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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana participa de debate e caminhada que lembram morte de louceira


A secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, participa nesta terça-feira (6), em Santa Luzia, de debate e caminhada lembrando os dois anos da morte de Maria do Céu Ferreira da Silva, 43 anos, louceira, presidente da Associação das Louceiras Negras da Serra do Talhado e liderança da comunidade quilombola da Serra do Talhado Urbano. 

Maria do Céu faleceu no dia 6 de outubro, no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, em decorrência das graves queimaduras sofridas por um atentado cometido pelo seu marido. Ela deixou 4 filhos, sendo um maior de 22 anos e três menores de idade, com 10, 12 e 14 anos. Sua filha adolescente também sofreu queimaduras na tentativa de salvar a mãe.

 A mobilização realizada pela Associação de Louceiras Negras do Quilombo do Talhado é para sensibilizar a Justiça para marcar o julgamento do agressor. Após 2 anos do crime, o caso ainda não foi julgado. Durante a manhã, na escola Padre Jerônimo, a secretária Gilberta Soares fará palestra sobre Políticas Públicas; e Janaina Santos, gerente de Comunidades Tradicionais, da Semdh, fará palestra sobre a Trajetória, Histórica e Cultural do Quilombo. Durante a tarde, acontecerá a caminhada pelas ruas da cidade. 

“A Semdh está acompanhando o caso desde o ocorrido junto a sua família e ao Centro de Referência da Mulher de Santa Luzia. Renovamos nosso compromisso com políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e o fortalecimento da Rede de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência contra as Mulheres”, disse Gilberta Soares.  

A morte de Maria do Céu foi mais um grave caso de violência doméstica contra mulheres na Paraíba. O agressor, inconformado com a separação, ateou fogo no corpo de Maria do Céu e no seu próprio corpo, assim como na casa, que foi totalmente destruída. “Maria do Céu era uma liderança valorosa, uma mulher generosa, grande de alma, mente e coração. Não media esforços para defender o povo quilombola e as mulheres negras e lutar por melhorias para a sua comunidade. Ela era uma mulher de coragem que usava a sua voz com empoderamento, fazendo falas públicas com habilidade”, disse Gilberta Soares.

secom

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