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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Desabastecimento de vacinas em nível de Brasil preocupa órgãos de saúde



A falta de repasse de várias vacinas pelo Ministério da Saúde para todos os estados brasileiros, como exemplo a Paraíba, preocupa e causa transtornos na oferta do imunizantes na rede hospitalar, nas unidades básicas de saúde. A burocracia tem sido um dos obstáculos para o reabastecimento da medicação para a prevenção de determinadas doenças. Desde fevereiro do ano passado que que esse problema vem ocorrendo. Mensalmente o MS lança uma nota informativa sobre a distribuição de imunobiológicos.

Faz dois meses que o Estado não recebe a vacina contra as hepatites A, de rotina pediátrica, e a B. O Ministério alega não possuir estoque das mesmas. Com relação à vacina de hepatite A diz que o Brasil recebeu uma carga no final de novembro, mas falta concluir o processo alfandegário e em seguida ainda passará por análise do INCQS -  Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, para que seja distribuída. Com relação a hepatite B, informa que desde agosto aguarda do Instituto Butantã o envio de 17 milhões de doses.

Outra vacina que não está chegando aos municípios paraibanos e brasileiros é a tetraviral e a varicela monovalente, a primeira por não existir em estoque e a segunda por não ter passado por análise do INQS e Anvisa.

A coordenadora de imunização da 6ª Regional de Saúde, com sede em Patos, Socorro Guedes Xavier, diz que há muitas reclamações da população pela falta de vacinas. Como exemplo cita a BCG, bastante usada na maternidade, antes do recém-nascido receber alta, para prevenir contra tuberculose. “A 6ª Gerência recebia entre 2 mil a 2.500 doses mensalmente e a última remessa, agora em janeiro, vieram apenas 800 doses”, explicou.

Para não deixar os municípios desabastecidos de tudo, ela distribuiu 350 com a Maternidade Peregrino Filho, onde há mês que nascem até 600 crianças; 150 doses com a Unidade de Saúde Maria Marques, localizada no Bairro Jatobá, em Patos, que atende os nascidos no Hospital São Francisco, e 300 para outros 12 municípios: Cacimbas, catingueira, Desterro, Junco, Matureia, Passagem, Salgadinho, Santa Luzia, Santa Terezinha, São José do Sabugi, São José de Espinharas e Teixeira.

Outra vacina, esta existente em número bastante reduzido na rede pública de saúde, mas que o país desde novembro recebeu do exterior, mas enfrenta a burocracia brasileira, é a Dupla Adulto (dt), que previne contra tétano e difteria. O Brasil recebeu 20 milhões de doses, que ainda não foram liberadas pela alfândega para análise do INQS e Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A 6ª Gerência recebeu apenas 500 doses na última remessa. “O Brasil é muito burocrático na liberação da medicação. Enquanto isso a população fica desassistida de vacina”, comenta Socorro Guedes.

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