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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Hospitais sertanejos são capacitados em gestão de custos




Shirleyanne Brasileiro

Técnicos do Núcleo de Economia da Saúde do Governo do Estado da Paraíba vieram a Patos nesta quarta-feira 20 como facilitadores de uma capacitação oferecida a diretores de dez hospitais sertanejos, ocorrida no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde. O objetivo foi treinar os dirigentes no Programa Nacional de Gestão de Custos, a fim de permiti-los conhecer a realidade financeira de tudo quanto é investido na rede hospitalar.

Com esse treinamento os administradores hospitalares e diretores técnicos poderão conhecer os valores finais dos procedimentos, serviços oferecidos à sociedade, melhorar o orçamento e aprimorar o atendimento. “Nós queremos, enquanto gestão, conhecer quanto custa uma internação de um paciente no SUS. Saúde não tem preço, mas tem custo e efetivamente nosso maior cuidado é melhorar o orçamento e a locação de seus gastos”, explicou Shirleyanne Brasileiro, coordenadora do Núcleo de Economia da Saúde do Governo da Paraíba.

Ela comentou que uma das preocupações do governo é com os gastos em saúde da região. Para isso está sendo formado um colegiado com a participação dessa rede hospitalar, que recebe capacitação técnica para fazer a aplicação dos custos em cada unidade. Segundo Shirleyanne, a meta é capacitar todos os 38 hospitais, UPAS e gerências regionais na aplicação de seus custos.

Ela informa que a Paraíba é um dos estados brasileiros que tem uma das piores transferências de recursos federais para aplicar em saúde. Isso leva o Estado, que vem investindo bastante de seu tesouro, a procurar conhecer os cursos de suas unidades. “A preocupação da Secretaria de Saúde é melhorar seu orçamento. Para melhorar sua dotação é preciso conhecer seus custos e levar para uma discussão federal o que entra de contrapartida e quanto o tesouro estadual investe”, disse Shirleyanne.

Nessa gestão de recursos, através do sistema de acompanhamento contábil, os hospitais terão condições de informar valores de todos os serviços, elaborar seu orçamento em cima dos custos apurados e planejar melhorias para os usuários, como implantação de novos serviços, aquisição de mais equipamentos.

Sobre os municípios que usam determinados serviços hospitalares, a exemplo do que ocorre no Hospital Regional de Patos, que recebe pacientes de mais de 80 municípios da PB, PE, RN, mas muitas vezes acaba não recebendo pelo atendimento, de acordo com Shirleyanne, esses municípios agora vão perceber, a partir da apresentação dos dados contábeis, o impacto do que o Governo do Estado tem investido.

“Os municípios efetivamente têm autonomia do recurso. É preciso que o município compreenda que para a gente chegar à necessidade em saúde, ter uma melhor rede definida em saúde, precisa haver uma discussão e distribuição adequada desse dinheiro”, acrescentou a técnica do Núcleo de Economia.

O Governo Federal tem a preocupação de saber dos custos para redefinir as pactuações de financiamento. Hoje a Paraíba se destaca no quesito transparência pública, sendo o único estado em que o governador afirmou querer ter a gestão de custos, segundo a técnica, possuindo a maior rede hospitalar (21 unidades) com a implantação do Programa Nacional.

Para aperfeiçoar a saúde pública, com mais eficácia da aplicação dos recursos, a fim de oferecer melhores serviços, Shirleyanne diz ser necessário maior comprometimento dos gestores e entendimento técnico, para que saibam diferenciar custos de orçamento. Explica que o Legislativo necessita conhecer o custeio de suas unidades hospitalares, os critérios de rateio para a saúde, já que não adianta vir dinheiro se não se sabe como melhorá-la.


Ascom

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