promovido pelo Governo
do Estado, através da Agevisa, Agência estadual de Vigilância Sanitária, destinado
ao pessoal que atua nas vigilâncias sanitárias, epidemiológicas, ambientais e
outros setores de saúde da 6ª Regional.
A reunião teve como pauta a
integralização das ações de vigilância em saúde com foco no transporte de água
potável realizado pelos carros-pipas. Com
a escassez de água para beber decorrente da prolongada seca que castiga o
semiárido, isso tem preocupado bastante o Governo do Estado, que pede sintonia
nas ações de fiscalização nas condições de transporte.
“Temos uma portaria federal 2914 de
2011 que trata justamente do controle e de vigilância da qualidade da água para
consumo humano, bem como seu padrão de potabilidade, a qual precisa ser
cumprida para prevenir as doenças de veiculação hídrica, que numa seca como
essa pode trazer sérias consequências, caso não sejam seguidas as normas”,
explicou Djanira Lucena, diretora técnica da Agevisa.
A fiscalização ainda é falha em
algumas localidades, isso porque há muitos veículos não cadastrados, sem
receber inclusive acompanhamento por parte do Exército, fazendo o transporte de
água que não atende os padrões e a população consome o produto de má qualidade,
com risco de contrair várias doenças, principalmente crianças e idosos, que são
mais vulneráveis.
Os municípios são responsáveis pelo
cadastramento desses veículos que fazem o transporte de água potável, com apoio
da Secretaria de Estado da Saúde. “Todas as vigilâncias, Conselho de Saúde,
Defesa Civil, o próprio prefeito, precisam estar entendendo tudo que diz
respeito ao abastecimento da população, todos devem trabalhar em conjunto. O
gasto com saúde vai impactar economicamente quando o Vigiagua – Vigilância da
Qualidade da Água estiver efetivamente funcionando no município, permitindo
ações bem definidas, eficazes”, comentou Djanira.
Problemas, como atraso de envio de
amostras de água para laboratório, em diversos municípios, impedem o
monitoramento adequado da qualidade hídrica para consumo. A diretora da Agevisa
alerta aos municípios para que implementem o sistema de informação (Siságua),
façam as coletas mensais como preveem os protocolos, sendo isso a base para o
monitoramento. “A gente espera, após esse repasse de instrumentos de inspeção,
mostrar que as vigilâncias devem se integrar para essa ação e que os municípios
comecem a desenvolver com mais segurança essa prática para que a população
consuma água de melhor qualidade”, comenta Djanira, acrescentando que boas práticas
de transporte, captação e armazenamento da água vão permitir um gerenciamento
muito mais eficaz.
No decorrer do encontro desta
quinta em Patos todos os participantes conheceram na prática o roteiro de
inspeção para certificação para um veículo transportar água, vistoriando um
caminhão. São vários itens que devem ser seguidos para que o carro-pipa seja
aprovado para tal uso, além de documentos, a exemplo de licença ambiental em
caso de captação em manancial.
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