O medo, sentimento psicólogico com suas reações físicas, que dependendo da situação pode levar a pessoa ao extremo do pânico, e até mesmo à morte, foi o tema trabalhado por Chester Fill na conclusão de seu curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo pelas FIP - Faculdades Integradas de Patos, 2007.
Sob o título de Luas de Marte, a pesquisa é rica pela coleta de informações repassadas por pessoas que detalharam seus momentos de medo, comuns a qualquer humano. O uso de inserções de imagens cúmplices de experiências dos protagonistas (entrevistados) contribuiram bastante para o enriquecimento do roteiro a que se propunha o colega jornalista Fill, bem orientado pelo professor Fernando Castor, contemporâneo meu da UFPB.
O corredor da morte no matadouro, a entrada do boi para o abate, seu choro final, o mugido, é uma leitura do medo que auxilia na construção da narrativa bem amarrada, sem contar a explosão da adrenalina no salto de pára-quedas. O uso do primeiro plano é outro detalhe que aproxima mais o expectador dos traços emocionais dos entrevistados.
São depoimentos de artista plástico, empresário, psicólogo, crítico de arte, que sentaram no divã para a produção e relataram momentos por eles vividos. Como lidar com o medo, seja ele fruto de reminiscências do inconsciente que vem à tona ou do mundo real, quais suas causas, conseqüências maléficas e benéficas para cada um; medo da violência, da solidão, da perda, das conquistas? Nos remetemos a esses questionamentos ao ver Luas de Marte, que nos incita à essa discussão.
ilustração: O Grito - Edvard Munch
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