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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Educação na Família leva melhor convivência para os lares de Patos



Luciene (D) com a coord. regional do PSI Gilka de Cássio

A relação pai e filho tem tido bons avanços.

Dinâmicas, como a do elogio ajudam a melhorar a autoestima dos pais.

Alguns sentimentos quando levados à tona para nossa reflexão causam certo desconforto, suscitam dúvidas, e dão uma sacudida na forma como enfrentamos determinadas situações.

Pais interagem bastante na EEEFM Antônia Araújo
É o caso das escolas públicas do Estado da Paraíba, que estão se beneficiando com os encontros Educação na Família, uma ação da Secretaria de Estado da Educação em parceria com a Organização Inteligência Relacional. Momentos especiais vêm permitindo autoavaliação dos pais no relacionamento com os seus filhos.

Mais duas escolas de Patos concluíram o 1º ciclo de educação emocional com os pais ou responsáveis pelos alunos. Uma delas foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental Madre Auxiliadora, localizada no bairro Jatobá. Jacileide de Lima, 36 anos, mãe de seis filhos, diz que uma das principais mudanças em seu comportamento tem sido o diálogo com seus filhos. “Estou muito mais calma quando me dirijo aos meus filhos. Esses encontros me permitiram entender melhor meus sentimentos e como posso ter mais harmonia em casa e na comunidade a partir de uma mudança importante: preferir o diálogo a discussão, compartilhando os ensinamentos em casa”, disse ela. 
Entrega de certificados de conclusão dos encontros na Madre Auxiliadora

Aprender a escutar, a elogiar, a falar sem agressividade, a perdoar e oferecer apoio à criança têm sido atitudes bem absorvidas pelos pais com os encontros Emoções na Família. Lucilene Silva de Oliveira, mãe de aluna da Madre Auxiliadora, reforça essas constatações explicando que é importante ter mais diálogo com o filho. Em vez de bater e desabafar os próprios problemas, é preciso ouvir os do próximo.

“A cada reunião descobríamos muito sobre nós, como ser melhores, perdoar, deixar de lado o rancor, ver o próximo de uma outra forma, que pudéssemos ser mais interativos e nos tratássemos com respeito, além de ser mais amigáveis. Em relação ao meu filho, uma das coisas que aprendi é que é preciso incentivá-lo, elogiá-lo, jamais dizer palavras grosseiras que possam marcar para sempre sua vida. Quando um pai, ao ensinar tarefas ao filho, o chama de burro impede a criança de se desenvolver, criando um bloqueio. É importante mostrar que ela é capaz de crescer”, afirmou Lucilene.

Participação significativa e comprometimento dos pais fazem a diferença

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Auxiliadora, a formação de educação emocional para as famílias teve como facilitadoras as educadoras socioemocionais Wilma da Silva, gestora, e Lindinalva dos Santos, apoiadora pedagógica. A timidez inicial, algo marcante nas reuniões, cedeu espaço para a interação, tanto na escola como na família, segundo relata a gestora. “Isso contribui para que se tornassem mais participativos durante os encontros e abrissem canal do diálogo em casa. Os vídeos, dinâmicas e palestras foram muito importantes para que os pais melhorassem a autoestima, aprendessem a lidar e conviver de forma mais fácil com seus filhos e em comunidade”, opinou Wilma.

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônia Araújo, no bairro Bivar Olinto, os momentos de Emoções na Família causaram grande satisfação nos pais, que até pedem para participar do próximo ciclo. “Essa carência afetiva, de conhecimento de seus sentimentos, de como enfrentar determinadas situações no seu cotidiano, na família e na comunidade, “gerou essa afinidade dos pais com a escola ao ponto deles pedirem para que os encontros tenham continuidade”, explica a gestora Valquíria Araújo.

A educadora Leilsa França diz que esse processo de educação das emoções não é importante somente para os pais, mas para os professores também. “São situações comuns a todos nós. As emoções precisam ser bem trabalhadas para que vivamos em paz”, comenta.

Ela cita o caso de uma mãe que se sentiu bastante incomodada após uma das dramatizações sobreviolência  na família. “Me senti na pele de minhas filhas, pela forma rude como eu as tratava”, desabafou a mãe para a educadora socioemocional. As mudanças no relacionamento em casa aconteceram, com respeito e diálogo mais presentes. Uma das filhas procurou Leilsa para dizer que sua mãe estava muito boazinha. “Isso foi muito emocionante para mim. Fiquei toda arrepiada com a forma carinhosa com que a aluna me passou isso”, comentou a professora, com brilho mais intenso nos olhos.

Todas estas mudanças podem ser vistas em outro âmbito. A escola vive um momento de alto astral com a classificação de 33 alunos para a próxima etapa da 11ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBEMP). Um caso de mera coincidência? Com certeza não.


 Assessoria

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