A
falta de repasse de várias vacinas pelo Ministério da Saúde para todos os
estados brasileiros, como exemplo a Paraíba, preocupa e causa transtornos na
oferta do imunizantes na rede hospitalar, nas unidades básicas de saúde. A
burocracia tem sido um dos obstáculos para o reabastecimento da medicação para
a prevenção de determinadas doenças. Desde fevereiro do ano passado que que
esse problema vem ocorrendo. Mensalmente o MS lança uma nota informativa sobre
a distribuição de imunobiológicos.
Faz
dois meses que o Estado não recebe a vacina contra as hepatites A, de rotina
pediátrica, e a B. O Ministério alega não possuir estoque das mesmas. Com
relação à vacina de hepatite A diz que o Brasil recebeu uma carga no final de
novembro, mas falta concluir o processo alfandegário e em seguida ainda passará
por análise do INCQS - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde,
para que seja distribuída. Com relação a hepatite B, informa que desde agosto
aguarda do Instituto Butantã o envio de 17 milhões de doses.
Outra vacina que não está chegando aos municípios paraibanos
e brasileiros é a tetraviral e a varicela monovalente, a primeira por não
existir em estoque e a segunda por não ter passado por análise do INQS e Anvisa.
A coordenadora de imunização da 6ª Regional de Saúde, com
sede em Patos, Socorro Guedes Xavier, diz que há muitas reclamações da
população pela falta de vacinas. Como exemplo cita a BCG, bastante usada na
maternidade, antes do recém-nascido receber alta, para prevenir contra
tuberculose. “A 6ª Gerência recebia entre 2 mil a 2.500 doses mensalmente e a
última remessa, agora em janeiro, vieram apenas 800 doses”, explicou.
Para não deixar os municípios desabastecidos de tudo, ela
distribuiu 350 com a Maternidade Peregrino Filho, onde há mês que nascem até
600 crianças; 150 doses com a Unidade de Saúde Maria Marques, localizada no
Bairro Jatobá, em Patos, que atende os nascidos no Hospital São Francisco, e
300 para outros 12 municípios: Cacimbas, catingueira, Desterro, Junco,
Matureia, Passagem, Salgadinho, Santa Luzia, Santa Terezinha, São José do
Sabugi, São José de Espinharas e Teixeira.
Outra vacina, esta existente em número bastante reduzido na
rede pública de saúde, mas que o país desde novembro recebeu do exterior, mas
enfrenta a burocracia brasileira, é a Dupla Adulto (dt), que previne contra
tétano e difteria. O Brasil recebeu 20 milhões de doses, que ainda não foram
liberadas pela alfândega para análise do INQS e Anvisa – Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. A 6ª Gerência recebeu apenas 500 doses na última remessa.
“O Brasil é muito burocrático na liberação da medicação. Enquanto isso a
população fica desassistida de vacina”, comenta Socorro Guedes.
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